Governo quer
despedir 50 mil funcionários públicos
Até
ao final desta legislatura, o Governo quer tirar 40 a 50 mil trabalhadores da
administração central, com o objectivo de a tornar menos onerosa para os cofres
do Estado. Isto é, em quatro anos, reduzir um em cada dez funcionários
públicos, revelou, em entrevista ao DN/Dinheiro Vivo, Hélder Rosalino,
secretário de Estado da Administração Pública.Governo quer despedir 50 mil funcionários públicos | Económico
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RTP Prós & Contras Funcionários Públicos- Aterrorizada com cortes meu agregado familiar
RTP Prós & Contras -- António Veiga Funcionários públicos a emigrarem é descapitalizar o país
António Veiga, enfermeiro - Foi dito que este governo está a lidar com pessoas. Não me parece. E nós que lidamos com pessoas, e normalmente debilitadas, conseguimos perceber que essa debilidade não está só limitada à doença. Penso que a nossa sociedade está doente pelos motivos que aqui foram apresentados, em que a própria democracia está doente . A crispação é criada pelo próprio Governo
DESPEDIMENTOS E CORTES NAS FUNÇÃO PÚBLICA
Ao Governo já vai sendo difícil quem o
defenda - Só os comentadores oficiosos, pagos a pipas de massa, poderão
prestar-se à triste figura de fazer de advogados do diabo -Já nem eles
nem os deles acreditam neste Governo - Vá lá, desta vez, um deles
dessintonizou à brava com o que estava à sua direita. E também com um tal
deputado do CDS - A qual palheta não lhe falta. Um tal João Almeida, do CDS -
"Fátima Campos a Ferreira a "
...Como vivem os funcionários públicos e que perspetivas a parir
de Janeiro. O que vai restar do Estado Como vão ficar os serviços
públicos? O papel do Estado - Este o moto lançado pela jornalista Fátima Campos
Ferreira, no programa desta segunda-feira, no programa Prós e Contras da RTP,
na presença de funcionários públicos e dos convidados especiais
Como é que se explica que o governo volte a
cortar na função pública, nos salários da função pública sem que haja uma
reforma abrange e clara do Estado? -Pergunta lançada ao deputado do CDS
"Explica-se porque,
em primeiro lugar nós lidamos com a vida das pessoa" -Olha ele!
Com a vida das pessoas ou dos banqueiros? - "Portanto (...)
nós temos que ver as coisas como elas são (...) Nós não temos
recursos para pagar essas despesas Falou-se numa coisa abstrata que eram
as gorduras do Estado e nós quando vamos ver a despesa
O governo invoca
o carácter transitório. O que significa para si o carácter
transitório
Ricardo Paes Mamede – Antes, deixe-me dizer que é
preciso contradizer uma ideia que tem sido aqui vinculada que em
Portugal não há reformas do Estado, não!... Houve reformas do Estado
Não há nenhum país da União Europeia onde a massa salarial do Estado tenha
caído tanto como em Portugal, entre 2005 e 2012. Portanto aquilo que nós estamos
a discutir neste momento é a continuação de um processo de degradação
permanente daquilo que é a massa salarial do Estado . Nos estamos
aqui a falar em salários mas também podíamos falar em termos de
funcionários públicos. Há muito poucos países da CEE que têm uma quebra tão
acentuada no número de funcionários públicos. Os professores, em início de
carreira, têm um dos salários mais baixos de toda a OCDE, em 2008. Desde então
foi a contínua degradação dos salários reais de todos os funcionários públicos,
inclusive, os professores.
Na evolução salarial da função pública, muitas vezes há o
discurso dos privilegiados - Este gráfico dá--nos o que é a evolução real e
nominal dos salários. O que nós vimos é que, no privado, entre 2000 e 2009,
houve um aumento de 9,6% nos salários médios do privado. No público houve
uma quebra de salários reais que chegou atingir 6,7% de quebra.
Podíamos falar de uma segurança social que, em 2006, foi
elogiada por todas as organização internacionais. Estamos a falar de uma
reforma do Estado que reduziu em 1/3 as chefias. Estamos a falar de um país que
tem a prestação de serviços de governo eletrónico (…) Acho que
qualquer português deve lutar por ter um Estado melhor. Um Estado melhor é um
Estado que funcione e não um Estado que seja destruído.
E aquilo que nós estamos assistir há mais de uma década a
destruição sistemática do aparelho do Estado e dos serviços prestados pelo
Estado. E neste momento o que vemos neste momento não é a perspetiva de
melhorar a qualidade mas simplesmente penalizar, mais uma vez, aqueles
que estão mais à mão com consequências desastrosas, sob o ponto de
vista económico e que são profundamente injustas-.
Ricardo Arroja - O problema para este liberal é o problema é ineficiência do Estado
OS QUE MAIS FALAM DE TRANSPARÊNCIA SÃO AQUELES QUE MENOS PRATICAM .
"Nós podemos depois questionar se este volume de funcionários
produz uma máquina eficiente... Mas a verdade é que, a tal
reforma do Estado, tornar o Estado mais eficiente,
nesse domínio ainda nada foi feito Eu acho que o governo e o Estado
devem ser mais transparentes como transmitem as mensagem a médio e a longo
prazo."
"Numa altura em que Portugal perdeu a sua soberania orçamental e na
minha opinião perdeu também a sua soberania constitucional Tendo em conta que
neste momento não temos dinheiro para financiar
défice. Sobriamente que o Estado tem de se governar com o dinheiro
que tem e consegue arranjar. Nesse sentido, os despedimentos na
função pública não podem ser tabu. E não podem
ser sistematicamente inviabilizados pelo Tribunal Constitucional
Prof Meira Soares - antigo Reitor da Universidade de Lisboa,
que recentemente se demitiu, com uma carta aberta aos deputados
- Eu tenho três sentimento: um de indignação, um de algum susto e um
de preocupação. A indignação, a maneira como primeiro-ministro pôs os
privados contra públicos, velhos contra novos. Pela primeira vez em
Portugal se faz um corte, não é convergência, é
um corte. Convergência é outra coisa. O primeiro-ministro acha
que ganham a mais porque compara com a media dos privados. Não faz sentido: só
diz metade da verdade. Por que é que se vai aos mais fracos e não se vai às PPP
- Não são as pessoas que vão ser muito afectadas como eu que vão ser afectas
mas as pessoas que ganham 600 euros. E acham que as pessoas que ganham
600 euros Estes cortes podiam ser discutidos com a
sociedade. E essa é a minha preocupação.
A minha preocupação tem a ver com a qualidade da
democracia. Ninguém põe em causa que o governo
tem legitimidade democrática. Mas eu ponho em causa um governo que
não se insere numa governação democrática, como é o caso, isto é ouvir a
sociedade civil, ouvir o conselho económico social, que
tenha legitimidade democrática no sentido que eu a entendo.
(..) Não é possível um governo todos os dias atacar o
Tribunal Constitucional. O Presidente da República calado. O Parlamento calado.
Isto é uma anomalia no funcionamento democrática.
Ricardo Paes Mamede - o mesmo orçamento do Estado que tira
milhões de erros à escola pública, que ao mesmo tempo
aumenta as transferências para as escolas privadas.
Jorge Reis Novais - constitucionalista - cavaco
devia pedir uma fiscalização preventiva sobre o orçamento
do Estado mas já se viu que não quer. É curioso que naquele relatório da
Comissão Europeia, aquele relatório muito polémico nos últimos dias,
a técnica diz que é exatamente a mesma que o Presidente vai fazer. O que
é surpreendente! Como é que a técnica
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