sábado, 28 de fevereiro de 2009

TVI (PRISA) TELEJORNAL ÀS SEXTAS: SERÁ ISTO INFORMAÇÃO SÉRIA, CREDÍVEL?!


tvcinews.wordpress.com






http://tvnoticias24h.blogspot/.
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Pergunto: serei eu que estou louco ou quem, com tão grosseira desfaçatez e inconsciência, através do ecrã, me agride a sensibilidade, com tão manifesto despudor, desrespeito pelas leis e pela ética - por tão arrogante sectarismo e afronta?!…
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Senhora apresentadora: Se foi esse o papel político que lhe encomendaram, livre-se da canga desses altos interesses ou, então, ao menos saiba-os desempenhar com algum decoro! E poupe-nos dessa alarve leviandade! Dar as notícias numa televisão deve ser tido como algo muito sério. Não é um espectáculo revisteiro. Porque, a forma como o faz, como nos pretende informar, nem é farsa nem realidade. Ultrapassa a paranóia, a vertigem e a repulsa! : http://pt.livra.com/item/manuela-moura-guedes/8538207
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Não se deve confundir crítica com aviltamento e falta de imparcialidade. - E isto tem acontecido sistematicamente no canal comprado pelos espanhóis. Sou um simples cidadão. Mas sinto-me envergonhado com este tipo de informação selvagem, sensacionalista, de puro linchamento audiovisual, que, além de não respeitar as mais elementares regras deontológicas, se torna na imagem grotesca e caricata de si própria - Estou particularmente preocupado com os jogos dos bastidores. com os altos interesses económicos, que possam estar por detrás dele . É assustador! - Extravasa o direito de informação e de livre expressão.

Desacreditaram o canal de Miguel Paes do Amaral - Se a herança que lhe coube do patriarcado e dos colombianos, andava pelas ruas da amargura; se havia quem visse no Big Brother ou na Quinta das Celebridades, a mostra de alguns dos instintos mais básicos do homúnculo da actualidade, pois, bem, os espanhóis do Grupo Prisa (pelos vistos, mais interessados na exploração da publicidade) não fizeram melhor. Pelo contrário, permitiram que um casal de pequenos ditadores, sem regras e sem ética, se apoderasse do comando de um poderoso meio de diversão e de informação, para dar largas à sua prepotência, vaidade e arrogância.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

TVI-24 - (PRISA) - DESPUDOR EM MARCHA! A DIRECTOR A POLÍTICA MILITANTE E OS COMENTÁRIOS DUM LACAIO DA PRISA E IBERDROLA


http://afinsophia.wordpress.com/category/ilusao/

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É praticamente a sigla de um canal nos EUA (a TV24) - http://www.tv24.tv/ e, certamente, o modelo, mas duvido que alguma vez lhe cheguem aos pés. De facto, logo para abrir, nunca tanto se usaram palavras vazias e destituídas do seu verdadeiro significado. “Informação séria, feita com rigor, isenção, muito independente”. “Jornalismo puro e duro” Tudo isto é treta - Há quem pactue com esses “chavões” e vá de encontro aos seus desígnios, mas isso é outra coisa. Quem segue tais princípios, não precisa de fazer deles sua bandeira, deixa que os seus actos falem por si. A TVI, até agora, não tem dado mostras de rigor e de independência. Fê-lo, enquanto canal da igreja e deixou as mesmas sementes quando se consumou a negociata com os dinheiros dos colombianos para a Media Capital. O grupo Prisa (um dos maiores gigantes dos media), também não traz atrás de si os melhores exemplos: processos e as queixas contra a sua conduta, em países onde se implantou, não lhe abonam a sua credibilidade e isenção.
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Com efeito: é mais fácil apanhar um mentiroso de que um coxo. E a Prisa, seus lacaios , testas de ferro, não falam a verdade: usam o disfarce para enganarem os distraídos (a opinião pública) e até o poder político - O caso de Pina Moura, parece-me emblemático. Só de falar do nome, me arrepia, me causa vómitos!
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“El Cardial Pina”, em 12 de Fevereiro, há menos de quinzes dias, “apresentou a sua demissão de presidente do conselho de administração da Media Capital, por "razões de natureza profissional, designadamente o desenvolvimento dos novos projectos da Iberdrola em Portugal", a que o ex-ministro da Economia e das Finanças também preside. A decisão será efectiva a partir da assembleia-geral da Media Capital de 12 de Março de 2009.” “Num curto comunicado onde revela a sua decisão, Pina Moura agradece a todos os profissionais com que trabalhou na Media Capital, em particular "a excelente colaboração com o administrador delegado” Excerto da notícia então divulgada
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imagem de:
http://lupado.wordpress.com/2008/06/
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O expedito administrador (dos interesses de duas multinacionais espanholas - autêntico campeão dos disfarces da “incursão submarina“: na política e onde espreita o “furo” mais directo para as suas ambições pessoais), nem sequer esperou pela anunciada reunião de 12 de Março. Foi um dos que abriu a galeria dos comentadores do novo canal da TVI , em contraponto com outra não menos expedita “raposa” da política, dos futebóis, de instituições católicas e da banca. “Olha que dois! “Olha que dois valentes “passarões“! - pensei eu cá para mim, quando - e ainda o tal telejornal de estreia não tinha acabado - dei de caras com o Henrique Garcia - meu antigo camarada das lides jornalísticas - no meio daquelas duas caras, tão conhecidas e badaladas!
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Confesso que não fiquei surpreendido - pois, quer uma personalidade quer outra têm dado mostras de notável adaptabilidade e versatilidade nas suas carreiras. Embora dizendo-se politicamente em campos opostos, têm mais afinidade a uni-los (com os altos interesses do capital ) do que a separá-los. - Obviamente que não perdi o meu tempo a ouvir os seus comentários. Que fiabilidade crítica me poderiam inspirar tais eminências pardas?!..
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Mudei de canal. Voltei mais tarde a dar uma espreitarde-la e a ver se já iam menos poluídas as águas: deparei então com outro espaço dedicado à crítica: de novo a moderar o debate, o Henrique Garcia - Fez o seu papel: deixou-os falar. Um deles, era para mim um desconhecido. Desconheço onde o foram buscar. É para mim uma novidade. Um segundo do trio, era Jorge Vicente, que tem tido lugar às Sextas - Foi já deputado pelo PSD. Se como colunista, na imprensa, é tolerável, em televisão, os seus comentários, eivados de um ressabiamento primário e azedo, conservadorista, são insuportáveis . Ali foi praticamente eclipsado, reduzido à sua minúscula mesquinhez, quando confrontado com Vital Moreira - Figura bem conhecida dos portugueses; com um percurso respeitável - desde os comunistas ao Tribunal Constitucional - Gosto de ouvir falar e parece-me uma pessoa não sectária, sensata e credível. Na década de oitenta estive em sua casa, em Coimbra. - Por isso, se descontar os tempos mortos de quem apenas abria a boca para exteriorizar o seu azedume, acho que não dei por perdido o tempo. Só que isto parece-me uma pequena ilha num oceano dominado pelos interesses do grande capital e os seus peões.
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Fala-se de outros comentadores da área socialista, que poderão estar presentes noutros espaços de crítica - Porém, creio que, de modo algum, poderão vir a constitui-se, suficientemente pesos fortes e a poder desequilibrar o peso da direita, onde o domínio é absoluto. Se isso se verificar, será mais um pretexto que vai ser usado como “escudo” desta televisão para mostrar que é isenta e pluralista - E está mais que provado que a sua estratégia é a do produto informativo como produto comercial - E para eles, os socialistas, não são os pesos-pesados do capital
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Na TVI24, a primeira grande aldrabice está desmascarada: andou-se para aí a anunciar aos quatro ventos que era João Maia Abreu, o jornalista escolhido para dirigir o novo canal, mas, pelos vistos, o grande patrão Eduardo, arrependeu-se, e, preferiu jogar pelo seguro. Declarou ao Público de que “ Há sinais de muita incomodidade com um jornalismo que quer falar verdade” - Mas quem é que poderá alguma vez dar sequer uma beliscadura nos seus amplos poderes?!… Quem é que manda dentro da TVI? … Este sujeito, pelos vistos, deve sofrer de alguma disfunção paranóica e obsessiva! Não sou médico dele; não tenho a certeza! Mas há sinais que nos fazem pensar em muita coisa!

Pelos vistos, querendo jogar pelo seguro, optou por pôr à frente dos tais novatos (que diz ter ido recrutar ), um jornalista (mais velho) mas da sua confiança política… É um paradoxo! Num canal que se assume como jovem e oposto a “um jornalismo domesticado”, colocar à frente dos ecrãs , alguém que vem de outros tempos?!...- Ou será que os “novatos” não têm imagem e não passam de meros aprendizes?!...
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Veremos como as coisas vão evoluir com o novo canal da TVI24 - Por mim, com Eduardo Moniz, mais reforçado nos seus poderes, coadjuvado pela mulher Moura Guedes, como chefe de redacção, o que é que se poderá esperar desta dupla?! - do patrão e da patroa?!...
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Cabe ao jornalista fazer informação com rigor e objectividade. Mas o homem é “um animal político” e toda gente tem a sua inclinação partidária. Os jornalistas não fogem à regra. A questão está em saber gerir os equilíbrios: nalgum tempo houve essa preocupação. Antes do cavaquismo, e da direita se ter apoderado do aparelho do Estado ( e privatizar alguns dos media que detinha) as admissões eram repartidas. Tudo isso já pertence ao passado. A direita antecipou-se e nunca mais se desfez desse privilégio.
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Com o aparecimento dos canais privados, e o controlo dos restante media pelas mesmas famílias políticas, a situação agravou-se - A própria RTP é um dos exemplos onde a direita se implantou de pedra e cal.
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Por isso, os espanhóis podem continuar a sorrir de contentes: depois de se terem servido ( como escudo) para enganarem as aparências), de um ex-deputado e ex-ministro socialista, parece que ainda há quem não reconheça o logro ou não se tenha apercebido dos seus reais intentos.
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Concluindo: - Pelo andar da carruagem, e por muitos outros sinais preocupantes, em matéria de isenção, tudo indica que o Grupo Prisa veio para Portugal com o objectivo,de alargar a sua fortuna através dos milhões da publicidade - e, pelos vistos, não estarão dispostos arriscar com o mesmo problema que tiveram com a direita espanhola que convidou os anunciantes da sua área política a boicotarem-lhe a publicidade - Claro, antes da morte do seu fundador - esse sim, dizia-se que tinha afinidades com os socialistas, sobretudo da era Gonzalez, que lhe favoreceram a implantação da sua empresa. E os primeiros sinais de que, em Portugal, as coisas ainda poderiam ser piores, foram dadas quando a TVI convidou dois socialistas para administração. Mas, puro logro, eles já sabiam bem quem convidavam e com que objectivos o faziam - Poderão não saber falar português mas de negócios percebem eles!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

CGD - FARIA DE OLIVEIRA(PSD) E OS SEUS NEGÓCIOS POLÉMICOS - MEIO CAMINHO ANDADO À PRIVATIZAÇÃO

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DISTINTO MESTRE:
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SE NÃO ME ENGANO PELAS SUAS CONTAS, VAI TUDO DESBARATAR AO VERBO PRIVATIZAR - EU QUERO QUE ELES PRIVATIZEM; ELES QUEREM QUE NÓS PRIVATIZEMOS! - NÓS NÃO QUEREMOS QUE DEIXE DE SE PRIVATIZAR!!!
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MARIONETA PARA CÁ! MARIONETA PARA LÁ! - ARRE BURRA! ESTA É DO CAVACO! -



De: Antonio -jornalista


Fazem-se negócios disparatados com os privados, mas os primeiros a saberem (embora de forma difusa mas o suficiente para espalharem a confusão e atacarem o executivo) são os jornais e as Tvs - E só, uma semana depois, através das manchetes da c. s. é que a tutela vem a ter conhecimento da negociata. Obviamente que isto só pode ter uma explicação - mais uma rasteira dos gestores (da área da direita) em quem José Sócrates confiou altos cargos da administração. Eles têm as suas ideias e as suas estratégias e não abdicam delas - confiar neles é o mesmo que por cera no nariz de um cão. O actual Presidente da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira, foi ministro de Cavaco Silva e não é difícil de perceber quais os propósitos que esta gente ( e seus correligionários) alimentam em relação ao maior banco português - Quererem-no entregar aos amigos - passar para a sua esfera, tal como, de resto, toda a banca. A sua fome de privatizar é insaciável.

Essa vontade da privatização já foi por várias vezes expressa - E, se lhe derem uma oportunidade de poder intervir na administração das empresas públicas, creio que tudo farão: não para as valorizarem, mas para desacreditarem o seu funcionamento e consumarem mais facilmente as suas intenções. - E a prova está à vista com a negociata que Faria de Oliveira fez com o empresário Manuel Fino. Ao pedido de explicações que lhe fora solicitado pelo PM respondeu, numa conferência de imprensa que o dito “acordo” tinha sido uma boa opção para a Caixa. No entanto, as dúvidas não foram de todo dissipadas e quem tem sido atingida politicamente é o governo

Faria de Oliveira,(antigo ministro de Cavaco Silva) foi empossado depois de Carlos Santos Ferreira ter transitado para administração do BCP- É um dos gestores da confiança política do PSD - Este partido defende a sua privatização. Não há certezas de que Faria de Oliveira perfilhe da mesma filosofia. No entanto, já veio defender “que a solução ideal para o Banco Português de Negócios (BPN) é a sua reestruturação e posterior venda a privados” - Bom, o ideal, talvez tivesse sido que, o osso, ficasse nas mãos de quem lhe comeu a carne!.

Portanto, leva-me a crer que este quadro (social democrata) ainda não aprendeu a lição, de que a grave crise económica que atravessamos, é consequência das ruinosas barbaridades e falcatruas do sector privado e não do público, do qual agora se vêm socorrer! - Gestores desses (que acham que o Estado é fraco demais para assumir tais responsabilidades) deviam imediatamente abandonar a gestão pública - pois, com tais argumentos, só demonstram a sua incapacidade ou, então, de que defendem teses ou linhas de orientação que não se coadunam com as altas funções que lhe foram confiadas..

Se estes negócios ( de que agora se fala) fossem realizados pelo anterior Presidente da CGD ( conotado com os socialistas), já tínhamos aí toda a imprensa (apoiada pela direita), a crucificá-lo! - Pois quem não se lembra das críticas que lhe foram movidas quando assumiu a Presidência da Caixa, e mesmo depois, quando foi convidado a gerir os destinos do BCP, a convite dos accionistas. Mas quando Fernando faria de Oliveira foi substitui-lo, todos se amocharam! - Nem um reparo: só elogios ao currículo!
PSD ANDA DESEJOSO DE ENTREGAR O BANCO AO GRANDE CAPITAL - ESTES ANDAM DANADOS E DE VOLTA E MEIA BRADAM NO MESMO CORO!

A primeira proposta de privatização da Caixa Geral de Depósitos, partiu de Durão Barro. Posteriormente, já outros dirigentes do PSD vieram a público demonstrar idêntica intenção - Querem entregar praticamente tudo aos privados, defendendo que o Estado devia apenas assumir o papel fiscalizador - Saúde, Tribunais, Educação, CGD, RTP, transportes, etc. Tudo nas mãos dos privados - dos ricos! Para estes ideólogos, o Estado só deveria servir para pagar os prejuízos - O que os capitalistas esbanjam com as suas fortunas! «Pedro Passos Coelho ( um dos candidatos à liderança do PSD), tem-se afirmado como um acérrimo defensor das privatizações, nomeadamente a da Caixa Geral de Depósitos e do canal 1 da RTP. Tendo-se já manifestado a favor de maior "flexibilidade" na legislação laboral. E, pelos sinais já dados, Manuela Ferreira Leite, não lhe fica atrás - Junta-se a ele na mesma diabolização: querem igualmente “o fim do SNS tendencialmente gratuito para todos
http://dianafm.com/index.php?option=com_content&task=view&id=11070&Itemid=2Passos Coelho critica actuação do estado e defende a sua privatização http://dianafm.com/index.php?option=com_content&task=view&id=11088&Ite Passos Coelho quer privatizar CGD e RTP http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=6706&ItemE os grandes empresários que gravitam na orla ( da direita) como Belmiro de Azevedo, disparam igualmente as suas “armas” contra o modelo actual da Caixa Geral de Depósitos, “considerando que o sistema financeiro português estaria bem salvaguardado apenas com um banco central” Frisa: "objectivamente não há nenhuma razão para que o Estado domine um banco como a CGD"
http://dn.sapo.pt/2006/03/08/economia/belmiro_defende_privatizacao_caixa_g.htmlhttp://codfishwaters.com/2008/06/03/privatizar-a-cgd/
E há mesmo quem vá mais longe! Na perspectiva de Pedro Queiroz Pereira, este empresário chegou a afirmar que se fosse governo "até a cobrança de impostos privatizava". - Vejam bem a fome deste gente! Querem ser donos de tudo! Ainda mais ricos do que são!
José Sócrates deve estar atento aos “jogos de bastidores” das empresas públicas - e não hesitar em pedir explicações e retirar-lhe a confiança política se a sua gestão for danosa ou cujas decisões possam contribuir para o desprestígio e descrédito dessas instituições.. O Primeiro Ministro tem razão em dizer que “a CGD é um banco e a administração da Caixa” e que “tem todas as competências para poder decidir quanto aos negócios em privado que faz, em benefício, naturalmente, da própria CGD” Frisa o PM que a CGD; “é um banco e não uma repartição do Estado" Mas compete ao governo nomear os Presidentes dos Conselhos de Administração. Por isso não se pode alhear da sua conduta.

Claro que os membros de um governo (e os gestores públicos) não têm que, necessariamente, ser da mesma cor partidária do PM . O mais importante é a competência das pessoas. No entanto, e longe de mim pretender questionar o mérito de Faria de Oliveira, julgo que, a sua nomeação, terá sido a fórmula que José Sócrates encontrou para apaziguar o alarido (então provocado pelos partidos da direita e seus órgãos de C.S), aquando da ida de Santos Ferreira para o BCP ) - Tomado essa decisão, porventura, com o intuito de garantir a continuidade de um bom relacionamento com o Cavaco Silva. Se foi este, na verdade, o objectivo, acho que foi um erro.

Está mais que provado)de que, as concessões à direita, embora sejam sempre bem recebidas, dificilmente são reconhecidas. Só poderão resultar como tiros de canhão nos ideais de uma verdadeira esquerda socialista e democrática Reconheço que, para poder governar, sob os auspícios da presidência cavaquista, não seja tarefa fácil. Porém, de uma coisa, julgo não ter dúvidas: Cavaco jamais se desviará dos seus princípios liberais ou sociais liberalizantes - ele não é socialista! Por mais concessões que lhe façam ou esforço de convivência da governação com a presidência. Não se tenham ilusões. São erros que mais cedo ou mais tarde se pagam caros.

Não me surpreenderia, pois, que a gestão Faria de Oliveira à frente da CGD, se aproximasse mais daqueles que defendem as teses da sua privatização do que propriamente a solidez e a perenidade da sua existência, enquanto Banco Público - Por outro lado, a concessão de empréstimos a uma banca que se afundou em fraudes e negócios especulativos(concedidos sob a orientação do governo) são igualmente de duvidosa contribuirão

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

CAVACO NÃO APRENDEU A CHAPELADA NO SEU PARTIDO - ECOS DE UMA DECISÃO ERRADADA AO VOTO DA LEI DA EMIGRAÇÃO - E POR CÁ HÁ QUEM DUVIDE DO VOTO SEGURO

imagen extraída de: http://onossosaite.wordpress.com/page/4/

POR CÁ, HÁ QUEM AFIRME QUE UMA PERCENTAGEM SIGNIFICATIVA DE VOTOS POSSA SER VICIADA
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O LÍDER ALBERTO JOÃO JARDIM, RECOMENDOU PARA AS ELEIÇÕES DO PSD-MADEIRA, O VOTO SEGURO E DE QUALIDADE QUE O PROVENIENTE DOS QUE SECOMPADECEM COM ESTILO DE “CHAPELADAS” OU “TODOS AO MOLHO”
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E ele lá sabe das suas razões : fala a experiência de muitos anos à frente do seu partido e do Governo, na Região Autónoma da Madeira.
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É uma realidade, e julgo que poucos terão dúvidas: a corrupção e a cunha partidária, existem e coexistem de mãos dadas, são dois cancros na sociedade democrática, mas muito difíceis de combater. E o Presidente Cavaco Silva, tinha a obrigação de já ter reflectido no que se tem passado nas eleições no seio do seu próprio partido.
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Primeiro com as chapeladas denunciadas por Luís Filipe Menezes
: “um “escândalo” na emigração relacionado com uma recôndita cidade da Amazónia, da qual “ninguém ouviu falar”, onde existem 200 militantes social – democratas. “Devem ser os índios Yanomami, com certeza”, criticou (na altura) o então Presidente do PSD, num encontro com Jornalistas, inserido na campanha para as eleições directas. Suspeita de 'chapelada' ensombra eleição no PSD .
http://onossosaite.wordpress.com/page/4/ Posteriormente foram apontados outros casos estranhíssimosChapelada no PSD de Óbidos(Área Oeste de Lisboa) Mas cuja réplica, parece ser maior a emenda de que o soneto: - É o que poderá depreender deste aparente comentário inocente:
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È uma vergonha dizerem que há chapeladas em Óbidos. Pensam que isto é Lisboa (Helenas e Pretos)? ou o Porto (Menezes, Marco António ou Branquinho)? ou a Madeira (Jardim e Ramos)? ou Braga (Virgílio)? ou Aveiro (Ribau)? Aqui somos sérios e os nossos representantes (Telmo Faria e outros de qualidade), têm provas dadas. INVEJA... Blogue efeito palcebo
http://placebopolitica.blogspot.com/2008/06/chapelada-no-psd-de-bidos-rea-oeste-de.html
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Pergunto: Mas, afinal, quem tem medo que a democracia, plural e representativa, seja expurgada das possíveis mazelas que a possam contaminar com vista a defender e a salvaguardar os verdadeiros valores que são a base da sua essência?!…Não serão preferíveis menos votos ( mas credíveis e insuspeitos) de que de duvidosa proveniência?!
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O Presidente Alberto João Jardim, defende que, para ele, o mais importante é a qualidade dos votos - É o que se infere das suas recomendações expressas no Jornal da Madeira, a 3 de em Março de 2007, aos militantes sociais-democratas. - A propósito das Eleições PSD - Madeira - Diz nomeadamente o seguinte:
."
(...)"há gente inscrita no PSD que em nada aparece ou colabora — alguns só fazem «pedincha» — enquanto que, por exemplo, numa correspondência dirigida a mais de dez mil inscritos, várias vezes ao ano, se atinge um montante elevado de despesa."
(…)
Até porque, até 2011, terão de ser tomadas opções decisivas para o futuro do PSD/Madeira, as quais não se compadecem com estilos «chapeladas» ou «todos ao molho».Os Partidos políticos não precisam de uma inflação de «inscritos».Precisam, sim, de pessoas que PENSEM e TRABALHEM." http://www.jornaldamadeira.pt/not2008_12.php?Seccao=12&id=91263&sdata=2008
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Há uns anos atrás, à mesa de um café, num encontro casual, alguém me confidenciara (pessoa que não voltei mais a ver, nem sei onde pára), avançando-me com pormenores, de certo modo surpreendentes e perturbadores (pois que, segundo então me dizia, já teria participado por várias vezes nas mesas das assembleias de votos) , querendo fazer-me crer de que, uma percentagem de 3 a 4% nas eleições legislativas e municipais, em Lisboa, seriam susceptíveis da sagrada chapelada. Falava-me dos mortos que não votam mas que poderiam votar e de outras manigâncias e cumplicidades. Confesso que fiquei seriamente surpreendido e preocupado. Tanto mais que me parecera ser uma pessoa que ostentava formação superior. Pretendera convencer-me de que estaria inscrita como militante de um partido mas que, à custa de “umas lecas“ faria “o jeito” a outro. E, como ele, haveria outros. - Num conluio acertado de véspera. E já com algumas “raízes” em eleições anteriores. Nunca mais vi a dita pessoa e tenho pena - Pois gostaria de ter aprofundado a questão.Hoje se a vir não a reconheço, pois são dos tais encontros fortuitos. Mas que nos dão que pensar.
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Vem isto a propósito de mais um tão polémico e contestado veto presidencial. Desta vez sobre a reformulação da lei dos votos dos emigrantes - Que defende o voto presencial e que visa pôr travão às tão famosas chapeladas, que existem e continuarão a existir, mas muito difíceis de comprovar e de combater.
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O Presidente, Aníbal Cavaco Silva, no uso dos seus direitos constitucionais, entendeu não promulgar o decreto, apresentado pelo PS e aprovado na Assembleia da República (AR), com os votos favoráveis da maioria socialista, PCP, BE e PEV, que alterava a Lei Eleitoral para a AR. - E, certamente, receoso de que a mesma lei pudesse vir a não merecer reparo pelo Tribunal Constitucional, resolveu agir pelo seguro: devolveu a lei à Assembleia da República. Não há uma vez sem duas: e, com certeza, não haverá duas, sem três. Uma estratégia que está dentro do seu âmbito e que aproveitará, sempre que achar conveniente. Presidente é Presidente, e há que respeitar as suas decisões. Para se contrariarem, só o que ditarem os resultados nas próximas eleições presidenciais. Mas não tenhamos grandes ilusões - quem detêm os midia não são os partidos de esquerda. E as Tvs e outros órgãos, sabem bem quem devem apoiar.
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Segundo o comunicado, então publicado na página da Internet da Presidência da república, Cavaco Silva justificou o veto alegando que a proposta iria promover a abstenção eleitoral. - Ou seja, Cavaco Silva, preferiu fazer tábua rasa da decisão aprovada por larga maioria na A.R. e dar acolhimento aos argumentos do seu partido, ao PSD, e da bancada do CSD e de umas quantas associações (porventura dominadas e bem organizadas por laços de firmes conivências partidárias) que, eventualmente, integrem o denominado Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas - Coisa que também não é fácil de provar, tal como a veracidade do voto enviado por correspondência. As quais, pelos vistos, inconformadas pela perda de votos que isso poderia vir a provocar, com a falaciosa justificação de que, uma tal aprovação da lei, "obrigaria milhares de pessoas a percorrerem centenas ou milhares de quilómetros para exercerem um direito fundamental», juntaram os seus protestos às mesmas linhas orientadoras da direita e foram atendidas.
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E, agora, face ao veto, o que é que resta aos partidos que viram vetada a lei que aprovaram por larga maioria?... - Não se antevê grande ou mesmo algum campo de manobra: até porque, nesta “batalha” , um órgão soberano já derrubou outro: já encurralou uma decisão aprovada pela Assembleia da República. Ninguém vai acreditar que o PSD e CDS, venham dar o dito por não dito - A um objectivo, que não o tendo logrado no Plenário, lhes caiu no regaço, como abençoada dádiva presidencial! - E ainda dizem que os entraves no funcionamento da democracia, são coisa que dependa apenas do voto expresso nas urnas! - Ele há tantos alçapões!…
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BETTENCOURT PICANÇO - O SINDICALISTA LARANJA EMPOLEIRADO EM RAMO VERDE - MAIS UM ENLATADO PARTIDÁRIO



PICANÇO REAL
www.icn.pt/o-voo-da-bonelli/zorro_19.jpg

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Não consigo compreender como se é ao mesmo tempo membro ( ou deputado de um partido) e sindicalista - Esta situação deveria fazer parte das chamadas incompatibilidades ou de alguma galeria dos fantoches. - Como isso não acontece, ninguém o assume publicamente, a desconfiança e o desacredito, em relação aos sindicatos e aos partidos, é cada vez maior. O Partidos existem porque a democracia assim no-los impõe; mas vão estando cada vez mais desacreditados. Perdem militância e o divórcio dos cidadãos, em relação a eles, é crescente.«

Em Portugal, os sindicatos são correias de transmissão das estratégias partidárias. Não creio que sirvam, necessariamente, os interesses dos seus associados ou do sector a que pertencem É muito difícil estar-se nos dois lados da barricada - Exemplos, destes, não faltam.
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Nos tempos de Cavaco Silva ( sim, penso que não estou a confundir-me ou a confundi-lo )e nos posteriores governos laranja, Leopoldo Bettencourt Picanço, actual membro do Conselho Nacional do PSD e Presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, sempre que aparecia na RTP, era mais um "papel químico" da sua política: apenas para dizer o Amen. Limitava-se a elogiar, a realçar as suas decisões ou a dar a sua assinatura nos pactos sociais.

Não me recordo que alguma vez tenha sido uma voz crítica. Tendo, embora, todo o tempo de antena ao seu dispor, passava despercebido, era quase uma figura apagada, atrofiada. No entanto, já com a governação socialista, não foi assim - Tem ganho visibilidade. Naquele seu estilo habitual, meio professor dos fenómenos ocultos, quando abre a boca, já se sabe que é para fazer coro às posições do seu partido - Ou nos pactos ou sem pactos de regime. Anda ao sabor das posições do seus líderes - Qual pássaro picanço num escolho à deriva. Ou ave de arribação pousada num galho de oliveira - como se ela representasse a salavção da espécie. Mas, traíndo-a, não se importando de dar o dito por não dito.
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Há dias vi a sua imagem numa reunião do Conselho Nacional do PSD - Lá estava ele sentado entre outros membros na plateia geral. Ontem, por exemplo, apareceu nos telejornais, com honras de ribalta, num encontro com Manuela Ferreira Leite, à frente de uma delegação do sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), - Obviamente, na qualidade de alavanca partidária.
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A líder do PSD acusava o Governo de limitar a independência na Administração Pública com as alterações legislativas no sector - À sua voz juntou-se a do indefectível Picanço! Que se mostrou preocupado com “a precariedade e a captura dos cargos dirigentes pelo poder político. Porque, segundo este dirigente sindical, ” leva a situações de “corrupção nos serviços públicos”
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Corrupção dos serviços? Por parte de quem? Se quem lá está implantado (e domina) na administração pública (e em vários sectores ) são justamente os funcionários(os privilegiados) afectos às estruturas sindicais: e bem cimentados! Diz o autorizado "assobio" de picanço que as leis do poder político (que, de resto, apoiou) levam à corrupção?!- Só agora é que se deu conta?!.. Levam se os funcionários técnicos quiserem!. Vocês é que estão lá! - Não sejam cúmplices! Evitem-na! - Combatam-na! - Mais com acções, de que, com conversa fiada!
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Para quando o fim desta hipocrisia - e desta promíscua farsa ou dualidade político-sindicalista?

Veja-se, por exemplo, com agiu Picanço, em relação à proposta do Contrato de Trabalho para a Função Pública , que foi aprovada em plenário, com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD e os votos contra do BE, do PCP, dos Verdes e do CDS. - Pois não é que, uma vez mais, o "cântico do picanço real" (não querendo destoar posição partidária), esteve ao lado do acordo tripartido com os parceiros sociais quanto à revisão do Código do Trabalho - à excepção da SGTP - Mas eis que depressa vem a dar o dito por não dito:
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“Dr. Betencourt Picanço concordou com a legislação que o governo impôs à função pública, e assinou as respectivas actas de concordância. Em Janeiro o Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas entrará em vigor, e o Dr. Picanço apertado pelos respectivos sócios que não querem perder o vínculo de nomeação, veio para a televisão dizer que vai pôr o estado em tribunal.Grande lata! Assinou de cruz a legislação que o governo aprovou! E depois diz que vai pedir a fiscalização sucessiva! “É para enganar tolos” Diz o blogue Tripalium.
Por isso, há quem lhe chame:
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O NOSSO SIR HUMPHREY
Escutar Bettencourt Picanço ontem à noite no programa Diga Lá, Excelência na televisão ou ler uma síntese da sua entrevista hoje no jornal é presenciar uma réplica quase perfeita da figura protagonizada pelo actor Sir Nigel Hawthorne na forma como se mostra, em cada resposta, obstrutivo a qualquer reforma concreta depois de enunciar sempre no início de cada um dos temas, uma concordância teórica à implementação das reformas.”
http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2006/11/o-nosso-sir-humphrey.html

domingo, 22 de fevereiro de 2009

TVI - AVEIRO:JORNALISTA FAZ PAPEL DE" PAU MANDADO"- PRECARIZAÇÃO A QUANTO OBRIGAS!!...- SÓCRATES NÃO LHE DEU TROCO.

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"COMO É QUE SE PASSOU DE UMA ESPÉCIE DE GLORIFICAÇÃO DO JORNALISTA, HERÓI DA SOCIEDADE MODERNA EM MEADOS DOS ANOS 70, PARA A SITUAÇÃO ACTUAL EM QUE, TRANSFORMADO EM NOVO "CÃO DE FILA", OCUPA O LUGAR CIMEIRO NUMA ESCALA DE DESCRÉDITO"? - Ignacio Ramonet
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Havendo hoje, tantas opções, nos canais de cabo, pergunto: quem é capaz de suportar tamanho lamaçal de detritos em tão longos e exaustivos estendais?!.. De temas e acontecimentos, que só há uns anos atrás, apenas poderiam ser objecto de matéria nos jornais do crime e outros que tais?! - Obviamente que uma grande parte do público já não suporta tais enxurradas. O descrédito e a perda de qualidade da informação é um dado crescente. Os patrões dos canais generalistas pensam que ainda são os senhores das audiências. Estão engandos! Ou antes, querem enganar-nos. - Mas o golpe fatal acontecerá no dia em que a digitalização for plena.
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São os sinais dos tempos - A crise é geral: o próprio jornalismo, não foge à regra. A precarização laboral é um fenómeno social galopante que se estende por várias sectores de actividades. Atinge também os jornalistas. Daí a transformá-los numa espécie de meros tarefeiros ou de paus mandados dos chefes das redacções, vai um passo. A concorrência é tremenda, as pressões comercias intensificam-se e já não há emprego seguro. Cada um faz pela vida e a vontade do patrão é soberana. Faz o que te mandam se não vais para a rua! - E não precisa de estar lá; há quem o represente. Hoje na informação cruzam-se muitos interesses: -e há quem se vergue! E, em televisão, só quem é míope é que não vê! - Confrangedor! - E nem é preciso ser um telespectador muito atento para perceber se o jornalista questiona, comenta, descreve, age, norteado por princípios de isenção e de rigor, na busca da verdade, de denunciar ou de informar ou se é um “arregimentado”, um comprometido, um manipulador!
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“Os media não devem continuar a fazer de conta que são o olho que observa, mas que não pode ser visto. Esta metáfora não pode ser aceitável “ diz o autor da Tirania da Comunicação, “porque os media não tem uma posição privilegiada do periscópio ou de panótitico. Hoje, toda a gente os vê, os observa, os analisa, e numeroso estudos demonstram, com muita clareza, que não são perfeitos.” Porém, há quem se esteja nas tintas para os olhos dos mais atentos."
Penso que é dessa verdade, que se terá esquecido o enviado da TVI na visita que José Sócrates efectuou neste último Sábado a Aveiro.
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Ao jornalista, cabe-lhe o papel de investigador e de denunciador mas não de juiz. Pode também comentar e opinar. Mas nunca substituir-se aos Tribunais. Porém, a tentação, torna-se irresistível face a um jornalismo desrespeitoso das liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos(especulativo e sensacionalista ) que fundamenta o seu êxito comercial mais na base da emoção o que na razão. Em que, ele é, ao mesmo tempo, o instrumento, o mercador e a própria mercadoria. Este é o jornalismo da TVI e dos dias de hoje. O jornalismo do mais abjecto espectáculo - Aquele que privilegia a superfície, o alarido, o diz-se, que faz da informação mero produto simplificável, mercantilista, convertível num pacote. Que não se esforça pelo apuramento da verdade mas tão só por lançar a dúvida, o alarme social, a insídia e a confusão. Quer mostrar que denuncia os corruptos mas ele próprio, agindo como age, é corruptível e corruptor. Susceptível de se deixar instrumentalizar - principalmente quando tende a envolver-se no jogo partidário.
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O primeiro-ministro José Sócrates foi a Aveiro numa jornada oficial. Os motivos da sua agenda são públicos e não vou repeti-los. De entre os jornalistas presentes, estava também um repórter da TVI. Mas, pelo que verifiquei no telejornal da noite, a principal razão deste canal televisivo de ali ter feito descolar o seu enviado, veio a verificar-se que não era propriamente com o fito de fazer a reportagem dos projectos que José Sócrates ali ia apresentar. Pelo que depreendi, tal matéria pouco interessava à redacção, que, conforme depois seria dito na peça, classificaria a visita de Sócrates, como “ a repetição de uma cerimónia, apresentada com toda a pompa e circunstância, há duas semanas.” - Curiosamente, nessa noite, até a "insuspeita" Moura Guedes abria a janela do seu palco com a dita reportagem - Mas, pelo que me apercebi, aquilo parecia ter "veneno na venta".. - Era talvez mais para abrir o habitual apetite antropofágico!...
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De facto, está mais que provado que este canal não prima pelo rigor e pela imparcialidade. Busca o jornalismo sensacionalista a qualquer preço. A procura da imagem ou da palavra que provoque a ilusão da autenticidade. Simplesmente a consecução desse objectivo: ,apenas emoção, porque, a informação objectiva e verdadeira, dá muito trabalho, é rígida e não produz espectáculo!
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José Sócrates, não é parvo nem creio que seja masoquista, e fez muito bem. Não lhe deu troco. Ninguém é obrigado a falar para TVs que nos agridem e insultam e agem de má fé. Procedimentos destes caiem no descrédito e não justificam perda de tempo. O Presidente da Entidade Reguladora recusou-se a falar para “um comissário político do patrão do Expresso. E era o que deveria fazer o PM e outras entidades ou pessoas que se sintam caluniadas e feridas na sua dignidade. Talvez assim se acabasse, de uma vez por todas, com essa promiscuidade.
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Como não lograsse arrancar-lhe uma palavra que fosse, foi então depois fazer "um directo", junto de um punhado de sindicalistas da SGTP ( os mesmos que já haviam ali estado em 12 de Maio do ano passado - e que obedecem à mesma estratégia habitual a que já nos habituaram), enquanto Sócrates cumpria a última fase da sua agenda. Mas estavam no seu direito. Vivemos em democracia. Agora o que não creio é que, como disse o presunçoso repórter, Sócrates tenha saído dali “chamuscado e com as orelhas a arder”, por não ter recebido os habituais contestatários. Acho que quem terá ficado queimado ou pelo menos correndo o risco de não ter sido levado a sério - sobretudo na opinião dos telespectadores mais atentos - dos que não se deixam facilmente tomar por sectarismos primários - foi a figura patética de um jornalista que parecia ali ter sido enviado como verdadeiro pau mandado e que, não logrando a resposta que pretendia para alimentar uma informação especulativa e sensacionalista, fez um esforço caricato para desvalorizar a visita do governante. Isso é o que se chama de jornalismo de sarjeta, feito por jornalistas com olhos vesgos e "orelhas de burro". Infelizmente é o prato que se nos apresenta no dia a dia.
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Queria que o PM respondesse à TVI se conhecia ( já não me lembra quem) determinada pessoa que (dizem as fontes “insuspeitas e credíveis” da TVI) é citada no processo Freeport. -O qual está, como é conhecimento público, em fase investigação e de segredo de justiça. Mas a TVI (manda e pode - e tem de facto um poder colossal consigo que usa e abusa a seu belo prazer, ignorando as leis e contrariando as boas normas) sim, queria, à viva força, saciar a gula da sua insaciável avidez para promover mais um alarido de faca e alguidar. Onde a tónica dominante não é informar, mas julgar! Reportando-se a factos descontextualizados no espaço e no tempo e sem que todas as pessoas referidas tenham sido ouvidas. Associa ao Primeiro Ministro, os nomes do tio, do primo, de fulano, beltrano ou sicrano, que ocuparam ou ocupam esta ou aquela função, actual ou antiga, e, se fulano ou sicrano, está ou vai ser investigado disto ou daquilo, é porque José Sócrates, também é réu, cúmplice, está envolvido no conluio, na mesma tramóia! Um vídeo ( filmado ou forjado, sabe-se lá como e a que a investigação recusa dar credibilidade) parece ser a fonte, o pretexto principal para que se justifiquem acusações levianas e se levantem suspeitas e façam acusações.
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Claro que ninguém está acima da lei - Mas o próprio PM já o disse: que se disponibilizaria a prestar esclarecimentos à Justiça, se fosse convocado. Ou entenderá que esta televisão tem, sobre José Sócrates , plenos poderes para que, do alto da sua arrogância e prepotência, lhe deva pleito de subserviência e submissão?!...

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

TVI E EL IMPÉRIO PRISA - ERRO GRAVE A ERC APROVAR NOVO CANAL A UM GRUPO ECONÓMICO QUE JÁ É VISTO NALGUNS PAÍSES COMO UMA AMEAÇA À DEMOCRACIA

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) concedeu à TVI o alvará das emissões do canal temático de cobertura nacional e acesso não condicionado com assinatura TVI24. -Sem com isto pôr em causa a justeza e o mérito da sua decisão, a minha experiência no sector, leva-me assumir uma opinião bem contrária - A TVI não tem dado mostras de imparcialidade na informação e a Prisa (que comprou o canal à Meia Capital) é um gigante da informação global com muitos pés de barro. Em todos os países ( e são 22) onde se implantou, tem sido muito contestado e alvo de severas críticas

O Grupo Prisa é acusado de estar comprometido com uma determinada facção política. Mas, a sua ideologia, parece ser a dos cifrões! ..Não vejo diferenças da informação praticada pela gula das grandes empresas, que orientam a sua conduta em sintonia com o mercado financeiro. Em consequência da revolução das novas tecnologias, a nível global, reforçaram-se e tornaram-se ainda mais poderosas e agressivas. Movidas pela ganância dos milhões, o que procuram, sobretudo, não é a qualidade informativa, mas a conquista dos mercados publicitários: quanto maiores os níveis de audiência, maiores os seus lucros! Apostam no sensacionalismo, no espectáculo e emoção da informação.

Em minha opinião, os espanhóis da Prisa, não vieram acrescentar nada de novo ao panorama da comunicação social em Portugal. Pelo contrário, o que a sua experiência nos trouxe - o tem demonstrado - foi o agravar de uma concorrência (ainda mais desregrada e feroz) que não olha a meios para atingir os seus objectivos: os grandes lucros! - Já não se dão conta de bons exemplos: tanto nos órgãos públicos como nos privados; não há a menor destrinça.

Todas as concentrações, que se têm registado nos últimos tempos, na chamada era global, “ameaçam o pluralismo da imprensa” - diz Ignacio Remonet, editor de Le Monde Diplomatique, que alerta que é a própria democracia que está em causa. “Elas conduzem a privilegiar a rentabilidade. E a colocar nos postos de comando gestores cuja preocupação é a de corresponder às exigências dos fundos de investimento que detêm uma parte do capital” Remonet, denuncia aquilo a que chama “a mídia de assalto” Cita o exemplo dos Estados Unidos, onde as regras contra a concentração do audiovisual foram abolidas”, permitindo a fusão e “o controle de alguns importantes jornais britânicos e americanos no seio de grupos hegemónicos que rapidamente edificaram gigantescos impérios.

Na Europa, refere os exemplos da “Bertelsmann, que adquiriu o RTL Group e controla, a partir de então, na França, a rádio RTL e a cadeia M6; Sílvio Berlusconi possui os três principais canais privados da Itália e chefia, como presidente do Conselho de Ministros, o conjunto de redes públicas; na Espanha, a Prisa controla o diário El País, a rede SER de rádios, o canal pago de tv Canal+ e um pólo de editoras.”

"O grupo PRISA é formado pelo El País, Diario As (jornal esportivo) e Cinco Días (jornal de economia). Possui emissoras de rádio, como a SER (de assuntos gerais) e outras como Los 40 Principales (3.672.000 ouvintes), M80 Radio, Cadena Dial, Máxima FM, Radio Olé, etc. São donos da rede de televisão Sogecable que inclue, em canal aberto, Cuatro, e a rede de televisão digital via satélite Digital+, canais como Canal+, CNN+, Cuatro, Sportmanía, Cinemanía, Documanía e outros. Também dominam a Pretesa, uma rede de emissoras locais, Localia. Seu domínio é editorial também com as publicações Progresa, que edita revistas como Cinemanía e a versão espanhola da Rolling Stone.

Isso só na Espanha. Sua rede se espalha pela América Latina.

Na Colombia é dona da maior cadeia de rádios do país, Caracol Radio.
No Chile é dona do Consorcio Radial de Chile e recentemente da Ibero American Radio Chile, cadeias que representam mais de 50% da programação nacional.
Na Bolivia é dona dos periódicos El Nuevo Día, Extra y La Razón.
No México divide em 50% a propriedade da Televisa Radio com o poderoso grupo Televisa (grupo de radios como W-RADIO e Los 40 principales México). Edita também a versão mexicana da revista Rolling Stone.

Isso tudo sem falar na Prisa.com "
Márcio Coimbra

Sem dúvida, um poderoso Grupo que estende os seus tentáculos por mais de uma vintena de países, onde tem sido acusado de não respeitar o pluralismo democrático: quer no país vizinho, quer pela América Latina - Basta fazer uma breve consulta pela Net para se encontrarem abundantes testemunhos
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Chantajes, mentiras y extorsiones del grupo PRISA

http://www.hispanidad.com/noticia.aspx?ID=127674

El diario independiente de la mañana, también conocido como El País, pertenece al Grupo Prisa, que fue propiedad durante años del difunto D. Jesús de Polanco. Quizás pudiera conocérsele alguna imparcialidad durante los primeros años de la transición a la democracia, pero ha venido manifestando en los últimos años un odio anticlerical que le hace caer en verdades a medias o incluso en mentiras descaradas.

http://www.oadir.org/index.php?option=com_content&task=view&id=88&Item

Desde Madrid, se manipula a la opinión de toda Latinoamérica - lEl País, el rotativo madrileño que encabeza campañas de difamación contra gobiernos progresistas de este continente, pertenece al Grupo Prisa, un gigantesco cartel mediático que extiende sus tentáculos desde la capital de España a toda América Latina.

Los mil tentáculos del grupo PRISA
Desde Madrid, se manipula a la opinión de toda Latinoamérica

http://colombia.indymedia.org/news/2008/06/87864.php

LOS MIL TENTÁCULOS DEL GRUPO PRISA

http://anncol.eu/index.php?option=com_content&task=view&id=442&Itemid=2

http://www.alquimidia.org/desacato/index.php?mod=pagina&id=3006Grupo Prisa ataca a democracia boliviana

Grupo Prisa: la manipulación que no cesa

El Grupo Prisa de Polanco sigue en sus trece de pisotear los derechos y el pescuezo del Sevilla FC, único club de España que, hasta la fecha se ha atrevido a plantarle cara al todopoderoso para tratar de romper el yugo del monopolio

http://www.jesusalvarado.com/2006/10/22/grupo-prisa-la-manipulacion-que-no-cesa/

La manipulación orquestada de El País y el Grupo Prisa llegan también a El Salvador

http://www.rebelion.org/noticia.php?id=67393&titular=la-manipulaci%C3%B3n-

http://foros.elpais.com/index.php?showtopic=15225

http://labanderanegra.wordpress.com/2008/09/03/abusos-del-grupo-prisa-en-latinoamerica/
http://www.nodo50.org/repiqueinternacional/tribuna/PRENSABUSOS.html
http://lacomunidad.cadenaser.com/tags/impunidad -
http://www.blog-se.com.br/blog/conteudo/home.asp?idBlog=11289&arquivo=mensal&mes=01&ano=2007

Movimientos Corporativos en el Grupo Prisa

El imperio PRISA y su guerra contra la Iglesia

Não pretendo aqui fazer qualquer tipo de acusações ou insinuações mas julgo que nos assiste o direito de nos interrogar-mos sobre o passado e as perspectivas de futuro de um poderoso meio de comunicação social - ou seja, das reais intenções da implantação, em Portugal, de um dos maiores grupos mediáticos do mundo - os milionários da Prisa , considerada a terceira maior fortuna de Espanha e que aqui chegaram com o rótulo de socialistas - “Procurámos uma personalidade portuguesa com prestígio no mundo da economia e da política e com visão ibérica” - diziam eles, quando se referiam a Pina Moura - Sim, a sua estratégia, era importante para esse primeiro passo. Mas depressa deixaram cair a máscara - Não tardou que se voltassem contra o governo e criticassem abertamente as leis que aprovou na AR para regular o sector - Deram bem a entender, que, negócios são negócios:
Business-to-Business - Em entrevista ao Expresso , Manuel Polanco (irmão do então Presidentda Prisa, Jesus Polanco) criticou a legislação portuguesa para os média, considerando “que "Portugal tem excesso de Leis sobre os Media" .


Manuel Palanco e Moniz (agora promovido a integrar o comité de desenvolvimento estratégico audiovisual da Prisa) estiveram em perfeita sintonia, quer em relação a essas críticas, quer quanto ao facto da RTP (do Estado) ter ganho os direitos de transmissão de futebol. Não se coibindo de acusar o canal público de «concorrência desleal e de abuso de posição», ameaçando recorrem aos tribunais europeus, caso a ERC e os tribunais portugueses, não lhe dessem razão. - Afinal, tão agastados contra a Entidade Reguladora e contra o governo pela aprovação de um quinto canal de sinal aberto, mas, entretanto, coube-lhes já a eles de mão beijada o novo canal digital! -

iAgora, que se apanharam servidos, vejam bem como atacam e caluniam José Sócrates. Estão à vista os mesmos métodos que já lhes são conhecidos, quando algum político ou governo lhes cria alguma dificuldade nos seus negócios - Allém disso, as boas relações de José Sócrates com Hugo Chavez, tê-los-ão também incomodado. Os telejornais da TVI são-lhe declaradamente hostis - Abrem com uma ferocidade e uma desfaçatez que raia a náusea e a vertigem! Um dos exemplos mais sectários e deprimentes é protagonizado às Sextas-feiras pela mulher do próprio director do canal: ex-cantadeira e ex-deputada, acolitada por um comentador, igualmente ex-deputado de outro partido da mesma área política - Que também não esconde o seu ódio partidário.


Quando a Prisa adquiriu a Media Capital, ainda acreditei que, finalmente, iríamos ter um canal que respeitaria o nome de Televisão Independente. Sim, houve um período em que cheguei a ter essa impressão - Porém, se dúvidas houvesse, as mesmas foram completamente desfeitas com o regresso de Manuela Moura Guedes - Tendo esta senhora já dado provas da sua manifesta incapacidade de apresentar um telejornal sério, rigoroso e imparcial. Quanto mais chefiar uma redacção.

“Actualmente personifica o lado negativo do jornalismo, com especial enfoque no praticado pela TVI, que explora o choradinho e a tragédia de faca-e-alguidar“ - diz uma das opiniões, muito críticas, com que se exprimem na blogosfera.


Por isso, espero que os critérios de atribuição do novo canal à TVI, não tenham sido apreciados pela ERC, em função de uma opinião que havia sido expressa, pelo seu Presidente, há dois anos, que considerava, na altura, “ a TVI o canal que melhor cumpre os horários da programação e, deste modo, uma das novas regras da lei da televisão”, considerando a “estação pública (no conjunto da RTP1 e RTP2) aquela que tem o pior comportamento." Acho que, desde então, muita coisa mudou nos seus critérios.


Na verdade, bem vistas as coisas, hoje, que venha o diabo e faça a escolha! - Pegando ainda nas palavras do conceituado editor de Le Monde Diplomatique, Ignacio Remonet, que chama a atenção de todo este negro espectro da concentração dos midia, que ameaçam o pluralismo da imprensa, e a democracia, direi que, subsistem, realmente, motivos de preocupação. Pois, como sublinha: , “um dos mais preciosos direitos do ser humano é o de comunicar livremente seus pensamentos e suas opiniões. Nas sociedades democráticas, a liberdade da palavra é não somente garantida, como também é acompanhada de um outro direito fundamental: o de ser bem informado. Agora este direito está posto em perigo pela concentração das mídias, pela fusão de jornais outrora independentes no seio de grupos tornados hegemónicos. Devem os cidadãos tolerar este desvio da liberdade de imprensa? Podem aceitar que a informação seja reduzida a não ser mais que uma simplesmercadoria?”http://www.umacoisaeoutra.com.br/marketing/ramonet.htm


Em Portugal, Mário Soares, enquanto PM, e numa altura em que os socialistas detinham alguma influência na CS, tiveram oportunidade de dar algum rumo aos jornais (privatizados pela revolução de Abril) e de definir o rumo das estações de televisão privadas e até dos canais da RTP, RDP e LUSA, porém, porventura confiantes de que, em democracia, quem manda é o voto do povo, negligenciara a ameaça e deixaram que o cavaquismo, lhes fizesse a “folha” - os principias jornais diários foram entregues de mão beijada à Lusomundo e a Rádio Comercial ao Correio da Manhã. E, hoje, está mais do que visto, que, todos os grandes órgãos nacionais (mesmo os públicos) estão sob a esfera do controle do capital , da igreja e dos seus amigos da direita. Serão eles que, de mãos dadas com o vil metal, ditarão as leis e a ordem de amanha.