sábado, 31 de janeiro de 2009

RTP E O SERVILISMO À DIREITA - FOI SEMPRE ASSIM


Extraída
de caricaturas.bloguespot.com
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Veja-se como a direita punha e dispunha a seu belo prazer dos canais públicos da televisão e da rádio - e de outros mais. Mas não se julgue que, aqueles que lá estavam ( ainda hoje os mesmos) mudaram a agulha de direcção?!Vale a pena repescar e reflectir num pequeno artigo de opinião publicado, em 26 de Junho de 2004, no jornal público, de autoria de Luciano Alvarez - que aqui transcrevo com a devida vénia.

"A RTP Rendida ao Euro e ao Governo"

«A RTP abdicou de fazer jornalismo no que ao Europeu de futebol diz respeito. Não foi só o canal estatal, outros órgãos de comunicação social também seguiram esse caminho, só que a RTP é paga pelos portugueses, que por isso têm o direito de exigir seriedade, rigor e profissionalismo nos espaços de informação do canal.
É normal que todos os portugueses gostem que a selecção de Portugal ganhe. Já não é normal que jornalistas em serviço assumam as dores e as vitórias de equipa nacional como suas. Não é normal que um Telejornal termine com o hino nacional em homenagem aos jogadores. Não é normal que as outras equipas sejam desvalorizadas e muitas vezes quase ofendidas.O pior é que a RTP se comporta no futebol como na política, alinhando e promovendo de uma forma impudente a já esperada colagem do Governo ao Euro 2004.
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Na quinta-feira, no Jornal da Tarde, o ministro José Luís Arnaut, que não há dia em que não apareça na RTP, deu uma entrevista em directo tendo como cenário de fundo o Estádio da Luz. O tema principal era a greve do metro. Também falou do Europeu e do sucesso da prova, que atribuiu aos portugueses em geral e ao Governo em particular. Teve mesmo a desfaçatez de afirmar que tudo está a ser feito de "forma centralizada" na sua pessoa e que ele está atento "de dia e de noite". O jornalista terminou afirmando que o ministro Arnaut "é a cara do Euro".

E o que dizer de o facto do primeiro-ministro ser elevado à posição de personagem central, ao ser entrevistado antes e depois dos jogos de Portugal e no local destinado aos jogadores e treinadores, com a RTP a não se importar de roubar aos espectadores imagens importantes do interior dos estádios?
A rendição da RTP ao Governo era disfarçada antes do Euro. Agora é feita à descarada. Lamentável!»

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

RTP - RDP - CANAIS PÚBLICOS ENXAMEADOS PELA MILITÂNCIA LARANJA...




É um facto que os “media” em Portugal estão nas mãos da direita - diga-se CDS e PSD. Acho que não é novidade para os cidadãos mais atentos. Tal como também não será muito difícil depreender que, hoje em dia, alguém seja admitido nalguns dos órgãos da comunicação social, controlada pelos principais grupos económicos, que não passe pelo crivo da confiança desses partidos. Há realmente ainda bons jornalistas nas redacções que dificilmente aceitarão vender a alma ao diabo, mas, pelos vistos, para estes, vai sendo, cada vez mais, um trabalho árduo e heróico.

Mas a opinião que eu tenho é a de que o panorama nos canais públicos da RDP e RTP, não é melhor. Se eu disser que estão enxameados por gente da confiança dos partidos da direita., acho que não digo nenhuma mentira. O Administrador nomeado por este governo apenas serve para gerir as questões financeiras. De tal modo, que, o sectarismo me parece ( mais das vezes) ainda bem pior que noutros órgãos de televisão e rádio. As delegações na província, nas regiões autónomas e no estrangeiro, todas elas são constituídas por pessoal escolhido a dedo. O mesmo se passa com a maior parte dos comentadores. É praticamente todo ele recrutado nas suas hostes políticas.. Isso não me espanta. Pois a direita tem e teve sempre a obsessão do controle da C.S. e não deixa nada em mãos alheias.

De vez em quando, berra, barafusta, mas não tem razão. Se há algum jornalista que não lhe apare o jogo, não é porque esteja a servir outro partido mas apenas porque quer fazer informação rigorosa e objectiva. Mas, a direita, antidemocrática, não gosta desse tipo de jornalismo e só não o esfola se não pode. Não lhe perdoa.

Durante os Governos de Mário Soares e de Constâncio, a admissão do pessoal era sensivelmente repartida pelo PS e PSD - Havia um acordo firmado entre estes dois maiores partidos para que as novas admissões fossem repartidas. Com as ascensão do cavaquismo, Soares Louro, então Presidente da RTP e da RDP, embora vindo das hostes socialistas, pôs termo a esse acordo. Até admito que fosse com boas intenções: de forma a que, nos critérios de admissão, apenas passasse a vigorar a competência e o mérito. O certo é que a realidade veio a revelar-se bem diferente.
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Nos longos anos de cavaquismo e de Nogueira, poucos ou mesmo nenhuns ali foram admitidos que não fossem através da confiança desses governos. E, como as leis entretanto mudaram, aos socialistas, apenas tem cabido o papel da Administração. É assim, actualmente, também na TVI. Os espanhóis puseram lá dois socialistas nas Administrações mas quem ali manda é José Alberto Moniz (e Moura Guedes - a mulher). De recordar que, Eduardo Moniz, enquanto esteve na RTP, saneou e fez a vida negra a muito jornalista que não fora escolhido por ele.
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A actual lei impede que as Administrações interferiram nas redacções. Foi uma iniciativa do PS, mas acho que, tais alterações, só têm servido para lhes apontarem tiros nos pés. Pois quem tira o proveito é a direita, com a suas hostes militantes, bem activas e atentas em todas as estações. Até porque, no caso da RTP e RDP, os que não gozavam de confiança política, com a expurga que se verificou com a mudança de instalações, nos governos de Durão e Santana, acabaram por ser dispensados - Claro que existem lá excelentes profissionais. O que eu duvido é que existam lá muitos jornalistas que tenham sido admitidos à margem daqueles critérios partidários.

Era tal o vazio, de gente afecta ao seu partido, que, José Sócrates, depois de tomar posse, querendo nomear para Director-.Geral da RDP, um elemento vindo dos quadros da casa, se viu obrigado a nomear Rui Pego - E quem é este senhor? - Obviamente, alguém cujo percurso tem sido da confiança laranja.

Veja-se o que se passou com a privatização da Rádio Comercial: quem era PSD foi transferido da Rádio Comercial para a RDP. E os que não gozavam desses privilégios e estavam na RDP (empresa mãe) , foram enviados para a Rádio Comercial SA. - Como consequência da venda desta estação, ao Correio da Manhã, os que ali estavam (logo no primeiro mês) foram praticamente todos postos no olho da rua. Por isso, enquanto uns, lá estão (agora todos reunidos numa única empresa pública: televisão e rádio) os outros (segundo me foi relatado) passaram pelas ruas da amargura. E por único crime: porque não tinham o cartão laranja. Não os invejo, mas não deixo de sublinhar que, privilégios desses, só pela cunha partidária de uma direita que não olha a meios para atingir os seus fins.
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Ontem, por exemplo, um desses privilegiados( C.M.) comentava no canal da RTP Norte que Sócrates devia pedir a demissão por três meses até que o caso Freeport estivesse resolvido. Não me surpreendeu o que esse paladino afirmou: nada mais nada menos aquilo que a direita quer: ou seja, que Sócrates vergue às surtidas de uma Comunicação Social que lhe é manifestamente hostil, tal como vergou Guterres, quando, fustigado pelos media da direita, não resistindo às suas pressões, teve que abandonar o barco.
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Pois bem, esse tal comentador, admitido ainda no tempo de Constâncio ( mas proposto pelo PSD - nos dias em que PS e PSD se entendiam em matéria de admissões nos órgãos de comunicação social do Estado) lá continua de pedra e cal a debitar os seus comentários e palpites. Ele e outros que tais. É assim a militância da direita.

Quem lhe apare o jogo, dificilmente fica no desemprego. Passa-se em todos os sectores da administração pública. Não digo que o PS seja inocente nestas questões. Mas verifico que existem diferenças. Por exemplo, enquanto António Guterres, (logo a seguir à sua tomada de posse), admitiu alguns milhares de tarefeiros nos quadros - Não olhando à sua filiação partidária, no entanto, com a entrada dos Governo de Durão e Portas, todos aqueles que, naquela altura, estavam numa situação a prazo, foram dispensados. Apenas com o intuito de privilegiar a gente da sua confiança.
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É uma questão de mentalidades: a esquerda é tolerante e progressista; a direita é racionária, controladora e obsessiva. E, num país, em que detém o controle praticamente absoluto dos órgãos de comunicação social é muito difícil a um governo, que não seja das suas hostes, fazer passar os aspectos mais positivos da sua governação. È claro que o povo português, não é parvo. E sabe distinguir o trigo do joio; ainda é o que vai valendo.

JOSÉ AZEREDO LOPES FEZ BEM RECUSAR SER ENTREVISTADO POR COMISSÁRIOS POLÍTICOS








Caricatura de José Rodrigues Migéis
Um digno exemplo de Jornalista e escritor




Finalmente alguém teve a coragem de recusar ser entrevistado por comissários políticos - Neste caso, por um jornalista da confiança do patrão do Expresso. Antigo Ministro de um Governo PPD/PSD e um dos fundadores deste partido. Que pelos vistos, tem-se recusado aceitar as directivas da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) ou então a deturpá-las ou a omiti-las. Ciente, talvez, de que, no seu grande império de televisões, revistas e jornais, só ele é que pode pôr e dispor a seu belo prazer. E que o chamado pluralismo democrático é coisa que deve ir p'ras urtigas. E o mais grave é que esta prepotência descarada é cada vez mais notória e arrogante.
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Era assim que outras figuras deveriam fazer quando, lhe aparecessem pela frente outros comissários políticos - infelizmente, e para mal do pluralismo democrático, há por aí muitos exemplos desses!
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Ninguém pode ser obrigado a falar com quem não quer", disse José Azeredo Lopes ao DN. "Uma entrevista prevê um contrato entre duas partes. Quando aceito dar alguma nunca exijo saber as perguntas nem sequer há temas proibidos. Mas o Expresso, em dois anos e meio, nunca foi objectivo com a ERC. Eu não peço favores a ninguém, mas tenho o direito de exigir que as minhas declarações não sejam desvirtuadas e omitidas", disse o presidente da ERC. Por que razão não exerce o direito de resposta nesses casos? "Eu tenho o dever ético de não exercer os direitos de resposta porque é a minha entidade que os analisa. É por isso que peço ao jornal para escrever um artigo. E ir para tribunais é inacreditável, conhecendo-se o ritmo a que funcionam", afirmou.” - Excerto do DN on-line.
Azeredo Lopes vetou jornalista do 'Expresso' - dn - DN
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Felicito José Azeredo Lopes pela sua coragem. E acho muito bem que o exemplo parta de um alto responsável da ERC.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

PINTO MONTEIRO QUER RESTAURAR E CREDIBILIZAR A JUSTIÇA - TEM RAZÃO!

AINDA OS ECOS DA ABERTURA DO ANO JUDICIAL 2009

Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei” diz a Constituição da República. Por isso, não vejo razões para que Pinto Monteiro tenha necessidade de afirmar o que, em princípio, deve ser óbvio para todos os cidadãos e está consagrado como um dos seus direitos fundamentais. Cabe ao Poder Judicial fazer respeitar as leis. Não faz mais que o seu dever e a sua obrigação


Não é novidade para alguém, hoje dizer-se que a Justiça "tem dois pesos e duas medidas". Para uns a mão pesada e para outros o favorecimento ou a benevolência. E, se esta é a realidade, este é um problema das instituições judiciais e não dos cidadãos. Por isso, se a mensagem foi dirigida para o funcionamento interno da Justiça, acho que fez muito bem; nunca é demais fazer essa chamada de atenção. É bom que todos os agentes envolvidos nos actos da investigação, da instrução e do julgamento, tomem consciência dos seus deveres e obrigações. Que os processos não se arrastem indefinidamente, que sejam imunes a pressões, sejam elas quais forem, e que, na hora de julgar, se corte a direito.
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Pinto Monteiro, diz que há que "restaurar e reforçar a credibilidade da justiça, tornando-a mais transparente, mais eficiente, mais credível" Concordo em absoluto. Mas, se tal desiderato não é conseguido, não me parece que seja, tanto pela culpa das leis que os governos decretam mas na maneira como os processos são conduzidos e na celeridade e justeza como as leis são aplicadas. É, pois, um procedimento que compete, sobretudo, aos Srs. Juízes. Não creio que eles sejam as vítimas ou que os legisladores os estejam a dificultar.
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Pelo contrário, se as palavras do PGR são para fazer ver ao Zé Povinho de que a justiça cumpre fielmente o seu papel, que vai tudo bem no reino do país das maravilhas, que todos são tratados sem distinção (e sabe-se que não é tanto assim) parece-me que é mais um discurso oportunista e com água no bico. É mais um recado político a José Sócrates, do que outra coisa. E já se percebeu porquê. Acho que não será com retórica discursiva que o PGR convencerá a plêiade - Ou pelo menos os cidadãos mais atentos. Mas com decisões na prática.Em que o segredo de justiça não seja sucessivamente violado. Em que os prevaricadores não sejam julgados e os receptadores punidos. Eu, pelo menos, não vou na conversa dessa demagogia.
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Também não creio que a opinião pública esteja convencida que pode confiar integralmente na Magistratura e nos Tribunais. Pessoalmente já tive dois processos cíveis que levaram mais de uma dúzia de anos. E a corda sempre pendeu para o lado mais robusto. De facto, cheio de boas intenções ou de actos injustos, está o inferno cheio.
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No seu discurso da abertura do Ano Judicial 2009, diz o Procurador-Geral da República que a investigação de eventuais ilícitos criminais deve ser feita "sem olhar a quem", pois "todos são iguais perante a lei". Acrescentando que nada justifica que alguém goze de especiais privilégios na aplicação da justiça" (...) "há que afirmar, clara e inequivocamente, que todos são iguais perante a lei, investigando-se eventuais ilícitos sem olhar a quem eles respeitam. Afirmá-lo e praticá-lo."
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Tem razão: não basta dizê-lo; é preciso praticá-lo! É necessário que isso aconteça no dia a dia nos Tribunais. E que estes não se deixem enlear ou influenciar por questões estranhas ao seu funcionamento.
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Como se não bastassem as palavras de Pinto Monteiro, não é que um dos delegados do Ministério Público, já veio posteriormente afirmar às televisões que o facto de só agora as autoridades inglesas responderem a um pedido do MP, sobre o caso Freeport, é obra do acaso. Não digo que não seja verdade. Mas também não deixa de ser verdade que os acasos também podem ser propiciados. Às vezes, é tal como as azeitonas: deixam-se ficar em salmoura, até se comerem.
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Tal como obra do acaso não deve ser entendido, quando, por exemplo, uma notícia do jornal "O Independente", a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária que mencionava José Sócrates, então líder da oposição, como um dos suspeitos, por alegadamente ter sido um dos subscritores daquele decreto-lei quando era ministro do Ambiente.
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Não conheço os contornos do tão badalado processo ( senão pelo que diz a óptica sensacionalista e distorcida dos media )para que, sobre o assunto, possa emitir qualquer opinião. Mas uma coisa me salta à vista e me causa sérias interrogações, é esta estranha coincidência dos acasos.
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Entretanto, também já veio às Tvs e rádios mais uma ilustre magistrada do MP, onde as tais coincidências foram abordadas, dizer que, "se eu fosse José Sócrates, pensava o mesmo. Que eram coincidências a mais"- Por ter afirmado que "há uma campanha negra" contra ele a a sua família. "

As instituições devem respeitar-se; não deve haver nenhuma desconfiança por princípio", declarou então Cândida Almeida, directora do DCIAP (Departamento Central de Investigação e Acção Penal), que coordena o departamento do Ministério Público que investiga o caso Freeport.
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Mas o certo é que, ainda não há muito tempo, esta magistrada não procedeu assim. Disse que Comissão de inquérito é negativa para investigação do BPN" Tendo como resposta do porta-voz socialista a afirmação de que “seria completamente impróprio que a Assembleia da República tivesse a fazer qualquer tipo de comentários em relação à investigação criminal». Acho que a reacção de Sócrates é perfeitamente compreensível. Se se considera injustiçado, e julgado na praça pública, o que é que pode ser senão uma campanha negra?!...
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Deixem, pois, Srs. Magistrados de serem a cara da notícia, remetam-se aos vossos gabinetes e mostrem trabalho! Deixem de se empenhar nesse tipo de mediatismo - Em que, ao mesmo tempo, que desfazem uma dúvida, dão azo a que se levante outra. Deixem de querer mostrar-se justos, céleres e isentos! Façam mas é por merecê-lo! - Então por que motivo, horas antes, emitiram um comunicado?!... Não estava ali tudo explicito?! Foi para alimentar ainda mais a gula dos jornais. das rádios e das televisões?!... Foi para desviarem as atenções do desmentido de José Sócrates e lançarem ainda mais dúvidas sobre as sua pessoa?! - São perguntas que a mim próprio coloco e para as quais não encontro respostas.
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Era bom que a separação dos poderes fosse escrupulosamente respeitada e o bichinho da política não afectasse essa independência. Mas, pelos vistos, mesmo entre os diversos poderes, fica-se com a ideia de que outros poderes mais altos se levantam.

sábado, 24 de janeiro de 2009

JOSÉ SÓCRATES CILINDRADADO PELO PODER JUDICIAL?...



Não quero com isto dizer que não tenhamos bons juizes: há-os e muito competentes! Pois, também, muitos são os que se esforçam no silêncio ou na clausura dos seus gabinetes para estudarem os processos, com minúcia conventual, e preferirem sentenças justas e adequadas. Mas a verdade é que a lei confere-lhes privilégios muito especiais. Não podem ser responsabilizados pelas suas decisões. Não vejo outra profissão onde isso aconteça. Ou seja, são irresponsáveis - E até há quem acrescente: intocáveis. Podem errar que ninguém lhes pode assacar responsabilidades. Pelo que posso deduzir, é seguramente uma classe de mentes privilegiadas.
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E aí daqueles que ousem afrontá-los. Não tarda que um certo espírito corporativista se faça manifestar entre as fileiras. José Sócrates teve a coragem de mexer com o poder judicial (com as férias judiciais) e com outros poderes instituídos e o resultado parece estar à vista. Se até agora as posições da militância sindicalista dos juízes, lhe eram de extrema hostilidade, agora, que as eleições se avizinham , pelos vistos, a guerra poderá, certamente, ser a ferro e fogo! Bastante mais acesa! Tendo, a seu lado, um aliado valioso: a comunicação social, controlada, na sua esmagadora maioria, pelo grande capital - A qual, é mais do que sabido e notório, não morre de amores pelos socialistas, pela esquerda em geral, e que, ao sentir-se escudada ou apoiada pelo poder judicial, tudo fará para denegrir ou trucidar o actual PM. Já o fez noutras alturas. Julgo que o caso Freeporte é mais um dos exemplos a juntar a anteriores perseguições.
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Por isso, nada do que tem vindo a lume nos jornais ( ou estará para vir) me surpreenderá: eu já previa que este tipo de notícias haveria de aparecer mais dia menos dia. Com as eleições no horizonte, estava-se mesmo a ver que tinha de surgir por aí mais uma tramóia. Mais um pseudo-caso. Como não conseguiram apunhalá-lo com o ferrete da homossexualidade e da falta de canudo de engenheiro, tinham que inventar mais uma patifaria. Vejam se essa gente perde algum tempo com os desmandos do ditador da Madeira?!...
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A direita em Portugal é anti-democrática ( tal como a franja comunista com a qual se identifica em muitas das suas atitudes), pelo que, a única via, de conquistar o poder é a arma da calúnia e da guerrilha. Que usa e abusa a seu belo prazer através dos media, cujo controlo é total. Onde está um único jornal que nã0 seja da mesma família política?!... Portugal deve ser dos poucos países da Europa onde isso acontece. Onde a liberdade de escolha é mais do que dirigida e condicionada.


JÁ ERA DE PREVER.... O MATA E ESFOLA - VOCÊ AINDA ACREDITA NELES?





Greve geral Magistrados do MP aderem à paralisação - .....Governo de Portugal - Declaração sobre a greve dos magistrados.......Justiça: Ministro lamenta greve dos magistrados do MP e promete.....Magistrados do Ministério Público aprovam Greve Geral.........Greve geral, sim ou não? - Opinião - DN.......Procuradores fazem greve dia 24.....Juizes mantêm críticas ao Governo e deixam no ar ameaça de adesão..MAGISTRADOS JUDICIAIS E DO MINISTÉRIOS PÚBLICO AMEAÇAM ENTRAR E....

Associação Sindical dos Juízes Portugueses: Copianço no CEJ entre futuros magistrados .Sampaio: 'Copianço' no CEJ abala confiança dos cidadãos..Copianço Marinho Pinto defende exclusão de candidatos....Juízes obrigam Finanças a revelar gastos de Sócrates......