A queda do Elevador da Glória em Lisboa ocorreu na quarta-feira, dia 3 de setembro de 2025, por volta das 18h05, após a quebra de um cabo estrutural, resultando em 17 mortos e 21 ferido
A 4 de março de 2001, pouco depois das 21h00, o tabuleiro da ponte Hintze Ribeiro cedia.Era noite de futebol. Com jogos de Benfica e Porto. Lá fora, chovia. Nos dias anteriores, a subida dos caudais tinha feito crescer Tâmega e Douro. O rio estava “grande”. Pouco depois das 21h00, um estrondo deixou inquieta Maria Emília, de Torrão - Marco de Canaveses.
“Nós estávamos a comer. Nisto, o meu filho saiu e aconteceu aquele estrondo. Pensei: foi um carro que bateu. Cheguei aqui em baixo, a ponte caiu, a ponte caiu”, recorda.
Um autocarro de passageiros e outros três automóveis eram arrastados para a voragem do Douro. A expressão “tragédia” depressa cruzaria o espectro mediático. O concelho de Castelo de Paiva tornar-se-ia, nos dias subsequentes, o núcleo de um país que hesitava entre o choque e a indignação. Pedir-se-ia justiça. Perguntar-se-ia como fora possível. Jorge Coelho, à data ministro do Equipamento, abandonaria o Governo com uma frase: “A culpa não pode morrer solteira”.
Inaugurada em 1887, a ponte era responsável por fazer a ligação entre Castelo de Paiva e a localidade de Entre-os-Rios.
O Estado atribuiu 50 mil euros a cada família enlutada e um adicional entre os 10 mil e os 20 mil euros para cada herdeiro, em função do seu grau de parentesco.
Inquéritos promovidos pelo Governo e pelo parlamento atribuíram o colapso da ponte a uma "conjugação de fatores", incluindo a extração de inertes a montante de Entre-os-Rios.
No plano político, o acidente provocou a imediata demissão do então ministro do Equipamento, Jorge Coelho, que produziu então uma declaração marcante, a de que “a culpa não pode morrer solteira”.
Paulo Ramalheira Teixeira, (o que este autarca do PSD pretendia era uma nova ponte que fosse mais larga, decisão, aliás, tomada pelo PM António Guterres, antes da ponte cair -
Na entrevista dada à SIC, o Antigo presidente da autarquia de Castelo de Paiva, em 2001, aquando da queda da ponte Entre-os-Rios, a 4 de março de 2001, acusou o Estado de "negligência", afirmando que não ter "dúvidas de que o gabinete do ministro sabia" sobre a insegurança em relação ao tabuleiro.
POSIÇÃO DIFERENTE TÊM OS TÉCNICOS QUE FIZERAM AS VISTÓRIAS
Técnico negou veementemente que os relatórios dos anos 80 apontassem para evidentes sinais de erosão e indicassem até como possibilidade a ruína iminente do pilar da ponte (o que acabou por acontecer em 2001). "Assisti à reprodução do vídeo com as filmagens subaquáticas. Mas não fiquei com a sensação que o pilar estivesse em perigo, tal como não estava se não tivesse havido as cheias de 2000/2001",
Baptista dos Santos disse que a vistoria de Julho daquele ano foi pedid a apenas para avaliar o estado do tabuleiro, faixa de rodagem, passeios e guarda -corpos, tudo elementos ligados à "segurança funcional".
Mais tarde, o arguido referiu que uma anomalia na base do pilar, "por mais pequena que fosse, reflectir-se-ia no tabuleiro".
Baptista dos Santos chefiou a Divisão de Conservação de Pontes da ex-Ju nta Autónoma de Estradas (JAE) entre 1993 e 1999.
Absolvidos todos os arguidos do caso da queda da ponte de Entre-os-Rios De resto, os juízes deram como certo que "não se fez prova de que o pilar P4 [que ruiu e arrastou o colapso da ponte] não estava em segurança". Também não ficou provado que a protecção da base do P4, com pedra, garantia a sua segurança face às sucessivas e anormais cheias de 2000 e 2001 no Rio Douro, concluiu
O ministro do Equipamento Social, Jorge Coelho, pediu a demissão após a queda da Ponte de Entre-os-Rios, em Castelo de Paiva, que terá provocado a morte de 67 pessoas, anunciou o ministro em conferência de imprensa.
O ministro do Equipamento Social assumiu a responsabilidade política do acidente, afirmando em conferência de imprensa, que «não ficaria bem com a minha consciência se não o fizesse».
Na sequência da demissão de Jorge Coelho, deixaram também o Governo quatro secretários de estado, Luís Parreirão, das Obras Públicas, Leonor Coutinho, da Habitação, Guilhermino Rodrigues, dos Transportes e José Junqueiro, da Administração Portuária.
O ministro Jorge Coelho tinha visitado há um ano atrás a referida ponte, tendo decidido a construção de uma nova ponte, ao constatar que a antiga, com mais de 100 anos, apresentava «alguma degradação ao nível do tabuleiro».

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