quinta-feira, 15 de outubro de 2009

TVI - ERC - MOURA GUEDES: DE PREVERICADORA A HEROINA! ESPANHÓIS DA PRISA OS MAUS DA FITA - MAS OS OUTROS PATRÕES FAZEM OS QUE LHES APETECE


















De prevaricadora a heroína - estranho facto ou estranha bizarria! - Só talvez em Portugal é que era possível acontecerem coisas destas! - Há uns meses, em Maio, o Conselho Regulador
da ERC deliberou reprovar a actuação da TVI por desrespeito de normas ético-legais aplicáveis à actividade jornalística - Instando a TVI a cumprir de forma mais rigorosa o dever de rigor e isenção jornalísticas - Em causa estavam as constantes violações por parte do Jornal Nacional, produzido e apresentado por Manuela Moura Guedes - Esta senhora, não só fez ouvidos de mercador, como se insurgiu de forma agressiva ( no seu habitual estilo) contra a decisão da ERC.

Por outro lado, a Administração da TVI (com o poderoso Moniz ainda em pleno uso do seu livre arbítrio, acumulando cargos de Director-Geral e administrativos (como consultor de conteúdos) , nada se importou - Pelo contrário, em vez de fazer cumprir as referidas orientações da ERC, pôs-se ostensiva e deliberadamente ao lado da sua “Diva” , instando-a, publicamente, a prosseguir na senda da mesma leviandade . - Do Conselho de Redacção, nem uma voz, porque não existe - E se existia , estava esvaziado de poderes. Ali quem punha e dispunha era o marido de Manuela Moura Guedes.

Mas eis que a referida administração ( já sem a presença tutelar de Eduardo), embora tardiamente e não no momento mais oportuno - mas, antes tarde de que nunca! -, procura repor a legalidade: nomeadamente quando a mesma dita senhora - de regresso de férias - já anunciava através dos jornais a retoma das suas arrogantes investidas "É IMPENSÁVEL NUMA DEMOCRACIA QUE O GOVERNO SE RECUSE A IR A UM JORNAL - intitulava por essa altura - numa das suas páginas, o jornal do patrão da Sonae - Sempre pronto a dar coro ao casal Moniz /Guedes

Pois bastou esse procedimento sensato dos administradores da TVI para que uma onda de indignação (liderada sobretudo pela direita) viesse reprovar os responsáveis da estação televisiva, e até culpabilizando o governo, acusando-o de asfixia democrática! E a que - surpreendentemente - vem agora juntar-se uma decisão da ERC, reprovando e considerando ilegal a interferência da administração da TVI na suspensão do ‘Jornal Nacional de 6ª’, apresentado pela impoluta e intocável Manuela Moura Guedes. E a cujo desfecho se associa também a voz da paladina. Vociferando tratar-se de um “acto ilegal" e esperando que as emissões do programa sejam retomadas” - E agora quem é que, afinal, vai chamar à razão ou pôr na ordem os abusos e arrogância destes abutres inimputáveis?!...

Então a (ERC) Entidade Reguladora para a Comunicação Social condena o jornal Nacion
al ( de Moura Guedes) por desrespeito das normas ético-legais, instando a TVI a cumprir de forma mais rigorosa o dever de rigor e de isenção! - E depois não aceita que a sua decisão se cumpra?! - Então quem é que havia de a fazer cumprir? - Se o controlo e os desmandos eram ditados pela própria chefe de redacção(autora do programa) e com o total apoio do director-geral - seu Exmo marido?! - Onde é que estão os meios ( à margem da administração) para o cumprimento cabal e isento das decisões ou recomendações da ERC?!... Que poderes têm, afinal, os jornalistas na media capitalista - senão os veiculados ou os que lhes são ditados pelos seus agentes patronais?!... Que nem sequer lhes pedem satisfações para os porem no olho da rua, quando lhes apetece!...














Imagine-se o que aconteceria se fossem os espanhóis da PRISA a tão descarado aproveitamento politico-patronal na sua própria antena?!...

A SIC DE BALSEMÃO CONT
INUA A DITAR AS SUAS ORDENS E ATÉ A FAZER CAMPANHA PARTIDÁRIA AO ESTILO BERLUSCONI - ESTÁ-SE NAS TINTAS PARA A ERC - E A HERANÇA QUE A DIREITA DEIXOU NA RTP FOI O CONTROLO ABSOLUTO POR GENTE DA SUA CONFIANÇA POLITICA, QUE LÁ CONTINUA DE PEDRA E CAL, NUMA AUTÊNTICA SUCESSÃO MONÁRQUICA, A SELECCIONAR E ADMITIR QUEM MAIS LHES AGRADA

A anteceder a campanha para as legislativas, entendeu a Entidade Reguladora para a Comunicação Social - e entendeu muito bem - que os comentadores suspendessem as suas colaborações se se apresentassem como candidatos! - O objectivo era colocar no mesmo plano de igualdade os demais candidatos - Mas os patrões recusaram-se imediatamente a acatar tais orientações. E porquê? - Porque, de um modo geral, a esmagadora maioria dessa gente, são da sua confiança política.

Mas, já uns meses atrás, Francisco Pinto Balsemão, também se insurgia contra a nova lei do pluralismo na comunicação social, acusando o Governo de querer controlar a actividade televisiva e acabar com a auto-regulação ao dar "poderes excessivos à ERC". - Cavaco Silva esteve em sintonia com os seus amigos e vetou-a -pese o facto de ter sido aprovada por larga maioria parlamentar - exceptuando os partidos da direita.

Nos canais públicos de rádio e de televisão, o panorama não é melhor. A Administração da RTP (face à actual lei) não tem poderes para interferir na informação - Ou seja, o governo apenas tem que responder com os passivos ou activos das suas contas. Quem faz as admissões dos jornalistas, quem controla a informação, são precisamente os mesmos que Nuno Morais Sarmento escolheu e promoveu a dedo - através de uma "agência externa" , da sua cor política, obviamente, no polémico processo de fusão da rádio e TV. O mesmo cauteloso ministro que defendia “haver limites à independência” dos operadores públicos sob pena de ser adoptado “um modelo perverso” que exige responsabilidades a quem não toma as decisões. Pois - segundo o seu ponto de vista - “não são os jornalistas nem as administrações que vão responder perante os eleitores” pela informação ou pela programação da estação pública.

Por isso mesmo, quando a direita lá esteve, esta podia fazer o queria e lhe apetecia! - Mas, quando perdeu o poder, não perdeu o controlo da informação, porque deixou a “casa bem armadilhada e bem arrumada” - E agora quem é que vai ditar ordens à gente da sua confiança? - Sim, à monarquia que ali deixaram?... - Pois longe já vão os tempos em que as admissões eram repartidas pelos dois principais partidos - Cavaco Silva acabou com isso e passou admitir apenas os seus - O maior escândalo passou-se com a privatização da Rádio Comercial - Quem era do partido, mudou-se (mudaram-nos) de armas e bagagens para os canais que ficavam na posse do Estado. Os outros não tiveram essa sorte: esperou-os o despedimento colectivo e o desemprego.Vão lá ao novo edifício da actual RTP e vão ver quem foram os felizardos poupados à inqualificável expurga!...

Isto é apenas uma leve amostra(breves observações) do controlo absoluto que a direita detém na comunicação social - tanto nos canais públicos como privados.Mas dessa afronta não se fala!... Tudo o que essa gente faz, é sempre muito bem feito e muito democrático!...

ACTUALIZAÇÕES.
SJ condena despedimentos no Rádio Clube Português ..

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