Câmara Municipal de Odivelas....http://www.youtube.com/watch?v=_YxQCHexxwg . Câmara Municipal de Odivelas....Câmara Municipal de Odivelas. Câmara Municipal de Odivelas.
ALGUNS DOS VÁRIOS CONCELHOS DA REGIÃO DE LISBOA - QUE FORAM ASSOLADOS PELO VIOLENTO TEMPORAL DE 1967, E QUE DEIXARAM MILHARES DE FAMÍLIAS SEM LAR , PREPARAM-SE PARA LHE DAR UM NOVO "GOLPE DE MISERICÓRDIA" NAS SUAS VIDAS - QUEREM DESALOJA-LAS DAS CASAS QUE FORAM CONSTRUÍDAS COM A SOLIDARIEDADE DE TERCEIROS. DAS AUTARQUIAS - A QUE PARECE MAIS APOSTADA EM LEVAR POR DIANTE O FAMIGERADO PLANO - É O MUNICÍPIO DE ODIVELAS - SÓ PORQUE OS TITULARES DAS HABITAÇÕES, FORAM OS CONJUGUES - OS FILHOS VÃO PERDER TUDO E PASSARAM PELOS MESMOS SOFRIMENTOS
Câmara Municipal de Odivelas~
MAIS DE MEIO MILHAR DE MORTOS E DESAPARECIDOS, INÚMERAS CASAS DESTRUÍDAS, VIDAS DESTROÇADAS, POR ENTRE A LAMA E A DESOLAÇÃO! - O REGIME FASCISTA FOI INCAPAZ DE ESTAR À ALTURA DAS HORAS E DOS DIAS DRAMÁTICOS QUE SE SEGUIRAM - HOJE AINDA HÁ QUEM ESTEJA APOSTADO EM IGNORAR O DRAMA DOS QUE VIVERAM MOMENTOS ANGUSTIANTES E TRAZER À TONA OS TRAUMAS DA VASTA TRAGÉDIA.
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A Câmara Municipal de Odivelas ( e qualquer outra que proceda da mesma maneira) não têm legitimidade, nem autoridade moral para desalojar famílias de casas que integralmente não construiram- Em extorquir o legitimo direito de habitação a qualquer das pessoas que se viu confrontada com a perda do seu lar e sofreu o flagelo da tão horrível tragédia: o alojamento teve em consideração a especificidade de cada agregado familiar - As habitações foram entregues às famílias: pertencem, tanto aos pais, como aos filhos. Temos conhecimento de filhos, hoje homens adultos, que correm o risco de perder a casa que os alojou. - Na altura, eram ainda crianças e, tal como os pais, passaram por momentos da maior aflição! - Não lhes bastou já esse terrível sofrimento?! - Quer - o município de Odivelas - ainda maior injustiça, mais violência e traumas sobre as suas vidas?! - Será que os Tribunais irão ficar insensíveis a tamanha arbitrariedade?!..Por nossa parte - não deixaremos de fazer a denúncia.
HOMENAGEM HIPÓCRITA: EVOCAR OS MORTOS QUANDO NEM SEQUER SE RESPEITAM AS VIDAS DOS QUE SOBREVIVERAM!
Gesto hipócrita da Câmara Municipal de Odivelas: homenageou os mortos, com lápidas (quando se comemoraram os 40 anos sobre as trágicas cheias de 1967) Homenagem de Odivelas às Vítimas das Cheias de 1967 photo - Dias mas agora (dois anos depois)faz vista grossa aos sobreviventes que perderam familiares, a sua casa e todos os seus haveres. Correm processos sumários no Tribunal para desalojar pessoas que foram alojadas em casas, construídas em terrenos oferecidos, pelo Prof. Doutor Augusto Abreu Lopes ,com a intervenção do Fundo de Fomento de Habitação e com substanciais donativos dos movimentos de solidariedade para com os flagelados -
A câmara, na época, quase não gastou um avo: prestou, de facto, a sua colaboração, em apoio técnico, mas, sem os generosos contributos da Fundação Gulbenkian e de outras instituições e apoios particulares - do movimento de solidariedade que se gerou por todo o país e ultrapassou fronteiras - dificilmente (o Estado e a Câmara) teriam alojado as centenas de famílias que perderam os seus lares. O atoleiro, em armas e em homens, na guerra colonial, ainda era a grande prioridade do governo fascista.
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É PRECISO AVIVAR A MEMÓRIA DE QUEM NÃO VIVEU A TRAGÉDIA OU TEM A MEMÓRIA CURTA
O FUNDO DE FOMENTO DE HABITAÇÃO FEZ O LEVANTAMENTO DAS FAMÍLIAS FLAGELADAS E PROCEDEU AO SEU ALOJAMENTO DE ACORDO COM O NÚMERO DE FILHOS E OUTRAS PRIORIDADES - DEFINIU AS RENDAS E GERIU - COM A PROMESSA DE QUE, AO FIM DE 25 ANOS, AS CASAS LHES PERTENCERIAM - MAS TUDO ISSO JÁ FOI POR ÁGUA ABAIXO, QUANDO A GESTÃO DOS BAIRROS ECONÓMICOS PASSOU PARA ALÇADA DAS AUTARQUIAS.
As famílias foram alojadas, porém, o governo Salazarista, a quem coube a gestão dos edifícios (que até do número das vitimas, fez tábua rasa), não foi tão generoso quanto isso: impôs aos titulares de cada habitação, uma renda – Dir-se-á que não era significativa, vista aos olhos de hoje, porém, para quem perdera tudo, mesmo considerada económica, constituía (na época) um pesado sacrifício.
Houve quem não pudesse suportar a exigência e não lhes restasse outro remédio senão ir procurar uma barraquita. Quem aceitou, fê-lo pelo menos com a convicção – tal como então lhe era prometido – de que, ao cabo de 25 anos, a casa pertenceria aos conjugues e aos seus filhos. No entanto, nada disso, aconteceu: mais tarde a gestão passa para a responsabilidade do município local : este (nuns casos vende), noutros, aproveita-se da situação (esquece antigas clausulas) e continua a impor o arrendamento. O pior é que já nem com as rendas se conforma: quer desalojar os filhos dos conjugues, que, tal como os seus país, sofreram o peso da mesma tragédia e cujo alojamento também os contemplava. Há situações em que os pais ainda não morreram mas, como estão nos lares, a Câmara Municipal de Odivelas, quer desalojar os filhos: que ali cresceram e sempre ali viveram e, nalguns casos, até ali constituíram família.
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ENTERRAM-SE OS MORTOS, SOCORREM-SE OS SINISTRADOS - ERA A GRANDE TAREFA QUE SE EXIGIA DAS AUTORIDADES E DOS MOVIMENTOS DE AUXILIO E DE SOLIDARIEDADE EM TORNO DA ENORME TRAGÉDIA
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FOI COMO PROCEDEU O MARQUÊS DE POMBAL, COM O TERRAMOTO DE 1775. E É ASSIM QUE SE ESTÁ A PROCEDER NO HAITI - E ESPEREMOS QUE, PESE O FACTO DE JÁ TEREM DECORRIDO MUITOS ANOS, O ACTUAL EXECUTIVO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ODIVELAS, NUNCA SE ESQUEÇA DESSA TRAGÉDIA QUE MARCOU MUITAS FAMÍLIAS PARA O RESTO DAS SUAS VIDAS - ESTAREMOS ATENTOS
JÁ LÁ VÃO 42 ANOS MAS AS SEQUELAS DOS VIVOS AINDA SE MANTÊM. - PARA OS DESALOJAR - SERVE-SE DE UM REGIME DE ARRENDAMENTO INJUSTO, MUITO CONTESTADO E ATÉ CONSIDERADO, POR ALGUNS ESPECIALISTAS, INCONSTITUCIONAL – NOMEADAMENTE, SABENDO QUE, TANTO OS CONJUGUES (INQUILINOS) COM OS FILHOS SOFRERAM O PESADELO DA MESMA TRAGÉDIA.
Tudo aconteceu noite de 25 para 26 de Novembro de 1967. Segundo referem os relatos da época” em pouco mais de 12 horas a região de Lisboa era atingida por fortes chuvas, que viriam a originar uma das maiores calamidades que se abateram sobre esta área. A subida das águas foi de tal maneira forte e rápida, perante a praia-mar, que ribeiras e esgotos ficaram sem qualquer capacidade para as escoar”
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Odivelas foi das mais tingidas e onde se registou o maior número de vítimas .Em escassas horas, as chuvadas que então se abateram, mataram “mais de 300 odivelenses”, fora o que a censura Salazarista, não permitiu que se divulgasse, afectando, “ fundamentalmente o Vale da Ribeira de Odivelas (Urmeira, Silvado, Pombais) e as áreas baixas da Póvoa de Santo Adrião e da Quinta da Várzea”
OS JORNAIS DA ÉPOCA - DEVIDO À CENSURA QUE LHES ERA IMPOSTA - , NÃO DISSERAM TODA A VERDADE - NÃO FORAM DUAS CENTENAS FORAM MAIS DE MEIO MILHAR, ENTRE MORTOS E DESAPARECIDOS.
Pois bem, como se não bastasse o trauma herdado dessa trágica memória, por muitas das famílias, que ficaram sem as suas casas, perderam vidas e haveres, não é que, o actual executivo camarário, quer mesmo avançar com alguns despejos (aliás, com processo sumários a correr em Tribunal) de acções que estavam pendentes nas suas secretarias, mas que, até hoje, nenhum Presidente de Câmara tivera a ousadia ou a crueldade de executar! - E, pois, o que esperam, por sinal, pessoas com magros recursos económicos e, ainda por cima, custeando a educação de filhos menores. Mais de que injustiça, é egoísmo e cega insensatez.
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"A situação na região de Lisboa tornou-se completamente caótica. As cheias destrutivas causaram a morte de 462 pessoas e desalojaram ou afectaram cerca de 1100, submergindo centenas de casas e infra-estruturas num rio de lamas e pedras. Todavia, permanecem muitas dúvidas sobre a dimensão deste evento, designadamente no que se refere ao número de vítimas mortais, pois que o regime político da altura nunca permitiu apurar as verdadeiras consequências desta catástrofe. Algumas estimativas apontam para prejuízos da ordem dos 3 milhões de dólares a preços da época."
"No dia seguinte as estruturas oficiais revelaram-se incapazes de ministrar o apoio necessário às vítimas, tendo-se, para tal, verificado mobilização da sociedade civil. Como recorda Mariano Gago "... com as cheias de 1967 e com a participação na movimentação dos estudantes de Lisboa no apoio às populações (morreram centenas de pessoas na área de Lisboa e isso era proibido dizer-se). Só as Associações de Estudantes e a Juventude Universitária Católica é que estavam no terreno a ajudar as pessoas a tirar a lama, a salvar-lhes os pertences, juntamente com alguns raros corpos de bombeiros e militares. Talvez isso, tenha sido um dos primeiros momentos de mobilização política da minha geração." Excerto de. w3.ualg.pt/.../GA35sup1967_
....ODIVELAS : URBE: O Vale da Morte...: fogo-historia.blogspot.com/
."No final da década de 60, a Câmara perde o controlo do solo e a regulamentação sobre loteamentos urbanos de 1965 coloca na mão do privado a iniciativa e a forma de crescimento urbano, passando os urbanizadores a conduzir o processo de loteamento e venda de lotes.".
"Na década de 70 acelera-se a ocupação descontínua dos solos, surgindo fora de aglomerados urbanos e das infra-estruturas, várias grandes urbanizações como a Arroja ou os Bons Dias, entre outras."
"Hoje alteradas as características de toda a região norte de Lisboa e do Concelho, onde grande parte do solo que outrora absorvia grande quantidade de água, está hoje impermeabilizado pelas construções e pavimentação de ruas nas inúmeras urbanizações do concelho. Muitos rios e ribeiras foram canalizados e são facilmente obstruídos" extraído do site CHEIAS - que acontecerá se voltarem a ocorrer? - 28/11/2007
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