sexta-feira, 12 de junho de 2009

CAP - AGRÁRIOS REIVINDICAM DO GOVERNO REGRESSO DA ÁRVORE DAS PATACAS A GRANEL DA ERA CAVAQUISTA E JÁ VIERAM À RUA GRITAR APOIO A LEITE DE VACA!












DIRIGENTES DA CAP ALUGARAM AUTOCARROS PARA UMA MANIFESTAÇÃO DOS SEUS ASSOCIADOS EM SANTARÉM - AINDA NÃO PERDERAM O VÍCIO OU A MAMA DOS GRANDES SUBSÍDIOS. QUEREM CONTINUAR A VIVER À SOMBRA DOS MILHÕES DE BRUXELAS. NÃO LHES INTERESSAM PARA NADA AS REGRAS! NÃO QUEREM QUE O GOVERNO REGULAMENTE A SUA ATRIBUIÇÃO .

POR ISSO, DESLOCARAM-SE ÀQUELA CIDADE - EM VÉSPERA DA FEIRA NACIONAL DE AGRICULTURA - PARA ELEGEREM O SEU INIMIGO COMUM:
"Temos um inimigo que se chama 'Equívoco', um inimigo que é presidente da 'comissão liquidatária', temos um inimigo que se chama José Sócrates, que é primeiro-ministro" - apontou um dos seus dirigentes

MAIS DE DOIS MIL - DIZEM AS NOTICIAS

Quando se fala em números de manifestantes, nunca é na ordem das centenas mas na ordem dos milhares: mil, dois mil, 100 mil, 200 mil e por aí adiante. É tudo em mil. Soa melhor.

Noticiam os media que “mais de 2.000 agricultores manifestaram-se esta sexta-feira ruidosamente em Santarém contra a política do Governo para o sector, numa contestação que prometem prosseguir até às eleições legislativas.
Envergando t-shirts com uma caricatura do ministro da Agricultura, Jaime Silva, exibindo um nariz de Pinóquio e a frase "

Tudo isto não constitui novidade alguma. Até o estafado slogan do nariz do Pinóquio. Quem começou com ele foram os jotas do PSD. Estes deviam exigir-lhes direitos de autor. Mas não fazem porque são todos da mesma família.

São os grandes agrários absentistas que deixam as terras ao abandono e querem continuar a engordar à custa dos subsídios. Alinda não encaixaram que os dinheiros dos contribuintes portugueses e europeus (têm que ser devidamente geridos) e que não podem ser levianamente desperdiçados.

Basta atravessar-se a fronteira para Espanha para se notar logo a diferença no estado em que se encontra a agricultura. Para se ver como os campos se apresentam: do lado lá são aproveitados; do lado de cá, estão praticamente ao abandono. E porquê? Porque os espanhóis souberam aproveitar os subsídios, fizeram investimentos. Por cá, compraram jipes e carros de topo de gama e esbanjaram as massas perdulariamente.

Lembram-se das cruzadas de Casqueiro?! A única forma de Cavaco o calar foi encher a barriga da confederação dos agrários da CAP, com os dinheiros vindos de Bruxelas. Aliás, o mesmo fez com outro tipo de clientelas que reclamavam subsídios para tudo e para nada.

Das altas instâncias da CE, vinham milhões a rodos mas não vinha fiscalização e não havia grandes exigências. Como consequência? Era um fartar de vilanagem! Pediam-se milhões para plantar pomares ou vinhas (etc.)mas - mais das vezes - tudo isso não passava do papel. E, quando se fazia alguma coisa, um ou dois anos depois, já estava tudo abandonado. Ainda há vestígios de milhares de perdulários exemplos por esse país fora.



Foi assim - devido ao esbanjar de apoios comunitários - que, Cavaco Silva ( que então tinha também na mão o controlo absoluto da única televisão e da única rádio e mais o apoio da igreja), ganhou duas eleições legislativas com maioria absoluta. É verdade que também se abriram auto-estradas e se fizeram outras sobras importantes. E mal feito fora que não sobrasse algum para salvar as aparências. Ou seja: tal era a quantidade que dava para tudo - até para financiar campanhas e fundar o BANCO DO POVO LIVRE.

Como é sabido, grande parte da agricultura em Portugal (eu sou de um meio rural, conheço bem o problema), está envelhecida e ao abandono. Muitas aldeias já desapareceram e outras estão em vidas de desaparecer. A verdadeira geração amiga da terra (refiro-me aos pequenos agricultores)está praticamente arrumada. Vive das suas pensões ou já estão acamados nos lares. Outros, porém, mesmo na casa dos setenta e oitenta, são ainda os que não desarmam o seu amor pelas suas raízes e teimam em fazer alguma coisa. Não há quem queira trabalhar. Os novos não se sentem motivados para o trabalho rural. Por outro lado, os pequenos agricultores, não têm capacidade reivindicativa e têm sido praticamente esquecidos.

Quanto aos agrários das grandes herdades ou quintas - que são os homens fortes da CAP - pouco ou nada têm feito e, certamente, nada de concreto, irão fazer - senão insistir na pedinchasse habitual. Um vicio que o Cavaco (velho amigo) lhes incutiu nos seus cérebros e do qual dificilmente abdicarão. Habituaram-se a viver à custa da árvore das patacas de Bruxelas e, já se viu, que jamais alguém os demoverá a afastarem-se desse maná. Reivindicam subsídios para quando chove e para quando não chove. Alguns lá vão comprando uns grandes tractores - até porque atrás também vêm o pretexto para o gasóleo quase de borla. Além disso, dão jeito nas manifestações. É sensivelmente esta - em linhas gerais - a política da CAP - Mas será que os impostos dos contribuintes terão que continuar eternamente alimentar este parasitismo endémico e que ninguém tenha a coragem de dizer - Basta?!


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