sexta-feira, 6 de março de 2009

RTP- NÃO CUMPRE - É INDISENSÁVEL SERVIÇO PÚBLICO, ISENTO E PLURAL– E NÃO A SACRISTIA OU ALBERGUE DOS "RECOMENDADOS"...




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TRUQUES NA MONTAGEM DE CONTEÚDOS - E CENSURA EM ENTREVISTAS GRAVADAS
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"Censuraram-me a entrevista! " Não têm vergonha! Esta RTP continua na mesma! Não mudou nada desde o tempo em que a conheci" Era assim, de modo indignado, que, há relativamente pouco tempo, um velho amigo me desabafava o seu desapontamento. Lamentando-se ter sido entrevistado para um programa (gravado da RTP) e esta lhe ter censurado as principais declarações, onde ele tecia algumas duras críticas a critérios, não muito abonatórios, quanto ao passado do canal público. " Afirmando-me que, em sua opinião, alguns procedimentos, não só não mudaram como até se agravaram. Em vez de fazerem informação, fazem política" Não se pode tocar nas pessoas que os lá puseram!" - desabafava.
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Penso que o relevo dos acontecimentos e das notícias não obedecem a critérios de imparcialidade e objectividade. Fico geralmente com a ideia de que a ordem, a importância e distribuição dos conteúdos na grelha, não tem tanto a ver com os tradicionais conceitos que caracterizam um jornalismo sério, mas que são aplicados mais em consonância com os juízos das suas hierarquias e filtros ideológicos. No entanto, o que me deixa ainda mais inquieto, nem é tanto a forma como avaliam as notícias, os acontecimentos, os distribuem, mas a sua manipulação, os truques usados na montagem dos conteúdos.
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Santos Silva, ainda há dias, se queixava, numa entrevista dada à RTP, da sua voz ter sido usada numa peça, fora do contexto em que as suas palavras foram proferidas. Exigia um pedido de desculpas mas apenas teve um sorriso cínico, e quase de escárnio, por parte da entrevistadora, que é ao mesmo tempo directora-adjunta da Informação - O seu marido é político e comentador de futebóis - É. pois, esta promiscuidade e dualidade de critérios, que me causa séria apreensão.
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Transmitir declarações, seja de quem for, é uma coisa; porém, rematar palavras, com sons e aplausos (fora do contexto) que essas mesmas pessoas contestam, é manipulação: desrespeito para quem as proferiu e as aplaudiu; é negar-lhe o sentido e o impacto que tiveram no momento adequado.
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A RTP é useira e vezeira neste tipo de procedimentos - Entre muitos outros casos, que aqui poderia descrever, friso um inquérito feito através da Antena Aberta: em que se perguntava aos ouvintes e telespectadores (rádio e TV) o que pensavam sobre a governação socialista - Só que, à medida que o inquérito ia decorrendo, a RTP apenas passava imagens de manifestações - E então porque não as alternava com outras de aspectos positivos?!… Em que o governo não é contestado? - e até tem sido aplaudido?! Mas porquê e com que justificação? - Escusado será referir a importância que têm as imagens - Bem maior do que as próprias palavras. Claro que os experientes manipuladores, nos midia, sabem disso e, pelos vistos, não descuram as oportunidades, sempre que as podem aproveitar.


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