O CRIME E A CRISE , EM ANÁLISE DO AQUI E AGORA - ALGUÉM ALI DISSE - E PARECEU-ME A ÚNICA PALAVRA MAIS INTELIGENTE QUE ALI SE OUVIU: - "O SENTIMENTO DE INSEGURANÇA É MANIPULÁVEL"
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Uma das raras coisas aproveitáveis que, a RTP, oferece em termos debate, é o programa dos PRÓS E OS CONTRAS, apresentado por Fátima Campos Ferreira - Debruça-se sobre temas actuais, e conta, geralmente, além de uma vasta plateia na assistência, com um leque de convidados de diferentes correntes de opinião e até no plano ideológico. - E , ontem, ao ver uns bocados do novo espaço do AQUI E AGORA, da SIC, mais me convenci de que, aquele, é o melhor programa, em termos de debate público, no audio-visual nacional.
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Fátima Ferreira é, realmente, uma jornalista muito experiente, culta e muito séria. Nunca me apercebi que usasse aquela tribuna para, intencionalmente, agradar ou desagradar, seja a quem for. O objectivo do programa é debater questões ou temas, de interesse nacional, sob as mais diferentes perspectivas: nos seus aspectos negativos e positivos. Mas, essencialmente, prestar um esclarecimento público.
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Acho que o tem conseguido e, o seu exemplo, que me parece único, sem igual, é digno do maior aplauso, merece a minha admiração e creio que a simpatia do grande público em geral.
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Já o mesmo não creio que venha acontecer com uma pretensa réplica do AQUI & AGORA - Um novo programa de debate, na SIC, conduzido por Rodrigues Guedes de Carvalho, de formato mais reduzido: - em termos de tempo, de convidados e de assistência. Mas, pelo pouco que vi, já deu para perceber que é mais um produto encomendado pelo patrão da SIC, como arma de arremesso político.
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Pinto Balsemão, presidente da holding Impresa e da estação privada SIC., lidera um dos grupos mais poderosos no sector da comunicação social. Pelo que já depreendi, pode fazer o que quiser que não recebe lições de pluralismo de ninguém - E já considerou ser um "abuso", quando o chegaram a comparar o seu caso com o do "socialista" Pina Moura, na altura em que foi nomeado presidente da Media Capital.
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Fátima Ferreira é, realmente, uma jornalista muito experiente, culta e muito séria. Nunca me apercebi que usasse aquela tribuna para, intencionalmente, agradar ou desagradar, seja a quem for. O objectivo do programa é debater questões ou temas, de interesse nacional, sob as mais diferentes perspectivas: nos seus aspectos negativos e positivos. Mas, essencialmente, prestar um esclarecimento público.
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Acho que o tem conseguido e, o seu exemplo, que me parece único, sem igual, é digno do maior aplauso, merece a minha admiração e creio que a simpatia do grande público em geral.
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Já o mesmo não creio que venha acontecer com uma pretensa réplica do AQUI & AGORA - Um novo programa de debate, na SIC, conduzido por Rodrigues Guedes de Carvalho, de formato mais reduzido: - em termos de tempo, de convidados e de assistência. Mas, pelo pouco que vi, já deu para perceber que é mais um produto encomendado pelo patrão da SIC, como arma de arremesso político.
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Pinto Balsemão, presidente da holding Impresa e da estação privada SIC., lidera um dos grupos mais poderosos no sector da comunicação social. Pelo que já depreendi, pode fazer o que quiser que não recebe lições de pluralismo de ninguém - E já considerou ser um "abuso", quando o chegaram a comparar o seu caso com o do "socialista" Pina Moura, na altura em que foi nomeado presidente da Media Capital.
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De facto, o seu percurso nos midea tem sido notável, coroado por um enorme sucesso e, pelos vistos, não pára de crescer - Foi um dos fundadores do PPD/PSD, e, como Presidente deste partido, ocupou o cargo de Primeiro-Ministro do VIII Governo Constitucional (1981- 1983) - Enquanto Chefe do Governo a sua permanência foi meteórica e muito contestada. Mas, diz quem o conhece, que, na esfera da política, foi dos que "sempre manteve boas ligações em todos os partidos, pois sabe dar valor aos adversários políticos e tirar da relação com eles o máximo proveito" - " É, de facto, um artista que sabe que uma frase a mais pode ser a morte do dito." - acrescenta o comentário.
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Concluiu-se, portanto, que é do género de pessoas que sabe levar a água ao seu moinho. E, como é sabido, junto à mó de uma azenha, quem manda é o seu moleiro. No fundo, é o que se estará a passar, actualmente, na sua qualidade de grande patrão da SIC - Quem não estiver de acordo com a suas exigências, dizem, vai para o olho da rua. Pois já houve despedimentos muito contestados. Palavra de chefe tem que ser respeitada - diz o velho ditado. Segundo o que depreendi de notícias, vindas a lume, nem a ERC, consegue impor as suas deliberações e é acatada. - Aliás, bem vistas as coisas, nenhuma televisão segue as suas recomendações. Esse é realmente o grande perigo que corre a comunicação social em Portugal; o excesso de concentração dos midia nas mãos de três ou quatro grandes empresas, com semelhantes afinidades políticas, onde a informação é conduzida segundo critérios mercantis que deixam muito a desejar.
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No entanto, pese esse handicap, poder-se-á dizer que os telejornais da SIC(nem todos, é claro) são escapatórios - e alguns, até, de excelente qualidade.O mesmo já não direi dos chamados grandes espaços de debate. Na Quadratura do Círculo participam três convidados - São sempre os mesmos; dois representam os partidos da direita e um o Partido Socialista. Os restantes partidos ( que eu saiba) foram simplesmente ignorados. O EIXO DO MAL, é execrável! É um desperdício do tempo! Exceptuando, a Clara Ferreira Alves e José Júdice, ninguém ali, praticamente, diz uma pr'a caixa. Na perspectiva do seu moderador, Nuno Artur Silva, é “debater, bater e, certamente, abater” - Sim, mas abater o quê?! – No ceguinho?!.. Pretenciosismo e vaidade não faltam! Mas se a credibilidade é mais do que duvidosa?!...Até porque, mais das vezes, parece que todos falam ao mesmo tempo e ninguém se entende! Vê-se que é demasiada bandalheira para ser tomado a sério. E, uma vez que todos manifestam o mesmo propósito, poder-se-á dizer que é dos tais espaços onde o pluralismo é mandado ´pr'ás urtigas. Por esse facto, talvez só o veja quem aprecie a mesquinhez ( o mal dizer por mal dizer) e não tenha mais emque ocupar o seu tempo.
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A SIC tem ainda o Expresso da Meia Noite - É uma espécie de magazine, com intervenientes de outro calibre - Pena que os seus comentadores, por mais esforço que façam, e com mais o empurrão que o "indefectível" Luis Delgado não se cansa de dar, quando vê que pode ficar isolado, acabem geralmente por se inclinar para o mesmo lado. Mas ainda assim tem o seu interesse.Há ainda bons momentos televisivos.
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Quando ao novo programa - Vi apenas ontem uns minutos. Não gostei. E dificilmente o voltarei a vê-lo. Tinha por tema: "o crime e a crise, em análise do Aqui & Agora."
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O primeiro convidado a pronunciar-se foi o juiz Desembargador Rui Rangel - A primeira coisa que disse foi atribuir todas as culpas do crime ao governo. Tem postura e cargo de juiz mas - e sem que, com isto, pretenda ofendê-lo - as suas opiniões não me merecem especial credibilidade. Desde há muito que me apercebi que dificilmente deixam de ser afectadas pelo "bicho envenenado " da política - Não é que um juiz não possa expressá-las - mas , querendo respeitar a separação de poderes, exige-lhes mais recato. Tanto no que escreve nas colunas dos jornais (Correio da manhã) como nas suas intervenções públicas, a tentação parece-me que lhe é irresistível. Não o conheço. Pelo que não posso formar juízos de quem apenas vejo pela televisão. Mas é um facto que o ecrã também é implacável. E, no meu ponto de vista, fazem transparecer aspectos de uma personalidade, que me parece vaidosa e arrogante. Transmite- me a impressão de que é mais um dos magistrados que não pára de destilar o seu ódio aos socialistas e ao governo - Sim, um deles, porque acredito que a grande maioria dos juízes tem mais em que pensar e em se ocupar. É dos que, de volta e meia, é solicitado para as Tvs - Só que o alvo das suas intervenções, parece-me sempre o mesmo: os ataques constantes ao poder político - E ainda querem estes senhores arvorar-se em independentes e merecerem o respeito dos cidadãos! Creio que não será com posturas destas que a justiça algum dia reforçará o seu prestígio e se credibilize. Depois de esgrimir uns quantos argumentos a que não prestei grande atenção, acabou por aconselhar os telespectadores a saber escolher o seu voto nas eleições - Veja-se até onde chega a desfaçatez de um magistrado: a tentar querer influenciar um dever cívico. Antes de tudo, aprenda mas é dar-nos um exemplo de imparcialidade, de não interferência e de respeito para com os diferente poderes que são o esteio fundamental de um regime democrático.
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Ouvi depois mais dois polícias das associações - que vieram com a mesma desculpa de sempre: queremos mais meios e efectivos! Falou ainda o advogado António Barreiros - É uma figura muito respeitada entre os seus pares e que costuma sair-se bem nos casos mediáticos que patrocina. Diz-se que é próxima do PSD - Não sei nem me importa - Parece-me sensato. É sempre uma opinião a considerar. Apreciei a sua intervenção. Porém, a expressão que, no meu ponto de vista, arrumou todas as dúvidas sobre o tema em questão, foi a de Paulo Sargento, ao afirmar que “o sentimento de insegurança é manipulável” Estava tudo dito: estoirou com o assunto!
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Diz o apresentador que o governo sai dali chamuscado e que ninguém aceitou o convite para ali o representar - Mas para quê? - Perder tempo inútil?! Ou será que o público é assim tanto estúpido que não se perceberá onde todo este tipo de informação dirigida o quer levar?!
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Àquela mesma hora, estava a decorrer uma entrevista de Judite de Sousa, na RTP, com um alto dignitário da Igreja - A conversa não me interessou. Costuma ser solta e acutilante com alguns dos seus entrevistados. E mais branda com outros. Tenho verificado que não consegue distanciar-se das suas afinidades políticas. E é uma pena, porque é inteligente e domina as questões que coloca. Acredito que o Aqui & Agora não lhe vá roubar audiência. Pelo contrário: admito mesmo que, quem esteja confinado aos quatro canais, deixe àquela hora a SIC para acompanhar A GRANDE ENTREVISTA.
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No entanto, pese esse handicap, poder-se-á dizer que os telejornais da SIC(nem todos, é claro) são escapatórios - e alguns, até, de excelente qualidade.O mesmo já não direi dos chamados grandes espaços de debate. Na Quadratura do Círculo participam três convidados - São sempre os mesmos; dois representam os partidos da direita e um o Partido Socialista. Os restantes partidos ( que eu saiba) foram simplesmente ignorados. O EIXO DO MAL, é execrável! É um desperdício do tempo! Exceptuando, a Clara Ferreira Alves e José Júdice, ninguém ali, praticamente, diz uma pr'a caixa. Na perspectiva do seu moderador, Nuno Artur Silva, é “debater, bater e, certamente, abater” - Sim, mas abater o quê?! – No ceguinho?!.. Pretenciosismo e vaidade não faltam! Mas se a credibilidade é mais do que duvidosa?!...Até porque, mais das vezes, parece que todos falam ao mesmo tempo e ninguém se entende! Vê-se que é demasiada bandalheira para ser tomado a sério. E, uma vez que todos manifestam o mesmo propósito, poder-se-á dizer que é dos tais espaços onde o pluralismo é mandado ´pr'ás urtigas. Por esse facto, talvez só o veja quem aprecie a mesquinhez ( o mal dizer por mal dizer) e não tenha mais emque ocupar o seu tempo.
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A SIC tem ainda o Expresso da Meia Noite - É uma espécie de magazine, com intervenientes de outro calibre - Pena que os seus comentadores, por mais esforço que façam, e com mais o empurrão que o "indefectível" Luis Delgado não se cansa de dar, quando vê que pode ficar isolado, acabem geralmente por se inclinar para o mesmo lado. Mas ainda assim tem o seu interesse.Há ainda bons momentos televisivos.
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Quando ao novo programa - Vi apenas ontem uns minutos. Não gostei. E dificilmente o voltarei a vê-lo. Tinha por tema: "o crime e a crise, em análise do Aqui & Agora."
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O primeiro convidado a pronunciar-se foi o juiz Desembargador Rui Rangel - A primeira coisa que disse foi atribuir todas as culpas do crime ao governo. Tem postura e cargo de juiz mas - e sem que, com isto, pretenda ofendê-lo - as suas opiniões não me merecem especial credibilidade. Desde há muito que me apercebi que dificilmente deixam de ser afectadas pelo "bicho envenenado " da política - Não é que um juiz não possa expressá-las - mas , querendo respeitar a separação de poderes, exige-lhes mais recato. Tanto no que escreve nas colunas dos jornais (Correio da manhã) como nas suas intervenções públicas, a tentação parece-me que lhe é irresistível. Não o conheço. Pelo que não posso formar juízos de quem apenas vejo pela televisão. Mas é um facto que o ecrã também é implacável. E, no meu ponto de vista, fazem transparecer aspectos de uma personalidade, que me parece vaidosa e arrogante. Transmite- me a impressão de que é mais um dos magistrados que não pára de destilar o seu ódio aos socialistas e ao governo - Sim, um deles, porque acredito que a grande maioria dos juízes tem mais em que pensar e em se ocupar. É dos que, de volta e meia, é solicitado para as Tvs - Só que o alvo das suas intervenções, parece-me sempre o mesmo: os ataques constantes ao poder político - E ainda querem estes senhores arvorar-se em independentes e merecerem o respeito dos cidadãos! Creio que não será com posturas destas que a justiça algum dia reforçará o seu prestígio e se credibilize. Depois de esgrimir uns quantos argumentos a que não prestei grande atenção, acabou por aconselhar os telespectadores a saber escolher o seu voto nas eleições - Veja-se até onde chega a desfaçatez de um magistrado: a tentar querer influenciar um dever cívico. Antes de tudo, aprenda mas é dar-nos um exemplo de imparcialidade, de não interferência e de respeito para com os diferente poderes que são o esteio fundamental de um regime democrático.
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Ouvi depois mais dois polícias das associações - que vieram com a mesma desculpa de sempre: queremos mais meios e efectivos! Falou ainda o advogado António Barreiros - É uma figura muito respeitada entre os seus pares e que costuma sair-se bem nos casos mediáticos que patrocina. Diz-se que é próxima do PSD - Não sei nem me importa - Parece-me sensato. É sempre uma opinião a considerar. Apreciei a sua intervenção. Porém, a expressão que, no meu ponto de vista, arrumou todas as dúvidas sobre o tema em questão, foi a de Paulo Sargento, ao afirmar que “o sentimento de insegurança é manipulável” Estava tudo dito: estoirou com o assunto!
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Diz o apresentador que o governo sai dali chamuscado e que ninguém aceitou o convite para ali o representar - Mas para quê? - Perder tempo inútil?! Ou será que o público é assim tanto estúpido que não se perceberá onde todo este tipo de informação dirigida o quer levar?!
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Àquela mesma hora, estava a decorrer uma entrevista de Judite de Sousa, na RTP, com um alto dignitário da Igreja - A conversa não me interessou. Costuma ser solta e acutilante com alguns dos seus entrevistados. E mais branda com outros. Tenho verificado que não consegue distanciar-se das suas afinidades políticas. E é uma pena, porque é inteligente e domina as questões que coloca. Acredito que o Aqui & Agora não lhe vá roubar audiência. Pelo contrário: admito mesmo que, quem esteja confinado aos quatro canais, deixe àquela hora a SIC para acompanhar A GRANDE ENTREVISTA.
Gostei, companheiro.
ResponderExcluirG.