quinta-feira, 5 de março de 2009

RTP – A HERANÇA DE MORAIS SARMENTO E A CUMPLICIDADE DA ÁGUA BENTA





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TODOS MUITO CATÓLICOS E APOSTÓLICOS...

Veja-se como Cavaco Silva, se contradiz nas suas opiniões . Aquando da cerimónia do novo Centro de Produções da RTP, que teve lugar por altura das comemorações do 50º aniversário, o Presidente da República, não se esqueceu de lembrar ao canal público, do seu dever de ter "especiais exigências de rigor e de imparcialidade" - Afinal, em quem acreditar: nos critérios defendidos por Morais Sarmento, ou do seu mestre e guia político?..
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Por outro lado, se o Presidente da República, entende que é preciso que a RTP seja cumpridora destes critérios, é porque admite falhas !- E então se as admite, porque razão vetou a nova lei para a comunicação social?!... - Claro que, nem a Cavaco, nem aos partidos da direita interessa que haja maior rigor ou qualquer tipo de limitações à concentração - Está tudo em família! - Acreditem! Este senhor, na sua nova faceta, ainda agora começou a mostrar um pouco do seu insuspeitável génio!
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Se a presença da esquerda, na RTP, já era claramente reduzida, devido à herança Cavaquista, então a situação ficou ainda muito pior quando a RTP e RDP, formaram uma única empresa e se juntaram num único edifício – Cumulativamente às novas instalações, processou-se então uma descarada purga através de uma selecção muito discutível, operada por uma empresa de confiança política do então governo.

Morais Sarmento (então Ministro da Presidência de Durão Barroso e Santana,) defendeu que “deve ser o Governo a definir o modelo de programação da RTP, porque é o Executivo que responde pelas decisões praticadas na televisão pública” Frisando que “não são os jornalistas nem as administrações que vão responder perante os eleitores" pela informação ou pela programação da estação pública, sublinhou o ministro.
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Sarmento considerava necessário – "haver limites à independência" dos operadores públicos sob pena de ser adoptado "um modelo perverso" que exige responsabilidades a quem não toma as decisões. « Não tenho direito a mandar, mas tenho direito a ter opinião", Palavras avisadas de Morais Sarmento, para quem "a RTP ainda tem um longo percurso [a percorrer] a nível dos conteúdos" que transmite « Ele que assim falava é porque lá teria as suas razões: pois, pelo que depreendo, para Sarmento, jornalista descomprometido, é um perigo! – Só que, talvez, devido a esse seu ponto de vista obsessivo, – quem trabalha nas redacções têm que seguir as orientações que vêm de cima. E, esses, os que lhe obedeceram, ainda são os mesmos que tiveram a sorte de serem escolhidos pelos critérios de Sarmento -
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A Igreja desfez-se da TVI - envolvendo capitais colombianos de origem duvidosa - , no entanto, veja-se! Alguém julga que ficou de mãos abanar!!.. Além da sua poderosa cadeia de rádios do Grupo renascença, pois não é que, a RTP, nos tempos dos Sarmentos, Santanas, Paulinhos das Feiras e outros beatos ( de fazer de conta), lhe concedeu o privilegio de ter um espaço semanal para televisão e rádio! - E lá convidam, no seu DIGA LÁ EXCELÊNCIA! quem bem entendem e segundo o calendário que lhes apetece - É, pois, além de um acto discriminatório para com outros cultos, mais uma inconcebível interferência de um credo religioso(ainda por cima intolerante e racionário) numa estação televisiva de serviço público - Que já, por si, é dominante, na concentração dos midia no nosso país- Há que ter a coragem de denunciar esta santa promiscuidade católica e a chamar pelos seus próprios nomes
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