Este senhor, politicamente já não existe. É um peso bruto e morto. De credibilidade duvidosa. Não esclareceu nada com a sua tão anunciada comunicação! Lançou mais dúvidas do que certezas. Mais perturbação de que a vontade, o desejo anímico de se resolverem os grandes problemas nacionais! - Conflitua com o Governo - já não velada mas abertamente! - porque é autoritário, vingativo e rancoroso e parece que não soube digerir a derrota do seu partido: - é mais um cego que não quer ver! Viu-se nas palavras e no tom obstinado e trombudo, no mau perder - Alguém, nas linhas da insólita e artificial querela, lhe ouviu, vez alguma, felicitar e encorajar a pessoa à qual terá que apertar a mão quando a indigitar - para governar Portugal?!..
Tenta confundir a opinião pública, com a treta dos alhos com bugalhos. Fala de vulnerabilidades do seu sistema informático, quando o próprio jornal Público (em reunião interna) já admitiu que o e-mail (em que se denunciavam os contornos da trapaça) saiu da sua redacção. Não a denunciou, antes, ainda mais a alimentou. Ou não lê o que se publica ou quer lançar poeira e fazer dos outros parvos. Mas quem assim fala, é capaz de tudo... E o Director do Público, José Fernandes (seu correlegionário de partido e em trapaças)não lhe fica atrás.
Cavaco Silva não é um homem inteligente e já o revelou, em várias circunstâncias. Vem em defesa do indefensável: dos jogos da trafulhice e da mentira. Pois sabe que ninguém o pode agora destituir. Deixa o país ainda mais perplexo, arrasado e confuso. Perdeu autoridade e legitimidade: é um fantasma do que foi: - demita-se! Sr. Presidente! Poupe-nos a esta tragédia criada pela sua própria Casa Civil!- através do assessor Fernando Lima. Ou, então, diga-nos imediatamente o que é que agora quer fazer?!... Que rumo nos indica?!... Que soluções ou alternativas nos aponta? para resolver o grave incidente institucional que causou a um governo que acaba de ser legitimado e reconduzido pelo voto popular?!...
QUANDO ABRE A BOCA: - SE NÃO ENTRA MOSCA SAI TABU!...
Cavaco Silva já foi primeiro-ministro mas a única coisa que agora me ocorre ao lembrar-me desses longos anos do seu mandato, é a de uma figura de um outro tempo: de um governante esbanjador dos fundos comunitários (concedidos sem rei nem roque) e de um homem autoritário, sempre com cara de pau, fomentador de inexplicáveis silêncios e de tabus tenebrosos, inimigo figadal da comunicação social, incapaz de governar sem uma maioria confortável e de gerar diálogos ou consensos. Mas muito solidário para com aqueles que o serviam e o rodeavam – Vê-se que ainda não mudou nem um milímetro. Mesmo que, mais tarde, venham a ser acusados de banqueiros corruptos, não duvida deles. É talvez a maior das suas facetas: a de ser solidário para com os servidores. Por mais severas acusações que lhes sejam imputadas. Cavaco é amigo do amigo. Mesmo que tropecem – ou que até tropece com eles – está na linha de frente com os seus. Com o genro Luís Montez que detém uma dezena de rádios – e, algumas, prevaricando a lei. Tem laços indestrutíveis com os amigos da banca onde lhe confiou as poupanças – mesmo que o tenham lixado.
É a figura antítese de Mário Soares – Nem sequer a sua sombra . Digamos que não é propriamente a emblemática figura das nobres causas mas das desmedidas ambições – É apenas um pretexto para a sua imensa vaidade. Demasiado fingido e hipócrita para ser sincero e verdadeiro. O lamentável episódio, a que assistimos, demonstra-o, sem margem para dúvidas. A sua leviandade é de consequências devastadoras para os portugueses, de que se diz ser seu Presidente. Só uma paciência, infinita, inesgotável, pode aceitar governar com tão estranha e patética personalidade.
Ao vê-lo, através da TV, naquela sua postura (magra, rígida e agigantada, expressão empedernida, ceráfica e com esgares não se sabe de que estranha insegurança e incomodidade), ladeado pela bandeira nacional, à frente da porta do seu gabinete e de austeros reposteiros, logo me pareceu que a estática imagem que eu via, não era propriamente a do mensageiro da esperança, o garante da autoridade, da promessa e da tranquilidade, mas, pelo contrário, o coveiro de tudo isso! – A imagem, em carne e osso, da intriga, da desconfiança e da conflitualidade, entre órgãos máximos do poder constituído!
Rapidamente me aperceberia que não trazia consigo uma mensagem de ânimo aos desafios difíceis que se colocam aos portugueses, em tempos de crise, mas, no semblante carregado e num certo olhar ausente, algo que logo se me afigurou a um cutelo e a uma pá: não para ajudar a construir e edificar! Mas para desbaratar e enterrar, em duas penadas: as duas semanas de exaustivas campanhas em que, o povo e os partidos, se envolveram, se empenharam e reviram – e onde se despenderam avultadas verbas ao erário público. Esse senhor não tem pudor, nem piedade nem tem vergonha – e nem sequer nutre o dever de Sentido de Estado. Deve imediatamente demitir-se e deixar governar quem acabou de ser sufragado! - Ou então demita-se e volte-se a candidatar. De certeza que não seria eleito. Num só golpe e numa só pazada, pôs em causa tantos esforços; deitou por terra tanto trabalho e expectativas! – Alguém lhe ouviu alguma palavra de incentivo e de ânimo? – Senão o brandir o machado de guerra, da desconfiança e da instabilidade!
Ouvi-lo valer-se de tão frágeis argumentos para deferir tão graves acusações, não foi propriamente revolta que senti, mas um misto de tristeza, de repulsa, angústia e de pena. Porque, a partir de um certo momento, a imagem que se me apresentava no ecrã da televisão, não era de alguém vivo, mas de um nado-morto, em feto agigantado! - Comparável só às antigas múmias egípcias ou à monumental esfinge de Gizé. Ou, então, de alguém, transviado, enlouquecido! – Decididamente, o que vi, não foi a postura e o comportamento de um Presidente da República Portuguesa. Pois é inimaginável que, o mais alto magistrado da Nação – que deve estar acima de toda a suspeita e de todas as querelas - pudesse descer a tão baixo nível: ser ele próprio o mentor ou o incentivador de um tão insólito como negro folhetim!
Mas a verdade é que – seja qual for a fuga da imaginação a que a sua imagem nos possa conduzir - ele existe, é uma figura real e que reside num palácio presidencial - E, sendo essa a cruel realidade, o que é que se há-de fazer?! – Pobre deste país, que, em período tão difícil da sua existência, de milhares de portugueses que não têm emprego (pão para dar aos filhos) e que gostariam que a crise fosse ultrapassada para arranjar um posto de trabalho, súbita e estranhamente, dois dias depois de milhões de cidadãos terem sido chamados às urnas e, nesse mesmo acto, nesse participado plebiscito nacional, terem conferido ( reafirmado e legitimado) o seu voto de confiança num governo, pois bem, em vez de publicamente se associar a esse mesmo voto, pelo contrário, a sua primeira reacção é a de confronto e de destabilização.
Pobre do País! Pobres dos portugueses!que vêm-se assim confrontados com um Presidente da República, enredado em intrigas palacianas, mais apostado em salvar a pele (em desculpabilizar um assessor – que atabalhoadamente diz ter demitido mas, vê-se, que afinal lá continua em sua casa! – do que servir os superiores interesses da Nação.
...Cavaco Silva pede reforço do apoio às crianças na crise...Cavaco Silva reúne-se com empresários do Norte -..Assessor de Cavaco Silva encomendou caso de escutas -.
Que falta de senso no que é escrito nesta notícia. Cavaco Silva é um Homem íntegro, inteligente, sério, educado. Um Homem que foi Primeiro-Ministro de Portugal e o único que conseguiu 2 maiorias absolutas consecutivas. Informo daquilo que alguns desconhecem e falam porque não têm esse curriculum, e inveja de não o possuirem. Em 1995 foi distinguido, na Alemanha, por uma prestigiada Fundação que decidiu atribuir, entre 17 países, o prémio CARLBERTELSMAN, pelo sucesso das políticas de melhoria no mercado de trabalho e de luta contra o desemprego. A nossa economia cresceu a uma média anual de 4%. Além deste prémio, recebeu outros, nomeadamente no Luxemburgo e na Suiça pela sua acção como político e economista, além de vastas obras publicadas.
ResponderExcluirNaquela época Portugal era reconhecido como o bom aluno da UE, as metas eram atingidas. Como professor universitário posso dizer-lhe, com toda a segurança, é um excelente professor com grande capacidade, competência e altos conhecimentos em Economia. É um Homem com méritos reconhecidos, assim outros o tivessem.
Haja bom senso.
Obrigado pelo seu comentário. Reconheço que Cavaco Silva é, de facto, um homem com muitos méritos. Mas não tem mérito nem capacidade para ser Presidente da República . Acha que sim?...Respeito a sua opinião, mas eu tenho uma opinião diferente.
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