segunda-feira, 14 de setembro de 2009

SÓCRATES/FERREIRA LEITE – O DEBATE DE QUEM MOSTRA OBRA FEITA E O CARÁCTER XENÓFOBO, CONFUSO E ODIOSO DE QUEM ESCONDE O JOGO – POLITÓLOGOS DÃO EMPATE







Os debates (“os especiais”) que se seguiram na SIC - NOTÍCIAS e na TVI-24, com a trupe dos “comissários” que a direita tem nos seus órgãos de comunicação social, era algo absolutamente surreal e caricato. Mas estamos certos de que eles vão portar-se de maneira diferente na noite eleitoral! Serão os primeiros a atacar e a condenar Manuel Ferreira Leite; a tentar bani-la na noite das eleições e a indicar outra figura na área dos sociais democratas, que a substitua na liderança e com outras qualidades – que haverá, com certeza.

Ganhou as eleições para o Parlamento Europeu porque teve um candidato, como cabeça de lista, que logrou um bom desempenho. Valeu-se desse trunfo. Agora já não há porta-vozes ou "bengalas" que a salvem: mesmo que se furte aos comícios, terá que ser ela própria a vir para a rua e a responder aos jornalistas - Não tem talento nem tem perfil. Mesmo que lhe escrevam os discursos ou lhe dêem as dicas, terá de ser ela a falar e a dar imagem- Mas não tem imagem nem sabe falar. É a pior dos candidatos. O que lhe vale é que se apresenta à frente do maior partido da oposição.E onde há sempre os fiéis votantes. Se se apresentasse pelo CDS - arrumava de vez com este partido.

Dificilmente, o Povo Português, a elegerá para governar o país! – Não acreditamos que, a maioria do povo, a queira como Primeira-ministra. Portugal não pode parar! – E, então, em tempos de crise, seria uma catástrofe, ter à frente da governação, uma personagem, tão impreparada, confusa, insegura, odiosa e xenófoba!

Ficamos a saber que, além de odiar os emigrantes cabo-verdianos, ucranianos, entre outros, opositores no seu partido e os seus adversários políticos – nomeadamente, o líder do Partido Socialista (com o qual nega qualquer entendimento pós eleitoral - mas quer que os socialistas a tolerem, se ganhar), odeia também os espanhóis: - os “nuestros irmanos” vizinhos - Cujas relações económicas são importantíssimas. É inacreditável, como, um partido com a dimensão do PSD, tenha proposto para a sua liderança esta mulher. Não tem imagem, não tem ideias; não tem perfil – Nada que se lhe aproveite – Mesmo, o seu passado, é também um caso para esquecer.

HÁ QUEM NÃO QUEIRA RECONHECER QUE, MANUELA FERREIRA LEITE, NÃO TEM ESPÍRITO DEMOCRÁTICO, QUE O SEU TEMPO JÁ LÁ VAI E NÃO TEM NADA A DAR AO PAÍS - SENÃO RANCOR OU AZEDUME: AOS QUE SE LHE OPÕEM NA LIDERANÇA E AOS SEUS ADVERSÁRIOS POLÍTICOS. - NÃO ACREDITAMOS QUE O POVO A ELEJA

No entanto, alguém se lembrou de lhe chamar a “Dama de Ferro” (mas que maior heresia) , e vai daí de a endeusarem e forjarem uma espécie de Rei Baldrúquio das Arábias – o tal rei (vaidoso) que, ao desfilar em camisa, ninguém se atrevia a dizer que ia nu (da cinta para baixo) para não querer passar por estúpido: pois, o alfaiate, a quem encomendara o traje, incapaz de responder à vaidade do seu soberano, fizera constar que só as pessoas inteligentes é que lhe viam o vestuário. Mas, às tantas – diz a lenda - lá apareceu a vozita da inocência (uma criancinha) a dizer: “o rei vai nu!” Até que toda a gente reconheceu que o rei ia realmente nu! – É o que acabará por acontecer a Manuela Ferreira Leite, quando os “comissários políticos” da comunicação social, deixarem cair as suas máscaras e usarem a linguagem da sinceridade.

A FARSA DOS COMENTADORES AO DEBATE: NA SIC NOTÍCIAS E NA TVI-24

Se as eleições se decidissem através das opiniões e comentários do arsenal dos politólogos que a direita tem estrategicamente instalados nos órgãos de comunicação social, quem ganharia as eleições era Manuela Ferreira Leite. Mas a maior parte desses comissários políticos, estão já demasiado desacreditados para serem tomados a sério. Essa gente pensa que as suas opiniões fazem lei; que o que dizem são verdades absolutas ou certezas irrefutáveis, mas as pessoas não são parvas e compreendem que o seu papel não é para as esclarecerem mas para as tentarem manipular e influenciar.

Obviamente, que também haverá quem goste de ouvir tais "génios" – São os sectores mais conservadores. Pois é para esse público que eles se dirigem especialmente – claro, sempre na mira de induzirem ou confortarem outras franjas de eleitores. Funcionam como uma espécie de bíblia ou de catarse. E foi o que terá acontecido no final do debate de José Sócrates com Manuela Ferreira Leite. E, no dia seguinte, nos jornais.

MARCELO REBELO DE SOUSA - O CREDÍVEL ANALISTA OU O DESCARADO PANFLETÁRIO?

E então que dizer dos tendenciosos comentários de Marcelo Rebelo de Sousa?!... – que, uma vez mais (em período eleitoral) usa e abusa de um poderoso canal de televisão para (descaradamente) fazer propaganda partidária - Será que não lhe passa pela cabeça que a credibilidade de um analista, afere-se, não pelo engajamento político mas, sobretudo, pela sua capacidade de isenção e de independência! - E onde ou quando é que, Rebelo de Sousa, já deixou de participar na vida partidária?...Desde dirigente a apoiante! - O problema nem é tanto esse(porque há quem esteja também nessas condições (e militar ou simpatizar por um partido é uma opção perfeitamente legítima)mas é querer passar por independente, quando é manifestamente sectário e panfletário! É pretender dar lições de democracia e ser tomado a sério! - quando, declaradamente, faz o jogo interno ou externo da agenda do seu partido!

SE ESTAMOS EM DEMOCRACIA - POR QUE É QUE OS POLITÓLOGOS NÃO SE ASSUMEM IDEOLÓGICA OU POLITICAMENTE?.. - E INSISTEM NA ARTE DO TRAVESTIDO OU DO USO DA MÁSCARA!

Para quando o fim desta hipocrisia?! - Quando é que, na imprensa, nas rádios e nas televisões, os comentadores (e até os próprios órgãos) assumem claramente as suas tendências? - tal como acontecem noutros países! - Obviamente, porque, em Portugal, a direita controla toda a media mas quer fazer de conta que é plural e democrática!

Ver aqueles “críticos” a esforçarem-se por desculpabilizar ou mesmo por branquear o rotundo fracasso da prestação de Manuela Ferreira Leite, procurando convencer os telespectadores de que tinha estado ao nível de Sócrates, mais de que manifesta prova de ridículo, era tentar esconder o sol com a peneira - Até porque, o ecrã televisivo - para o bem ou para o mal -, não perdoa! Quem observe atentamente o que se passa no ecrã, não vai em malabarismos retóricos. Forma a sua própria opinião e os seus juízos de valor. E, pelos vistos, aqueles senhores, ou queriam fazer dos outros estúpidos, ou então, eram eles próprios que não tinham estado com atenção a ver o debate

Mas, no fundo, o que ali se pretendia, era manipular, distorcer, influenciar. Não me parece que seja este o caminho mais indicado para influenciar a opinião pública – O político pode fingir ou tentar iludir mas ao crítico ou ao analista cabe o papel de desmontar o seu discurso e de esclarecer – Mas, para isso, não pode colocar-se no mesmo lugar do político ou até de pretender substituí-lo; tem que usar a linguagem da verdade. E, ali, via-se, claramente, naqueles politólogos (até porque as suas posições são já bem conhecidas) que estávamos em presença de comentadores comprometidos, a desempenhar o papel de encomenda.

Já lá vão os tempos das conversas em família de Marcelo Caetano. Em que tudo o que se dizia era para ser tomado como um dogma. A democracia proporcionou-nos outra cultura. As pessoas estão mais esclarecidas e não são parvas. E foi o que ficou demonstrado quando a SIC deu voz a várias opiniões em directo. A esmagadora maioria dos telespectadores que ligaram, considerou que Sócrates, tinha sido mais convincente – A única coisa que nos surpreendeu, não foi a percentagem dos tais telefonemas( Sim ou Não), que no final foi expressa a favor de Manuela Ferreira Leite, (porque, essa sondagem, não é fiável – fiável são as vozes que se ouvem), mas o facto de ter sido permitido a que tantas pessoas tivessem tido a oportunidade de se manifestar a favor de Sócrates – Será que não havia ali mais alguém a fazer a triagem? – Atendendo, ao adiantado da hora, era provável que não houvesse - Pois, de outro modo, é suposto que tivessem sido filtrados.

EM CAMPANHAS ELEITORAIS NÃO HÁ VENCEDORES NEM VENCIDOS À PARTIDA - HÁ TANTA COISA QUE PODE OCORRER! - PORÉM, CONSTRUIR MITOS, COM PÉS DE BARRO, É O PIOR CONTRIBUTO QUE SE PODE DAR EM DEMOCRACIA

Mas, para já, a opinião mais avisada é a de que ainda é cedo: - "está tudo em aberto". É um facto. Há que aguardar pelo dia das eleições! Pois, é certo e sabido, que as campanhas são imprevisíveis e que nem sempre são eleitos os mais capazes ou competentes. E, está mais de que visto - que o perigo da asfixia democrática, não é da área da esquerda que ele pode vir, mas da parte de quem estão afectos os principais órgãos de comunicação social. E, como é sabido, quem os controla em peso é a direita! A sua força é poderosíssima e está bem artilhada. Além de que há que ter também em conta as eventuais fraudes no acto eleitoral - Que acontecem , tal como já tivemos oportunidade de referir noutro post – baseando-nos em declarações que nos foram transmitidas. Aliás, ainda há pouco tempo, um artigo, publicado na imprensa, alertava para esse risco. Mesmo assim, somos dos que acreditamos na maturidade dos portugueses e que o bom-senso irá prevalecer.

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