sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

TVI - "EL CARDEAL PINA IBERDROLA" DEIXA(?) LOS MILIONÁRIOS DEL GRUPO-PRISA?!...


ELES VIERAM PARA FAZER INFORMAÇÃO
DE QUALIDADE OU ENCHER OS BOLSOS?



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COM OS NUESTROS HERMANOS
RICALHAÇOS NA BATUTA, A MOURA E O MONIZ
NA INFORMAÇÃO - VOCÊ AINDA ACREDITA
QUE ESTA TROICA É SOCIALISTA
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MAS TAMBÉM NÃO PONHO AS MÃOS NO LUME
POR PINA MOURA, SE, AO RENUNCIAR A UM CARGO
O FAZ PARA ASSUMIR O PAPEL DE COMENTADOR
NA MESMA EMPRESA - JAMAIS O TOMARIA A SÉRIO
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Confesso que Pina Moura sempre me pareceu uma figura algo enigmática. Atribuem-lhe um currículo notável, tanto dentro como fora da política. E acerca do seu percurso muito se tem escrito. Não vou alimentar mais essa polémica. O que posso dizer é que é das tais pessoas que me deixa algo intrigado. E atrevo-me mesmo a dizer se não será também daqueles que usa a política, mais para “escada” das suas ambições pessoais do que a tribuna para defesa de um ideal.
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Abandonaou o conselho de administração da TVI . Mas já o devia ter feito há mais tempo ou então quis ser cúmplice com obscuros interesses. O que os espanhóis fizeram, foi uma jogada de mestres: -Alguma vez, os milionários da Prisa(a terceira maior fortuna de Espanha - e sobretudo após a morte do seu fundador) tem alguma afinidade com os socialistas portugueses?! O que eles quiseram foi aproveitarem-se de algumas facilidades do governo (ou de figuras influentes na sua área) e fazer o jogo que lhes convinha: o dos cifrões.
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A uma boa informação, não se exigi parcialidade ou favorecimento - Mas rigor, isenção e objectividade. E isso não tem acontecido: - desde que Cavaco entregou um canal à Igreja; desde que esta se desfez desse compromisso e o vendeu à Media Capital, com capitais colombianos que ficaram por investigar - Nada mudou! Fazem o que querem. Os critérios são impostos por eles - Estão lá todos de pedra e cal
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Se realmente foi por não querer estar ali a servir de "pau de cabeleira" a Manuela e Compª,(a um jornalismo de cordel e persecutório) acho muito bem que se distancie e que o seu nome não sirva para lhe dar cobertura! Mas se renunciou pelo simples facto de se querer dedicar, em exclusivo, à Iberdrola ou de ter em vista outros cargos, fico extremamente desapontado: pois devia ter ponderado a decisão na altura em que o convidaram. E, pior ainda, se o faz com o intuito de vir aceitar ( como já se fala) o lugar de comentador no novo canal da TVI 24. E comentador de quê ? De projectos eléctricos ou de política?... (uma questão que seguirei atento) É certo que há por aí várias figuras: ex-ministros que, mal largaram o poder, imediatamente se apressaram a ocupar altos cargos em administrações privadas. Tal como outros, que, estando à frente de uma Câmara Municipal ou, no AR, no lugar de deputados de um partido, vão às televisões - não no papel de políticos - mas pretendendo fazer-se passar por comentadores insuspeitos. Para quando o fim dessa promíscua dualidade?!
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Luís Rainha, no seu blogue CINCO DIAS. NET, coloca a seguinte questão - e com toda a lógica: “Agora que Pina Moura
anunciou a sua saída da Media Capital, talvez seja instrutivo recordar o ultraje público que rodeou a sua entrada no grupo que controla a TVI. Da esquerda («Com a ida de Pina Moura para a Media Capital é o governo que quer controlar a TVI ou são os espanhóis que querem controlar o governo?») - à direita [«A independência editorial deste grupo (de Pinto Balsemão), relativamente ao seu principal accionista e presidente, é razoável (...) Poderá uma TVI com um 'cardeal republicano, laico e socialista' dizer o mesmo?»], só mesmo os indefectíveis de Sócrates é que não previram o fim do mundo, a agonia da democracia e a ruína da liberdade de imprensa.”http://5dias.net/2009/02/13/pina-moura-the-menace/
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Sinceramente, todas estas peripécias, quer de Pina Moura, quer de outras personagens que fazem idêntico jogo, me perturba e me deixa seriamente apreensivo, em termos de ética e de comportamentos sociais.
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Face ao estilo, deliberadamente hostil dos telejornais ao governo de Sócrates (onde a popular Moura - ex-deputada do CDS - voltou em força e pronta abater) fácil é constatar que, uma vez mais, o socialistas foram os embarretados, traídos e os maiores bobos da corte. Tinham obrigação de já ter aprendido a lição: de que as cedências à direita, são por esta sempre bem aceites, mas dificilmente reconhecidas. - Foram simplesmente ultrapassados pelas jogadas do grande capital! - Fazem-lhes “alguns jeitos”, confiam nas suas “boas intenções” e depois acabam por levar o coice.
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As ditas “facilidades” do PS à implementação da Prisa (se é que houve) é mais um exemplo bem elucidativo. A nomeação de dois “socialistas ” na administração da Media Capital, conotados com os bastidores da alta finança e da política((agora em rotura) pelos vistos, não passaram de um logro - Longe de apoiarem um canal afecto ao PS (num contraponto ao dono da SIC e do seu império), tais nomeações, apenas terão servido para tapar o sol com uma peneira. Está mais do que provado de que, hoje em dia, o poder económico é quem mais ordena! Lembram-se de Belmiro de Azevedo ter obrigado os deputados a madrugar para ir a uma comissão?!.
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Lembram-se do chinfrim que o patrão da SIC e os partidos da direita fizeram quando Pais do Amaral vendeu a Média Capital aos espanhóis da Prisa? - Mesmo assim, depois de lançarem uma série de suspeições, sempre foram dizendo (pela voz de Azevedo Soares, vice-presidente do PSD), não acreditarem que, em Portugal, o referido grupo, conotado com os socialistas espanhóis, pudesse vir a desencadear “um escândalo entre um partido e um grupo de comunicação, à semelhança do que foi desencadeado em Espanha. As "culturas diferentes" impedem-no., afirmou na ocasião.
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E, de facto, não estavam errados: é que, contrariadamente ao que acontece em Espanha, em que a comunicação está distribuída pelos dois maiores partidos, em Portugal (em que o capital está de mãos dadas com a direita) é extremamente difícil à esquerda democrática, que, alguma vez, detenha um qualquer jornal ( de grande circulação) quanto mais um canal de televisivo - Mesmo com um governo socialista, e com maioria na AR, está mais do que visto que é um privilégio fora do seu alcance. De facto, o verdadeiro socialismo já há muito foi metido na gaveta; no entanto, só a palavra em si é algo que ainda causa uma enorme alergia ao patriarcado e aos partidos que abençoa.
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O tempo das ideologias, já lá vai . O capital, está em crise, mas ainda continua a ser a força mais poderosa à escala global - A independência do poder político, face ao poder económico, está seriamente abalada - Safam-se, obviamente, os partidos de direita - velhos aliados dos endinheirados - cuja afinidade e promiscuidade é perfeitamente natural - E vejam o desplante: “O pluralismo não fica necessariamente em causa em resultado da concentração, mas poucos o sabem.” - esclarece Viviane Rending a comissária dos Media, quando veio a Lisboa a convite de Balsemão. Está-se mesmo ver: ambos da mesma família política: porque não partilharem as mesmas teses ?.. Pois se têm os media na mão! E deles não arredam pé, façam-se lá os jogos que se fizerem!

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