quinta-feira, 21 de maio de 2009

AUTOEUROPA E A CRISE - HÁ QUEM PENSE NA DEFESA DO IMEDIATO MAS A INSITÊNCIA DA PARTE MAIS FRACA PODERÁ LEVAR TUDO A PERDER.- E NÃO PONDERE NISSO.


AUTOEUROPA E A CRISE PROFUNDA QUE AFECTA PATRÕES E TRABALHADORES - HAVERÁ POSSIBILIDADES DE CONVIVÊNCIA PACIFICA PARA SE CHEGAR A UM CONSENSO QUE SATISFAÇA AMBAS AS PARTES?

PODERÃO SENTAR-SE À MESMA MESA COM VISTA A ACAUTELAREM O FUTURO DA EMPRESA E DOS POSTOS DE TRABALHO? - ISSO JÁ ACONTECEU MAS OS HORIZONTES AGORA AFIGURAM-SE CADA VEZ MAIS ESTREITOS. E, PELOS VISTOS, AINDA HÁ QUEM PENSE APENAS NO INTERESSE IMEDIATO E APOSTE NO VELHO ARGUMENTO - NA RADICALIZAÇÃO - QUE CADA VEZ MAIS SE VAI TORNANDO NUMA SÉRIA AMEAÇA PARA QUEM DEPENDE DOS PATRÕES DO SECTOR PRIVADO E NÃO DISPÕE DAS GARANTIAS E DA ALMOFADA DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS.





Vi no telejornal um representante sindical a dizer - pleno de confiança - que a empresa não vai fechar as portas e têm muitas encomendas. E, se não chegar a um acordo com os trabalhadores, é porque não quer. Espero que não se engane. E que não se fique, depois, apenas com o direito à greve. Não é a primeira vez que se ouvem afirmações dessas e não tarda que uma outra realidade lhe bata à porta.


Sem com isto pretender pôr em causa os interesses legítimos dos trabalhadores da AutoEuropa, mas, pelo que me é possível depreender, a insistirem nas suas posições, parece-me que dificilmente lograrão acautelar os seus postos de trabalho, em termos futuros. E, o mais certo, é forçarem, ainda mais depressa, a empresa a deslocar-se para algum país do leste - onde a mão-de-obra é mais barata e poucos se atreverão a contestar as directrizes ou os solários impostos pelo patrão.Não estou a ver os patrões da era do vazio e da era global a terem que se chatear por muito tempo com estes problemas.

Claro que, é mais do que certo e sabido, que a filosofia do patronato é igual em qualquer parte do mundo: o seu intuito é explorar ao máximo o trabalhador e pagar-lhe o menos possível - Só que, infelizmente, a chamada globalização, encheu-os de um tal poder e liberdade, ao ponto de se darem ao luxo de mudarem as instalações da fábrica ou de capitais, como quem muda de gravata.

Por isso, não me parece que a luta pertença inteiramente aos trabalhadores - mas às políticas dos partidos que se têm colocado ao lados desses senhores! - É nesta frente que há que reunir os maiores esforços! - Não só a nível de cada país mas também a nível europeu e planetário. E as eleições que se aproximam podem constituir-se como uma boa oportunidade nessa luta. Há, pois, que a saber aproveitar e distinguir quem é, afinal, entre os partidos aqueles que defendem os interesses colectivos e os que pactuam com o grande inimigo comum: os tentáculos do capital - Mas há também que não ir na conversa gratuita dos chavões pseudo-revolucionários - Pois está mais do que visto, que, de conversa fiada, está o mundo farto. Até porque, a estes, também já o decurso da história, os condenou e reprovou!

2 comentários:

  1. cala-te vaso ainda bem que não aceitamos.
    quem te pediu a opinião
    vai trabalhar
    por causa desta e doutras é que somos um pais de misarabelistas.

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  2. Acordou muito tarde: certamente de algum longo pesadelo - Anda demasiado distraído! - Só agora é que reparou no post?

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