sexta-feira, 15 de maio de 2009

JUSTIÇA QUER LIMPAR A IMAGEM - OPINIÃO PÚBLICA DÁ-LHE NOTA BAIXA E SINDICATO DOS MAGISTRADOS ACORDA PROTOCOLO COM PROGRAMA DE RÁDIO DA MEDIA CAPITAL











O SENHOR PRESIDENTE DA REPÚBLICA E O SR.PRESIDENTE DO SINDICATO DOS MAGISTRADOS - PODEM DEITAR FOGUETES E PARTICIPAR NA MESMA FESTA - ESTÃO DE PARABÉNS! UMA VEZ QUE A BOMBA DAS ALTAS PRESSÕES JÁ FOI REBENTADA, AMBOS A CRIARAM E TAMBÉM A DESPOLETARAM JÁ FOI NOTÍCIA EM TODAS AS RÁDIOS, JORNAIS E TELEVISÕES - É PRECISO DIZER ISSO BEM ALTO PARA MOSTRAR QUE A JUSTIÇA FUNCIONA, NÃO ESTÁ EM QUEDA! - NO ENTANTO É PRESSIONÁVEL! NÃO É ASSIM?…

Cavaco Silva e João Palma, estão ambos de parabéns! - Conseguiram realmente um feito notável: demonstrar à opinião pública que, afinal, os magistrados também são pressionáveis!

SINDICATO DOS MAGISTRADOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO NUM PROGRAMA DIÁRIO DO RÁDIO CLUBE PORTUGUÊS

Talvez seja por este facto que as sondagens não são as mais abonatórias! - Surgem bastante abaixo dos médicos e de outras profissões! – Pergunto: será essa a razão pela qual o SMMP se sentiu na necessidade de assinar um protocolo com uma empresa privada da Comunicação Social (o Rádio Clube Português, do Grupo Prisa/TVI/ Média Capital - para ali levar de Segunda a Sexta, um magistrado? - Porque não escolheram uma estação pública ou não deixam esse papel aos advogados? Ou será que eles não conhecem as leis?! - Naturalmente que conhecem e não têm sido poucos a colaborar em rubricas dessa natureza. Mas, Palma, pelos vistos, optaria por um dos órgãos da empresa que mais o apoiou na sua candidatura à presidência do SMMP - Ao que parece, favores com favores se pagam

A NOTICIA FOI DIVULGADA NO SITE DO SMMP - E POUCO MAIS.... SERÁ QUE QUISERAM QUE PASSASSE DESPERCEBIDA PARA QUE A PARTICIPAÇÃO FOSSE ENCARADA COMO UM ACTO ABSOLUTAMENTE NORMAL?!

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público iniciou no dia 30 de Março, uma parceria com o Rádio Clube Português. Todos os dias, de segunda a sexta-feira, um magistrado do Ministério Público, em representação do SMMP, está aos microfones da Rádio Clube para falar de temas tão variados como Direito Penal, Direito do Trabalho, Família e Menores, Urbanismo e Ambiente, Consumo, etc"

UMA OPORTUNIDADE PARA SE FALAR DE TEMAS DE JUSTIÇA... E TAMBÉM PARA MAIS QUALQUER COISA... MAS O SERVIÇO PÚBLICO DE RÁDIO E DE TELEVISÃO, VÊ-SE QUE ENTÃO JÁ NÃO SERVE!...

É PRECISO ENCOSTAREM-SE AO TODO PODEROSO JOSÉ EDUARDO MONIZ?- AO RESPONSÁVEL PELO AUDIOVISUAL DA PRISA?! - TALVEZ SEJA POR ISSO QUE, TENDO AS COSTAS QUENTES, FAZ TÃO GROSSEIRAS AMEAÇAS EM PLENO TELEJORNAL!

É claro que, ao mesmo tempo que falam deste ou naqueloutros temas de justiça, e a pretexto do interesse geral, sempre dá para ir dizendo que “o sindicalismo dos magistrados, está aí e recomenda-se!” Espero que não se esqueçam de falar das violações do segredo de justiça! Até agora tem sido tema ignorado - e é tão actual!

Estou para ver, quando algum trabalhador da Media Capital/Prisa, se vir forçado a pedir contas à justiça para resolver algum conflito laboral (e são algumas centenas) para que lado se vai inclinar o prato da balança: se para o lado do patrão ou do empregado. Isto para já não falar de outras acções, em que o poderoso grupo Prisa (tantas vezes acusado de sucessivos abusos de liberdade de impressa), tenha necessidade de descalçar a bota.

Pergunto: onde está então essa vossa independência em relação ao poder económico? - Ou só se importam das apregoadas pressões do poder político? - Talvez seja por estas e por outras que as cumplicidades, entre a justiça, as Tvs , jornais, etc, nunca mais acabam! - E os prevaricadores possam acusar, julgar ( ameaçar) enfim, prevaricar impunemente e cantar de galo e ninguém tenha a coragem de lhes pedir responsabilidades! - Mas, pelo andar da carruagem, está mais do que visto - que, no fim de contas, quem leva com o martelo do juiz é quem sofre com os abusos e não quem abusa! - Não se vê na arrogância das mediáticas personagens como pretendem inverter as coisas? - de passar de caluniadores a inocentes ou a vítimas?!..

Mas ainda bem que há também muita gente atenta e que não vai em conversas fiadas. E não esconde a sua opinião - é, pelo menos ,o que dizem as sondagens

SONDAGEM DIVULGADA PELA TSF DÁ NOTA BAIXA A JUÍZES E ADVOGADOS - JÁ FOI HÁ UNS DIAS - E O CURIOSO DA QUESTÃO É QUE O TEOR DA NOTÍCIA JÁ NÃO É NOVO - E A IDEIA QUE PASSOU É A DE QUE NO MESMO "SACO" ESTÃO METIDOS JUÍZES E MAGISTRADOS

Diz o estudo encomendado que, no topo das preferências dos portugueses, estão os médicos, jornalistas e professores - Remetendo os juízes, advogados e políticos para o fim da tabela - Um dado algo preocupante - Não apenas para quem é visado, mas também para nós, cidadãos, sendo mais uma razão de acréscimo (às muitas que já temos) para não ficarmos tranquilos -

O SINDICATO DOS MAGISTRADOS ADVOGA MAIOR AUTONOMIA DO PODER JUDICIAL - ACIMA DELES, SÓ O OMNIPOTENTE DEUS - E ENTÃO POR QUE MOTIVO É QUE PRECISAM DE UM SINDICATO?!... - MAS AINDA BEM QUE HÁ JÁ VOZES LÚCIDAS QUE DÃO SINAIS DE INQUIETAÇÃO - QUEM SE PRONUNCIOU SOBRE O ASSUNTO FOI ANTÓNIO BARRETO - E MUITO OPORTUNAMENTE - NÃO VI A ENTREVISTA MAS TIVE OCASIÃO DE VER UMA NOTICIA, QUE AQUI TRANSCREVO

http://www.tvi24.iol.pt/politica/antonio-barreto-sindicatos-freeport-magistrados-justica-tvi24/1063793-407

Os Sindicatos dos Magistrados e do Ministério Público não deviam existir, pura e simplesmente», defende o sociólogo António Barreto.
Em entrevista ao programa «Cartas na Mesa», no tvi24, o antigo ministro do Governo PS referiu, ainda, que «estamos a chegar a um ponto cada vez mais grave em que é cada vez mais evidente a luta de clãs profissionais», que classifica mesmo como «uma luta de morte» na Justiça.
Os sindicatos dos magistrados e do Ministério Público «são máquinas corporativas muito poderosas» que representam pessoas com a «capacidade de prender, interrogar e questionar», considerando-se «todos absolutamente poderosos», acrescenta.
Para Barreto, «só o Parlamento pode pôr termo a isto».

De seguida - mais uma observação igualmente muito oportuna - transcrita de uma notícia


EXP-Podridão na Justiça
http://www.smmp.pt/?p=3748

Maio 4, 2009

D. Januário Torgal Ferreira apelou a que os agentes da Justiça se entendam no sentido de a melhorar.
O Presidente da República já o tinha feito. O sentimento, contudo, é de descrença. A Justiça é o maior falhanço dos últimos 35 anos em Portugal
.
Quando uma procuradora, que tem nas mãos alguns dos casos judiciais mais importantes, fala todas as semanas num programa de rádio; quando o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público passa a mensagem que não tem confiança no procurador-geral da República; quando o procurador que lidera a acusação no caso Casa Pia pede, já depois de feitas as alegações finais, para alterar datas e locais onde ocorreram factos decisivos para o processo; quando as fugas de informação de processos em segredo de justiça são propositadas e constantes; quando as investigações apresentam debilidades confrangedoras, alguma coisa está profundamente errada.

A Justiça portuguesa caiu num buraco negro, porque cada corporação o que quer para si é apenas mais poder e exposição mediática. E a responsabilidade é, total e exclusivamente, dos agentes da Justiça. Neste caso, a culpa do poder político é sobretudo por omissão, por temer ou recusar fazer legislação que altere efectivamente as práticas, os prazos e os métodos das magistraturas.

Só que o poder judicial já deu amplas provas de que não se auto-regula nem regenera os seus métodos. Por isso, ou o poder político, com a legitimidade que lhe é conferida pelo voto democrático, coloca como sua primeira tarefa na próxima legislatura a regeneração da Justiça, mantendo o equilíbrio de poderes, ou teremos cada vez mais uma Justiça que serve apenas a pseudo-importância dos seus protagonistas mas não os interesses dos cidadãos - que acabarão por preferir dirimir conflitos por outros meios.

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