terça-feira, 12 de maio de 2009

FREEPORT - MAGISTRADOS, AFINAL,SÃO PRESSIONÁVEIS OU IMPRESSIONÁVEIS?!..... E AINDA HÁ QUEM ACREDITA NESTAS BALELAS














JUÍZES PRESSIONÁVEIS - MAS ELES NÃO PENSAM O MESMO DOS DEPUTADOS

"Nada nos move em termos corporativos, como por vezes se tenta transmitir de que aqui há qualquer interesse subjacente a isso. Perspectiva que, a meu ver, é um insulto aos senhores deputados, porque, com certeza, os senhores deputados, não se deixam não só pressionar por qualquer respectiva corporativa, como, muito menos, influenciar por perspectiva dessa natureza. - In  20100623 Audição da Associação Sindical dos Juízes Portugueses
 
REBENTOU A TÃO FALADA BOMBA DAS ALTAS PRESSÕES! - APRESENTADO O RELATÓRIO E DECIDIDA A SENTENÇA DE UM CRIME MAIS QUE ANUNCIADO

Antes da conclusão do inquérito às alegadas pressões exercidas pelo magistrado Lopes da Mota aos seus dois colegas que investigam o caso Freeporte, pelo que agora se constata – e finalmente se comprova - tanto as conclusões, como a sentença, tudo isto até parece que já estava mais do que previsto ou determinado. Afigura-se-me fazer parte de uma espécie de filme fantasmagórico há muito tempo imaginado. Mas sobretudo desde o primeiro dia em que o SMMP passou deliberadamente ao ataque - É que nem se esperava outro desfecho senão este! - Ou alguém quererá agora negar que o único e poderoso órgão associativo dos magistrados não seja capaz de exercer as maiores pressões?! - Até mesmo de carácter atómico?!... - Possível de fazer abalar os alicerces de qualquer outro poder instituído? - Assim o tem demonstrado!… Assim tem sido essa a sua persistência e mais do que apontada direcção..

Querem que lhes faça o favor de acreditar que são isentos, que praticam a isenção?!... Só se, por alguma infelicidade, tiver um dia de me assentar nos bancos de algum Tribunal ou frente à secretária de algum vosso gabinete - Então aí não terei outro remédio senão de, pelo menos, me calar e responder apenas às vossas perguntas se me questionardes

Meus Senhores:

Não façam vista grossa dos que não pensam como Vossas Excelências! Não nos tomem como estúpidos! Não nos agridam, com a vossa arrogância e a vossa prepotência! Creio que isso de nada vos servirá, porque, sempre que o fizerem, face aos juízos e às palavras que proferirdes, aos vossos actos que cometerdes, assim sereis também julgados - E, se a vossa conduta e o vosso exemplo não for o mais irrepreensível possível, maior então será a dúvida e a desconfiança que se instalará sobre quem vos observa de fora! - Maior será também a imagem ou sensação de insegurança e do descrédito que terão da vossa postura!

De nada adiantarão que nos agridam! Pois está mais do que comprovado, que na vida das sociedades, e ao longo da história dos povos, é na adversidade que o espírito dos homens (dos mais atentos e esclarecidos) mais se robustece na sua determinação e na sua coragem!

NÃO ME ENGANEI NO MEU VATICÍNIO - PORQUE ELE JÁ ESTAVA MAIS DO QUE ESPELHADO NOS JORNAIS, NAS VOSSAS ENTREVISTAS E NAS PRESSÕES QUE CONTESTAVAM MAS QUE EXERCIAM CONSTANTEMENTE SOBRE A OPINIÃO PÚBLICA, SOBRE A PRÓPRIA COMISSÃO DE INQUÉRITO, JUNTO DAS VOSSAS MAIS ALTAS HIERARQUIAS E A QUE NÃO ESCAPOU UM DOS MAIS ALTOS ÓRGÃOS DE SOBERANIA DA NAÇÃO

Eu já sabia (antevia)onde todo esta história (histeria das pressões) acabava por desembocar: em mais um desfecho ( mais que anunciado e publicitado) de uma autêntica caça às bruxas - Neste caso aos socialistas. Há um ódio de morte e vá-se lá saber porquê! - No entanto a maioria do povo elegeu-os e uma grande parte do eleitorado ainda continua a confiar neles - É pelo menos o que dizem as sondagens - Querem os senhores substituírem-se ao voto popular?!... E sabem o que falam as mesmas sondagens de V.Exas?.. De descrédito. Dão-vos notas baixíssimas!- Cuidem mas é, antes de mais, da vossa imagem, que tão de rastos parece já andar!

Está mais do que visto que querem arrumar Sócrates, a todo o custo - Não têm por onde lhe pegarem e inventam a história das pressões e outras balelas para lançar a suspeição sobre a sua figura. E até a um magistrado que (por ter cometido a heresia de ter tomado parte num anterior governo socialista) mas que ocupa actualmente um destacado cargo num alto fórum da União Europeia, sim, talvez por via disso, ruídos de inveja pelo seu notável desempenho e, cobiçando, porventura, o cargo, querem porfiadamente tirá-lo de lá a qualquer preço.

Verifica-se, de facto, a olhos vistos, um ambiente persecutório a tudo quanto não tenha a cor laranja: a cor do capital! Que é quem controla os principais órgãos da CS, ataca e calunia o governo democraticamente eleito e até goza da cumplicidade, da impunidade de dois dos mais importantes órgãos de soberania: a Presidência da República e de certas forças, estrategicamente instaladas na própria magistratura.

Tal como já tive oportunidade de dizer, mais do que uma vez, falo apenas como um vulgar cidadão – na condição de simples reformado. Claro que tenho (a minha opção ideológica, tal como qualquer cidadão a tem e V.Exas também),porém, face a tão manifestos atropelos - porque, afinal, quem faz as pressões são justamente aqueles que mais se têm insurgido contra elas - em consequência de tudo isto, posto que me vejo perante toda esta tristíssima comédia, de cariz manifestamente perturbador, não posso calar pois a minha indignação. E de manifestar o meu mais vivo repúdio e desaprovação a um tal comportamento, praticado por quem deveria ser imparcial e equidistante, face ao poder político e aos cidadãos, mas que se sobrepõe da forma mais descarada e autoritária, não dando provas nem garantias ao cumprimento de algumas das mais elementares normas judiciais e constitucionais.

É frequente ouvirem-se expressões alarmantes do SMMP “para a possibilidade de instrumentalização do Ministério Público, com diminuição das suas garantias de autonomia interna e externa, emergente das alterações ao seu Estatuto! Mas, afinal, quem é que instrumentaliza?.. Quem é que usa e abusa dos seus privilégios - ingerindo-se sobre uma esfera que vos é vedada (a política) senão os senhores!

Pois bem: se se consideram assim tão susceptíveis de pressões, de serem alvo de instrumentalizações, se acham que as leis em vigor são demasiado frágeis, que não oferecem a tranquilidade bastante ao pleno exercício dos senhores magistrados; se entendem que põem em causa o vosso comportamento e o funcionamento da magistratura, pois, então, ao invés de falarem da doença, falem da cura - Em vez de lançaram o alarme social e o vosso próprio descrédito sobre a opinião pública, digam-nos os que vos falta! - Mas que não passe apenas pela defesa dos vossos interesses corporativos mas pela defesa das garantias da justiça aos cidadãos - Nomeadamente nas garantias do segredo de justiça - em que as violações são constantes, até para com um dos vosso colegas. Essa não é porém uma questão que vos preocupe. - É pelo menos o que denotam.








O PRESIDENTE DO SMMP DIZ QUE “NÃO DEIXARÁ” DE INTERVIR QUANDO BEM ENTENDER"

OU SEJA: NÃO DEIXARÁ DE PRESSIONAR AS VEZES QUE BEM LHE APETECER OS ÓRGÃOS DE SOBERANIA - E, AFINAL, A LOPES DA MOTA - AGORA ARGUIDO - QUE GARANTIAS É QUE OS SENHORES LHE DÃO?!


Pois bem! Veja-se até onde vai a falácia solta e gratuita! Até onde vão tão flagrantes contradições de uns senhores a quem a Constituição assegura garantias e direitos especiais, mas também o dever de serem isentos, imparciais, face ao poder constituído e a todos os cidadãos, mas cujos procedimentos em nada os distinguem dos demais sindicatos e associações!

Veja-se até onde vai o descaramento de quem diz que não faz! mas faz! Em declarações à Agência Lusa, João Palma entendeu não se pronunciar sobre a decisão do procurador-geral da República de abrir um processo disciplinar ao "colega" Lopes da Mota sobre as alegadas pressões feitas aos dois procuradores responsáveis pela investigação do "caso Freeport.

É sempre o velho argumento! Mas já falou para TSF e para quem lhe apeteceu - Fê-lo durante o processo de inquérito, através das televisões. Fê-lo com aquiescência do Palácio de Belém. E até já felicitou ( deu os parabéns) congratulou-se pela rapidez com que o inquérito do Conselho Superior do Ministério Público chegou a esta decisão: "Contrariamente a outros inquéritos”

E, então, a voz do acusado, agora arguido? Porque não se ouve?!- Por que razão tem sido o bombo da vossa tão deplorável comédia?!…

Ainda querem que os tomemos a sério?! -

Mas atenção! Estes senhores são pessoas muito respeitáveis! - É um facto! Além disso, têm poderes quanto bastem! Têm a faca e o queijo na mão! Podem meter os quatro costados de qualquer um atrás das grades em quatro tempos! Enquanto o diabo esfrega um olho! - E, porventura, é por isso que ainda há muito quem os olhe de baixo para cima - Não lhe vá cair algum pedregulho na testa

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