POLVO DA NOTÍCIA: POBREZA NO REINADO DE CAVACO SILVA ERA OCULTADA -BISPO DOM MANUEL MARTINS, ÚNICA VOZ NUM DESERTO DE INDIFERENÇA E NOVO RIQUISMO; O CLERO, CALAVA-SE

Criou-se a falsa ideia de que, os anos do cavaquismo, foram prósperos, um El Dourado; que não havia fome nem miséria; pelo contrário, foi justamente a partir dessa altura que as desigualdades sociais, mais se distanciaram e agravaram. Chegavam a Portugal, milhões de milhões de apoios comunitários, mas, a sua grande fatia, ficava nos bolsos das clientelas cavaquistas e foram desbaratadas, sem qualquer utilidade no desenvolvimento da economia do país. O que se criou foi uma nova classe: o novo riquismo. Uma classe parasita, ociosa e vaidosa. Engrossaram-se os chorudos lucros dos grandes banqueiros e, os titulares das grandes famílias, que já existiam, passaram ainda a serem os senhores das empresas públicas.

OS DEMAIS BISPOS NÃO SE PRONUNCIAVAM - NÃO OUSAVAM BELISCAR NA APARENTE E ENGANOSA PROSPERIDADE DO GOVERNO DA MAIORIA DE CAVACO SILVA..

O CONTROLO ERA ABSOLUTO NA RTP E RDP. A RÁDIO RENASCENÇA, DA IGREJA, SÓ BAJULAVA - SÓ SE DIZIA O QUE CONVINHA. SE NÃO TIVESSE APARECIDO O SEMANÁRIO INDEPENDENTE, A PODRIDÃO DO REGIME, NÃO ERA DENUNCIADA E LÁ SE MANTINHAM OS LOUREIROS, OS OLIVEIRAS E COSTAS, ENTRE OUTRAS, SANGUESSUGAS.

HOJE PASSA-SE PRECISAMENTE O CONTRÁRIO . OS BISPOS CONSERVADORES ESTÃO CONSTANTEMENTE ACUSAR O GOVERNO DE SER O CULPADO DA CRISE - E A PRÓPRIA RTP (ISTO PARA JÁ NÃO FALAR DOS MEDIA PRIVADA), CONTROLADA PELA DIREITA,EMBARCA NA MESMA ESTRATÉGIA E REPTE A MESMA TÓNICA, AS MESMAS PEÇAS JORNALÍSTICAS, PARA INFUNDIR A IDEIA DE QUE A FOME, SÓ AGORA É QUE EXISTE.
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Mais à frente, outros pormenores, sobre este Pastor Corajoso!

«Quem era eu e quem poderia ter sido se não fosse Setúbal?

LEIA E VEJA - ISTO PASSOU-NOS NOS ANOS DE CAVACO SILVA - FORAM TEMPOS DE MUITA FOME-

Conheci de perto o problema, pois lidei com ele, por razões de trabalho e até porque também passei por alguns apertos económicos: ganhava dez contos e cinco iam para a renda da casa. Não estava ligado a qualquer instituição pública ou religiosa, mas chegavam-me todos os dias às mãos por essa altura ( a mim e não só) centenas de cartas,que ainda tenho em meu poder implorando os apoios mais variados, inclusivamente pedidos de emprego. De pessoas que diziam que comiam verdura sem uma gota de azeite, sem qualquer tempero. Eram tempos muito difíceis para milhares de portugueses. A crise não é só de agora. Mas, então, a igreja, praticamente passava ao lado. - Salvo a voz solitária do Bispo de Setúbal -uma voz muito incómoda e que o cavaquismo não via com bons olhos. Retirei muitas horas ao meu descanso nocturno para analisar cada uma das questões. Era muito deprimente interiorizar as extremas dificuldade e privações. A única voz que então se ouvia era realmente a de Dom Manuel Martins, apelidado do Bispo Vermelho, pelas forças conservadoras - na sua generalidade identificadas com a maioria governamental do poder absoluto de Cavaco Silva - A igreja não via com bons olhos o desassombro, daquele Bispo, que parecia destoar no meio dos outros pastores, porém, a sua coragem sobrepunha-se, pelo que não deixava de chamar à atenção para a dura realidade que afectava as populações do distrito de Setúbal, a sua diocese.

ANOS 8O O COMEÇO DO DESCALABRO E DA DERROCADA...

Tal como alguém já escreveu, “o capital financeiro, dos anos 80 para cá, tinha licença para matar. E quase matou o capital produtivo. A esse processo se deu o nome de globalização"(..) "Financeirização" é o modo pelo qual o capital se descola do sector produtivo, baseado este no valor trabalho. É a acumulação de valores fictícios, sem produção. Em seus momentos terminais assume a forma de uma vertigem especulativa completamente descolada de activos reais.”

Veja mais adiante: «Quem era eu e quem poderia ter sido se não fosse Setúbal?

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BARRAGEM COMEÇADA A CONSTRUIR NO GOVERNO DE CAVACO SILVA E ABANDONADA A MEIO - MILHÕES QUE SE GASTARAM INUTILMENTE.

CAVAQUISMO NÃO PASSOU DE UMA GROSSEIRA MISTIFICAÇÃO COM A QUAL APENAS LUCROU A SUA CLIENTELA POLITICA - SALVO ALGUMAS ESTRADAS, FICOU TUDO NA MESMA OU AINDA AGRAVOU MAIS CERTAS SITUAÇÕES - FOI O QUE SE PASSOU COM A SUPRESSÃO DO TROÇO FERROVIÁRIO DO POCINHO A BARCA D'ALVA - CORTANDO A LIGAÇÃO A ESPANHA.

Mário Soares preparou-nos para a entrada na CEE – sim, foi ele que nos abriu as portas. Mas quem depois veio a beneficiar dos fundos estruturais foi Cavaco Silva. Que foram desbaratados e mal aproveitados. A miragem Cavaquista, parece ter deixado raízes profundas e não haver maneira de ser erradicada - Havendo ainda muito quem alimente a falsa ilusão de que, esse período das vacas gordas da Comunidade europeia, um dia ainda haverá de ressuscitar, com algum governo sebastianista apadrinhado por Cavaco Silva. -

Pedidos de ajuda à Cáritas disparam

MANIPULAÇÃO DA RTP - A COMEÇAR PELOS COMENTADORES QUE NÃO REFLECTEM AS VÁRIAS CORRENTES DE OPINIÃO - QUASE QUE VOLTAMOS AO TEMPO DE CAVACO, SÓ QUE NUM SENTIDO CONTRÁRIO - NA ALTURA DEFENDIA-SE EXCLUSIVAMENTE O GOVERNO; AGORA TUDO É PRETEXTO PARA SE ATACAR

Esta peça (o vídeo da RTP que se vê na imagem) já foi passada em vários dias na RTP, intervalados, como sendo notícia do dia - A notícia justifica-se e é importante; mas passá-la várias vezes, com intervalos de dias? - Porquê?... Achamos que compete aos órgãos de comunicação social - e sobretudo os públicos - a denúncia e informação: do que vai mal e também do que é positivo. Claro que nem tudo é cor de rosa nem tudo é negro. O que se verifica é que, por razões de natureza politica ou de manipulação da opinião pública, segue-se a via do que mais interessa a quem quer dar uma visão derrotista e conquistar o poder a todo o custo.Mas, quando estes lá estão, omite-se, distorce-se e, à falta de matéria, as cumplicidades do poder judicial com o capital, depressa arranjam novos folhetins e com destinatários bem definidos.

VEJA A SEGUIR: -«Quem era eu e quem poderia ter sido se não fosse Setúbal?

IRONIA DAS IRONIAS - CAVACO SILVA QUE, POR CERTO, NUNCA O TERIA CUMPRIMENTADO, NAQUELES ANOS, NO ENTANTO, EM 2007, CONCEDEU-LHE A GRÃ-CRUZ DA ORDEM DE CRISTO - UMA DAS MAIS ALTAS CONDECORAÇÕES

Eis como recordou essa distinção, quando recebeu o título de Cidadão Honorário de Gaia, numa cerimónia que decorreu no passado dia 29 de Junho, por altura do dia da cidade. " Quem é que a teve? Foi o povo, que fez o bispo” - uma alusão ao período de 1975 a 1998, durante o qual esteve à frente dos destinos da diocese de Setúbal, de que foi o primeiro prelado.

“Quem era eu e quem poderia ter sido se não fosse Setúbal? Costuma-se dizer: ‘Toda a honra e toda a glória a Deus’; e eu digo, ‘depois de Deus, toda a honra e toda a glória ao povo de Setúbal, que é maravilhoso”, realçou.

Os louvores públicos atribuídos a membros do clero “são mais projectados nas pessoas a quem nós servimos do que em nós. Eu vejo-me como fruto das comunidades em que me inseri”, sublinhou D. Manuel Martins

D. Manuel Martins, foi, sem dúvida, o Bispo certo, para o lugar certo, onde o desemprego, a fome e as carências de ordem social, mais se agudizavam. Foi a voz inconformada para as gritantes desigualdades e injustiças sociais que afectavam (ainda afectam) milhares de pobres e sem abrigo.Mas não só, na sua diocesse: a sua voz corajosa e determinada, fez eco das mesmas dificuldades, noutros pontos do país, e até em África.

"Denunciou intrepidamente a fome, quando o desemprego angustiou dramaticamente muito povo da sua diocese. Denunciou erros, incoerências, hipocrisias e injustiças. Denunciou a humilhação desumana de ciganos e migrantes, de pobres e sem abrigo"

Várias autarquias o nomearam "cidadão honorário", condecorando-o com medalhas de mérito e dando o seu nome, em Setúbal, a uma Escola Secundária e ao Pólo-Sul da Universidade Moderna. É Doutor "honoris causa", pela Universidade Lusíada.

Segundo é descrito na sua biografia, “a passagem de D. Manuel Martins por Setúbal durou 23 anos, tempo em que a sua figura se impôs como personagem necessária à história contemporânea de uma região que atravessou fases, no mínimo, problemáticas. A sua intervenção nem sempre foi pacífica e foi apelidado de Bispo Vermelho, com toda a carga política que esse epíteto acarreta, numa tentativa de instrumentalização para combater o mediatismo de que usufruiu.

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Quando D. Manuel Martins chega a Setúbal, encontra uma cidade de proletários, homens e mulheres que muito se identificavam com o Partido Comunista. Estas pessoas tinham uma aversão tamanha àquilo que chamavam de ostentação da Igreja. No momento em que o novo Bispo era Ordenado, as portas da Igreja eram apedrejadas como forma de revolta e recusa para com tão alto representante da Igreja. Porém a mestria é capacidade que não falta a D. Manuel Martins, e então por forma a conquistar o povo, abdicou de usar as vestes clericais fora da igreja, e aproximou-se da população mostrando-se solidário com as suas preocupações. Daí se lhe atribui o título de Bispo Vermelho.

Como membro da Conferência Episcopal Portuguesa presidiu à Comissão da Acção Social e das Migrações e Turismo. Como presidente da Secção Portuguesa da Pax Christi International[2], bateu-se pela questão de Timor Leste, com iniciativas de vária ordem que culminariam com uma intervenção na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, e, posteriormente, com uma visita a Timor. É membro fundador das organizações não governamentais Oikos e Pro Dignitate.

Desde 1998 fixou-se na sua terra natal, Leça do Balio que até hoje deu o seu nome a uma rua e uma alameda. É visto diariamente nas ruas da freguesia, onde conversa com quem se cruza. Apesar da sua situação de bispo resignatário, realiza conferências e acções de orientação para o clero. A idade não o faz parar. Continua a a percorrer o País em intervenções na área do social.

D. Manuel da Silva Martins.,conta hoje 83 anos; "nasceu em Leça do Balio, concelho de Matosinhos, em 20 de Janeiro de 1927. Fez os seus estudos nos Seminários do Porto e na Universidade Gregoriana, em Roma. Começou a sua actividade como professor de Direito Canónico no Seminário maior do Porto, de que foi Vice-reitor"
D. Manuel da Silva Martins....Manuel da Silva Martins - Wikipédia, a enciclopédia livre.