segunda-feira, 29 de novembro de 2010

BASTONÁRIO MARINHO PINTO REELEITO - SIC DE FRANCISCO BALSEMÃO NÃO LOGROU ELEGER O SEU COMENTADOR LUÍS FILIPE CARVALHO, APOIADO PELO CLÃ ROGÉRIO ALVES



António Marinho Pinto, reeleito bastonário da Ordem dos Advogados, com maioria absoluta.António Marinho Pinto reeleito Bastonário

António Marinho Pinto, reeleito Bastonário da Ordem dos Advogados com 9532 votos. Em segundo lugar ficou Fernando Fragoso Marques com 5991 votos, e em terceiro Luís Filipe Carvalho


Mesmo assim, não vai ter pela frente mais um mandato fácil. As listas que indicou para as distritais, não tiveram a força do seu carisma. E, por isso, os mesmos que já lhe criaram muitas dificuldades no anterior mandato, e que voltaram a ser derrotados - se bem que encabeçados por outros disfarces - não tardarão que lhe apontem novas armas. Através do arsenal dos media, que os apoia e populariza, como forma de lhe reforçarem ainda mais o seu poder. É gente que já deu provas de um mau espírito democrático (os interesses que defende) e tudo fará para lhe torpedear a sua acção e o seu programa.

Marinho Pinto, bate-se pela qualidade técnica e deontológica da profissão, não quer que o exercício da advocacia se transforme em mais uma legião de canudos desempregados. Os advogados que prezam a profissão e que desejam ver o seu trabalho valorizado e prestigiado, confiaram-lhe o seu voto. Todavia, os senhores titulares dos grandes escritórios, defensores de altos interesses corporativistas, através das quais gostariam de continuar a explorar a mão de obra de tarefeiros, de advogados a termo precário, mesmo que mal qualificados, e a que, pelos vistos, não faltarão cumplicidades com os media, os Tribunais e o grande capital, pois bem, o candidato favorito desses lobis, não foi eleito. Eles, que queriam ter à frente da Ordem, nomeadamente um tal Luís Filipe Carvalho, outro dos comentadores da confiança de Francisco Balsemão, usado por este como peça do seu arsenal de ataque e de pressão, pese toda a instrumentalização desencadeada, não o elegeram. O que significa que as mediáticas toupeiras Rogérios Alves e Raposos, e outros do género, por mais vezes que surjam nos ecrãs, arvorados em sapientes paladinos ou doutrinadores, não convencem totalmente os seus pares e ainda são olhados com desconfiança.

ESTUDANTES DE DIREITO , USADOS PELA OPOSIÇÃO A MARINHO PINTO, FAVORÁVEIS AO FACILITISMO DA CARREIRA, FORAM “OS GRANDES DERROTADOS".

Pois claro, tinham que se manifestar. E logo no dia das eleições e junto à sede da Ordem dos Advogados. Obviamente, usados como batalhão contra Marinho Pinto. Mas foram “os grandes derrotados”. Ainda bem, e que lhes sirva de lição. Meterem-se onde ainda não são chamados. E levaram com a tampa.

Marinho e Pinto prometera inverter o ciclo de massificação da advocacia. "Não para garantir privilégios de quem quer que seja, mas para impedir que a massificação acentue a proletarização e a degradação do patrocínio forense", explicou Estudantes de Direito ficaram desiludidos DN-

À Ordem dos Advogados - a mais antiga ordem profissional do país (desde 1926) - , compete, entre outras funções, ser um auto-regulador da profissão, por forma a garantir-lhe o mínimo de padrões de exigência e de qualidade, evitando que a mesma se banalize e massifique. Enquanto para o acesso ao curso de medicina, só entram os alunos mais classificados (se bem que esse critério, também seja discutível, pois, descura-se a vocação), já no tocante ao curso de direito, se não for nas universidades públicas, é nas privadas. Haja dinheiro. É quase como as fornadas do pão que entram num forno: tudo o que lá entra mole, sai tostado ou cozido. Tudo se aproveita.

Marinho Pinto pretende levar à prática as palavras, exigindo um exame de acesso ao estágio. Claro, que, tudo que possa pôr em causa o facilitismo e as leis da preguiça e do menor esforço, sobretudo por aquelas mentes, mais dadas à boémia, está-se mesmo a ver que é mal encardo e conta com declarada oposição. Simplesmente, muitos desses opositores, mal sabem que é dessa “carne para canhão”, que os grandes patrões, mais desejam: não para progredirem nas suas carreiras, mas para os usarem como simples mandaretes e por tuta e meia. .

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AS TELEVISÕES PRIVADAS - DOMINADAS PELOS GRANDES GRUPOS - PROMOVEM COMENTADORES E ESTRELAS DOS REALITYS SHOWS - PARA SEREM INSTRUMENTOS DE PRESSÃO E OS SEUS TESTAS DE FERRO NA VIDA SOCIAL, ECONÓMICA E POLÍTICA


O modelo, a astúcia e os objectivos são os mesmos. O que se passa em Portugal, também acontece na América e noutros países, onde os grandes grupos económicos, exercem um poderoso controlo sobre os media. É ver, certas figuras do seu agrado e da sua confiança, a desfilarem nos ecrãs televisivos. Até, Sarah Palin, ex-candidata a vice-presidente dos Estados da América, apoiada pelo Republicanos, e que jurou vir a derrotar Obama, nas próximas eleições, já tem o seu Sarah Palin’s Alasca”, com a vista a ganhar admiradores e popularizar-se ainda mais - Só que, a opinião pública, também já vai percebendo até onde quer chegar o oportunismo descarado - e o tiro foge-lhes pela culatra Sarah Palin, estrela polémica em 'reality show'..

Sarah Palin is set to host a reality television show.sarah‑palin‑miss‑alaska1.

Desde os comentadores do futebol, aos da justiça, da advocacia, do crime, da política, da moda, religião, etc. Os media, sob o controlo do neo-liberalismo, pretendem que esse núcleo de arregimentados, ao mesmo tempo que influenciam a opinião pública, venham a ser catapultados a lideres de instituições ou entrarem em força na cena política. Veja-se o que se passa com a SIC e a TVI. E até com a própria RTP, onde as forças, mais conservadoras, se implantaram de pedra e cal.

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