quinta-feira, 30 de abril de 2009

SEMANÁRIO SOL – ACCIONISTAS GANHAM TALUDA COM DINHEIRO DOS ANGOLANOS E O CASO FREEPORTE - PRINCIPAL GANHADOR DA PARADA É DESTACADO DIRIGENTE DO PSD


UM POLVO BEM COZINHADO É SEMPRE BEM APRECIADO


Achamos que nunca será demais denunciar o óbvio: Lamurias, apregoavam que já não havia dinheiro para pagamento dos ordenados, - mas veio a saber-se que o móbil era outro: - ou seja, dinheiro havia, o que lhes faltava era a taluda: e ela saltou-lhes à vista, quando descobriram que, o novo riquismo angolano, poderia vir aí, com pipas de petrodolólares a rodos e proporcionarem, grandes dividendos, aos donos do sol e, sobretudo, ao accionista maioritário - JVC Holding, empresa gestora de participações sociais de Joaquim Coimbra, empresário de Tondela, membro do conselho nacional do PSD e um dos principais accionistas do Banco Português de Negócios.

Como se não bastasse - e já com os bolsos bem cheios com a venda das acções ao Presidente José Eduardo dos Santos e seus amigos, toca em apostar no jornalismo mercenário-sensacionalista e de fazer oposição declarada a José Sócrates - Dir-se-ia pois que lhes saiu a dupla taluda.

Actualização - Para saber mais pormenores dos contornos da negociata - veja FACE OCULTA - DO “SOL” A NU - “NEGÓCIO KAFKIANO”

"Não falimos por um milagre” - Actualidade - Correio da Manhã

Não faliram por milagre - mas , mais tarde ou mais cedo, os angolanos, a quem foram sacar milhões, em detrimento do seu povo, hão de reconhecer o logro em que caíram para favorecer um pequeno grupo de neocolonialistas mercenários. - Quando as palavras deixarem de ser meros slogans e olharem com olhos de ver os reais interesses das populações.

"A eliminação da pobreza deve ser vista como condição a ter em conta pelos vários Estados na adopção de estratégias políticas de erradicação do crime organizado".

"Num mundo onde a miséria social atinge milhões de pessoas, os países com economias de transição e afectados por conflitos são particularmente vulneráveis ao crescimento do crime .. Amaro da Silva Nguengo, deputado (30 de Março de 2010) .Jornal de Angola - Deputado defende a inclusão.

Fundadores do "Sol" invocam dificuldade financeira para vender......Joaquim Coimbra formaliza compra de 33,3% do jornal «Sol...ULTRAPERIFERIAS: Sócio de Silvio Santos (SIRAM) dono do "Sol".......ULTRAPERIFERIAS: Sócio de Silvio Santos (SIRAM) dono do "Sol"......

Manipulações...Face Oculta Sócrates e Vara falavam em código;Sol: «Sócrates e Vara falavam em código»

FREEPORT E A "CAMBALHOTA" DE CAVACO NAS "ALTAS PRESSÕES” - A BOMBA QUE DIFICILMENTE APAGARÁ OS ECOS “DO DEVER DE RESERVA” QUEBRADOS POR BELÉM
















Imagem de:wehavekaosinthegarden.wordepress.com

Lisboa, 4 de Maio de 2009 - Em menos de um mês, Cavaco Silva dá o dito por não dito. Alterou completamente a sua posição e os argumentos então invocados – Disse que não ia receber o SMMP, porque “ainda não há muito tempo “ o havia recebido e recebeu-o. Afirmou existirem questões sobre as quais “o Presidente da República tem o dever de reserva” institucional, e, no entanto, quebrou esse dever! – E de forma gravíssima!

Mesmo que venham daí os media que o elegeram a argumentar que soube lidar "com pinças" a referida audiência, alegando que "esvaziou a perigosa polémica que o próprio presidente do sindicato tinha aberto ao confrontar publicamente Pinto Monteiro com as suas acusações de pressões", tudo isso soa a falso, porque, quem tem estado atento a esta incrivel novela - já percebeu bem o que se passou e não é estúpido.

Daí a inevitável pergunta: mas que, raio de governantes, este pequeno país tem? – Uma vez que, mesmo ao nível do mais alto cargo na Nação, não se respeitam já as próprias afirmações que se fazem? – O que se afirma hoje, desdiz-se amanhã! Não sou eu que o desminto: são as palavras de Cavaco Silva, os acontecimentos, os factos, entretanto observados!

No passado dia 6 de Abril, o Presidente da República garantiu que acompanha «devidamente» as questões da Justiça, mas escusou-se a pronunciar acerca de alegadas pressões a magistrados, argumentando que são assuntos em relação aos quais o chefe de Estado tem dever de reserva.

"Eu procuro acompanhar devidamente as questões de Justiça, porque sei muito bem que a credibilidade e o bom funcionamento das instituições de Justiça são um alicerce da nossa democracia», afirmou o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, em declarações aos jornalistas à saída da entrega do Prémio Leya 2008.

SILÊNCIO E DEVER DE RESERVA – FÁCIL DE SE DIZER MAS DIFÍCIL DE CUMPRIR

Na oportunidade, acrescentou ainda Cavaco Silva, que há assuntos em relação aos quais um Presidente da República «que queira servir bem o país tem o dever de reserva», não devendo pronunciar-se sobre os mesmos em público.

«As questões que têm sido muito faladas nos últimos tempos em Portugal, enquadram-se precisamente nesses assuntos em relação aos quais, em público, o Presidente da República tem o dever de reserva», salientou

Interrogado sobre as críticas ao seu silêncio, o Cavaco Silva disse que esse é um custo que tem de suportar, recusando fazer aquilo que considera «incorrecto da parte de um Presidente da República».

"Eu faço o possível para desempenhar bem a minha função e considero fundamental que um Presidente da República tenha bom-senso. Se há uma pessoa em relação à qual se exige bom senso e cuidado nas palavras que profere em público, é precisamente o Presidente», salientou.

Relativamente à audiência solicitada pelo sindicato dos magistrados do Ministério Público, o chefe de Estado disse ser regra da Presidência da República não comentar os pedidos que lhe são dirigidos, mas lembrou que «não há muito tempo» teve oportunidade de ouvir esse sindicato. - Excerto de uma noticia da Lusa , com larga repercussão nos media

SÓ UM CIDADÃO MUITO DISTRAÍDO É QUE PODERÁ FICAR INDIFERENTE A ESTA ESPÉCIE DE CARNAVAL DE MÁSCARAS E DESMASCARADOS EM QUE NÃO SE RESPEITA A PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, FAZEM-SE PRESSÕES DESCARADAS SOBRE A EQUIPA DOS INQUIRIDORES

ATACA-SE DELIBERADAMENTE UMA DAS PARTES – ATIRAM-SE MAGISTRADOS CONTRA MAGISTRADOS E, NO RICOCHETE, PRETENDE-SE ATINGIR AINDA O PRIMEIRO-MINISTRO – ONDE ESTÁ O TÃO APREGOADO DEVER DE SILÊNCIO E DE RESERVA?!.,. OH! MEU PORTUGAL DOS GRANDALHÕES-PEQUENINOS!


Não queria voltar a este assunto – até porque nada tenho a ver com ele - Conforme várias vezes já aqui disse, sou um simples cidadão – Tenho outras coisas mais interessantes em que pensar e a minha idade não me aconselha e perder tempo com estes episódios, tão desagradáveis. Porém, é-me impossível ficar alheio. Pois, à medida que observo, com mais atenção os meandros deste autêntico polvo, cujos tentáculos se estendem, desde as instâncias judiciais à comunicação social e, destes poderes, de ambos os sentidos, ao Palácio de Belém, sim, maior é a minha incredulidade e desconfiança, sobre a falta de bom senso, o sentido de imparcialidade e equidistância, por parte das mais altas figuras e instituições que deviam, quer através dos seus actos, quer das suas palavras, constituírem-se como o exemplo fidedigno de credibilidade e de confiança para com os cidadãos, mas que, salta aos olhos da cara, não é a imagem e a sensação que, a mim, pelos menos, me transmitem ou demonstram - Porém, acho, que, mais do que as minhas palavras, falarão, creio, as contradições e os relatos, de como foi encarada a referida audiência.

O QUE NÃO FOI DITO À SAÍDA DA AUDIÊNCIA DE SÃO BENTO FOI CONTADO AO CORREIO DA MANHÃ, NUM EXTENSO ARTIGO DE AUTORIA DE ANTÓNIO RIBEIRO FERREIRA, COM O TÍTULO: Altas pressões em Belém

Alguns excertos:

João Palma contou ao Presidente da República tudo o que sabia sobre os recados e ameaças aos investigadores”

“Cavaco Silva ouviu ontem atentamente a história das pressões feitas aos dois investigadores do caso Freeport pelo procurador Lopes da Mota, presidente do Eurojust. João Palma, presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, contou em pormenor todas as conversas que os procuradores Vítor Magalhães e Paes Faria tiveram com Lopes da Mota, os recados que José Sócrates terá dado a Alberto Costa, ministro da justiça, e que foram transmitidos pelo presidente do Eurojust aos dois procuradores, as sugestões para arquivar o processo, as ameaças de que as suas carreiras estariam em risco caso não o fizessem e mesmo alguns episódios anteriores em que se levantaram suspeitas de escutas e perseguições.”

O CM sabe que na audiência de ontem de manhã em Belém, que durou hora e meia, o Presidente da República ouviu mais do que falou.”

OBJECTIVOS DA AUDIÊNCIA - NA PERSPECTIVA DO SMMP

Uma notícia, publicada no site do SMMP, diz o seguinte:

a)”Os representantes do SMMP tiveram oportunidade de apresentar cumprimentos a sua Exa. o Presidente da República e expor as linhas do seu programa- qualquer dia todos os sindicatos terão que fazer o mesmo e terá que os receber se o pretenderem cumprimentar. De referir, por exemplo de Cavaco ter negado esse privilégio aos professores que, segundo então clamavam, “merecem uma palavra do Presidente da República, merecem o seu apoio" – mas não lho deu.

b)Manifestaram “as suas preocupações e aspirações sobre o funcionamento da Justiça em Portugal” Pelos vistos, de ora avante, os problemas de justiça passarão a ser despachados, junto do economista Aníbal Cavaco Silva, ultrapassando, como, de resto, já se ultrapassaram as competentes hierarquias. Até porque, sabendo que havia ( e há) uma crispação, entre o Presidente do SMMP e o PGR, O Sr. Presidente da República, não teve o bom senso de pelo menos esperar pela conclusão do inquérito. Além de que, conforme declarara há umas semanas, reconheceu que «não há muito tempo» teve oportunidade de ouvir esse sindicato.

c) Transmitiram ainda - diz a noticia - a Sua Excelência o Presidente da República todos os factos, recentemente ocorridos, que são do seu conhecimento e que colocam em causa a autonomia dos magistrados do Ministério Público na condução de determinados processos.

Ou seja: o mais alto representante da Nação aceitou que, uma das partes, pudesse valer os seus argumentos, exercer deliberada pressão sobre a equipa dos investigadores, nomeada pelo CSMP, que está a apurar as alegadas pressões, que Lopes da Mota, presidente do Eurojust, teria eventualmente exercido sobre os procuradores do caso Freeport.

Face ao exposto: um última pergunta: acha razoável, senhor Presidente do Sindicato, João Palma, que, da sua parte, se pronuncie a expressão "intoleráveis pressões," quando, afinal, é o próprio, aos olhos da opinião pública, a exercê-las para que o seu colega seja castigado e com a cumplicidade do Presidente Aníbal Cavaco Silva?! - Tem neste mesmo espaço a liberdade de responder ou exprimir os comentários que quiser.


ORDEM DOS ADVOGADOS EM PÉ DE GUERRA COM MARINHO PINTO POR ESTE NÃO SE PRESTAR A SERVIR DE INSTRUMENTO PARTIDÁRIO

















(imagem: Tv1.rtp.pt. notícias)

Lisboa, 3 de Maio de 2009 - Na altura em que, Marinho Pinto, foi eleito para Bastonário da Ordem dos Advogados, muitos daqueles que o elegeram - dos sectores da direita mais dura e conservadora - por certo, terão estado convencidos de que, a frontalidade, o prestígio e o saber, do conceituado advogado da capital do Mondego (ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Jornalista e Professor do Ensino Superior nas áreas de Direito e Deontologia nas Universidades de Aveiro e de Coimbra), seria totalmente posta ao serviço dos seus interesses corporativos e partidários – Até porque é assim, que isto se passa em sindicatos e noutras Ordens. Porém, concluindo que , Marinho Pinto, não é a pessoa que se deixe instrumentalizar à mercê de tais caprichos, e que, a ter que criticar, seja na política seja no que for, gosta de cortar a direito, tanto se lhes dá que bula com o poder judicial, como com os interesses dos partidos da esquerda à direita, eis que , tais forças de cariz totalitário e antidemocráticas, não tardaram a mover-lhe uma guerra sem quartel. Pois, já é pela segunda vez , que, perante o mesmo ambiente, duro e encrespado, lhe chumbam os Relatórios e Contas e não consegue a sua aprovação.
Pelos vistos, as "traições", pagam-se caro!

AINDA HÁ MUITA HERANÇA SALAZARISTA NOS VÁRIOS AGENTES JUDICIAIS

Realmente é muito difícil a um democrata, livre e independente, exercer a sua actividade ou seu mandato – seja em que área for da sociedade portuguesa. O Salazarismo e fascismo foram enterrados, há mais de trinta anos, mas deixaram miasmas que bastem, que não foram totalmente erradicados e que continuam a proliferar e a provocar enorme instabilidade política, judicial, económica e social – Bem razão tinha Otelo Saraiva de Carvalho, em querer metê-los no Campo Pequeno: só que se ficou pelas palavras e, por isso, pagaria cara a sua sinceridade. Não sou apologista desse tipo de Justiça – Mas o que é que se há-de fazer se, depois, essas “brilhantes mentes”, atacam direitos fundamentais, prevaricam, subvertem as leis e os pilares da democracia, o voto popular pouco lhes interessa; fazem o que lhes apetece e lhes dá na real gana – E, ainda, por cima, apoderam-se da economia, sacam-na; são eles os donos e senhores dos principais órgãos de comunicação social. A grande praga e os grandes males do neo-liberalismo desenfreado, culpados pela actual crise a nível global, disseminaram-se, como um cancro, por toda a parte. Existem - não são mera ficção! Têm rosto e constituem-se como autênticos testas de ferro – Há que os desmascarar e pugnar por uma sociedade mais justa e fraterna.

De facto, constata-se que ainda há muita gente, dita bem pensante, para a qual o conceito democrático, longe de contemplar o respeito pelas ideias dos outros, passa unicamente por impor as suas próprias vontades, os seus egoísmos pessoais e interesses partidários - Vemos isso todos os dias. E o mais grave é que, quando não logram os seus intentos, reagem com uma fúria e uma desfaçatez, verdadeiramente diabólicas, sem o menor pudor ou vergonha e respeito pela opinião que não seja a deles.

Creio que, aquilo que se passa, desde há algum tempo a esta parte, num certo ambiente interno e agitado da Ordem dos Advogados, é talvez, de algum modo, um dos desses exemplos. Conforme atrás referi, o actual Bastonário, Marinho Pinto, não conseguiu que Os Relatórios e Contas desta instituição, fossem aprovados, durante a última Assembleia: a qual, uma vez mais, se caracterizou por duras críticas e apelos da sua admissão por parte dos sectores que gostariam, porventura, de ver nele, mais um instrumento de oposição político-partidária – Infelizmente, é assim, que vão as coisas neste pequeno jardim à beira do mar plantado. Onde os conceitos democráticos e de uma justiça ao serviço dos cidadãos e das maiorias, são pura e simplesmente, vilipendiados, letra morta - Lisboa, 3 de Maio de 2009

"Para que serve a Ordem dos Advogados? "

Questão colocada, a 16 de Novembro de 2007 , no blog: Cachimbo de Margaritte – ainda com perfeita actualidade.

A Ordem dos Advogados, a mais antiga ordem profissional do país (1926), tem eleições marcadas para o final de Novembro. Dois caminhos se colocam para o futuro: assumir os interesses corporativos e ser uma força de bloqueio às reformas do sistema de justiça; ou, pelo contrário, perceber a necessidade dessas reformas e assumir um papel construtivo e liderante da mudança.
A Ordem serve, essencialmente para ser um auto-regulador da profissão, garantindo a qualidade técnica e deontológica dos serviços jurídicos prestados aos cidadãos. Só isso justifica os poderes públicos em que está investida. Isto porque o mercado por si só não funciona: é necessário regulação para compensar os desequilíbrios existentes. E quais são eles?
O principal é o excesso de advogados. Em Portugal existe um advogado por cada 360 habitantes, o que é superior à média europeia. Para evitar que a massificação conduza à perda de qualidade, a Ordem deve seleccionar e fiscalizar. É inevitável um exame de acesso ao estágio de advocacia – compatível com a liberdade de escolha da profissão (art. 47.º CRP)

Shttp://cachimbodemagritte.blogspot.com/2007/11/

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A TVI RECEBEU MEIO MILHÃO DE EUROS DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA DE APOIO A UMA TELENOVELA – AGORA AÍ TEMOS A FLOR DO MAR E O ALBERTO JOÃO NO ECRÃ

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O Governo Regional da Madeira entregou meio milhão de euros à TVI (fora os milhares que se gastaram em banquetes e festanças com foguetórios) para a rodagem da telenovela Flor do Mar. Na altura em que concedeu o avultado subsídio, Alberto João Jardim, argumentou que “a intenção é promover a ilha do ponto de vista social, cultural e turístico, para que as pessoas se sintam motivadas a vir conhecer em bloco a ilha".Por seu turno, o administrador da Prisa, Manuel Polanco anunciou que é seu propósito “distribuir (a novela) por outros países”, até porque a “realidade portuguesa é inteligível lá fora”. Segundo li no Noticiais da Madeira, a garantia foi dada na cerimónia do seu lançamento, durante uma noite festiva, no Funchal "pautada pelo requinte, com fogo de artifício e tudo” – diz aquele jornal. Que referiu que a lauta jantarada, contou ainda com a presença do director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, o elenco, autores, técnicos da TVI, além de entidades regionais.Porém, há uns tempos atrás, também Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, embora de menos mãos largas, concedera ao Grupo PRISA a verba de 350 mil euros pela realização da “Ilha dos Amores.

Não pretendo pôr em causa o mérito destes investimentos – Porém, não posso deixar de levantar a seguinte questão: - Sendo as referidas produções, de interesse geral para o público – logo para a própria estação televisiva – será que uma televisão – que ganha milhões em publicidade – não podia suportar os custos? – Tal como, de resto, os suporta com outras telenovelas e produções de lana caprina?! – É que de boas intenções anda o inferno cheio!

É claro que, como estas coisas, não costumam ter a transparência que deveriam merecer – Pois atribui-se uma verba – e pronto! Aí tendes umas massarocas para as empregardes como quiserdes! - O que é preciso é que as ilhas sejam mostradas no ecrã! - E também o Jardim Alberto! Para dizer o que quiser e, sobretudo, que não o chateiem!- Não sei até que ponto a dita "promoção" vai resultar. Até porque a maior parte da trama dos episódios, certamente que serão cenas de interiores. É que, sobre a telenovela "Equador", praticamente a produção tem-se limitado, até agora, a umas curtas tomadas de paisagens exteriores - Já que a maior parte da rodagem passa-se no Brasil e noutros locais. Mas mesmo que resulte - e desejo que sim - é óbvio que também uma televisão tem a obrigação de ser prestável à comunidade. Nas mais diferentes vertentes - Nomeadamente informativa, cultural e recreativa. E não têm que andar a estender a mão à caridade dos subsídios.

Não sei se Carlos César, também foi cumulado com a mesma benesse que o seu homólogo – Vejo muito pouco os canais da TVI – mas o certo é que o mediático João Jardim – que tem uma especial tentação em promover a sua imagem e as políticas do seu governo regional (à custa das verbas do erário público que distribui generosamente por jornais da Madeira e do continente) - sim, aí está ele na maior! - Aproveitar-se do faustoso"compromisso". Aí o temos , tal como ele gosta de estar, todas as semanas na TV do Moniz e da Manela! - Mais a desculpabilizar-se com os seus já habituais ataques aos continentais do que apresentar soluções concretas para erradicar níveis de extrema pobreza em que vive grande parte da população madeirense.

Conforme disse, desconheço se Carlos César, goza ou não da mesma premissa – e também os fundamentos ou contrapartidas que terão estado na base de tais chorudos subsídios, mas seja como for, tudo isto me soa a uma certa cumplicidade económico-política. E, em face disso, não posso deixar de exprimir uma certa reserva e reprovação.


Observação inteligente, de um anónimo, que apareceu no site do PDR – “ Não sei o que uma novela poderá influenciar a ideia do que é a Madeira visto que em todas as novelas é tudo representado, e tb não sei onde se encaixa no Projecto Democracia Real.”

Mas o comentário do David Garcia, vai mais longe: “Uma novela é apenas uma novela. Não tem nada de mais! Eu nem vejo novelas, nem irei certamente ver. Tenho mais que fazer. Uma novela não se encaixa em nenhum programa político ou projecto político. É apenas uma novela. E aqui ninguém nunca disse mal da Madeira, muito pelo contrário. Agora é verdade que há limites. O Presidente do Governo Regional tem tanto de coisas boas como coisas que não cabem na cabeça de ninguém. Muitas vezes, enche-se de ridículo à frente das câmaras da comunicação social. Mas, enfim”

O que certamente não terá visto o David é que existe mesmo um projecto político – que é o das bocas – as do Alberto – poderem ainda ser ainda mais ouvidas , badaladas e repetidas - E, depois, os colonialistas do continente, que se lixem! Que paguem à factura! - É assim que o Barão das Ilhas vê a política à sua maneira!

GRUPO PRISA - O GIGANTE QUE VIVE HORAS DIFÍCEIS

É claro que as massarocas ofertadas – além da promoção ao “inimputável” - também darão muito jeito à PRISA, como se poderá ver adiante, que vive a maior crise e angústia dea sua existência. Daí talvez o matar ao mesmo tempo dois coelhos com a mesma cajadada!

El gigante de la comunicación en España, el grupo PRISA, vive horas difíciles. Su deuda con los bancos es estratosférica: más de 5.000 millones de euros. Y ello después de haber vendido su patrimonio inmobiliario (las sedes de Madrid y Barcelona tanto de la cadena SER, el emblemático edificio de la Gran Vía ,como de El País). Esto para cualquier empresa supondría una situación definitiva y sin remedio.”



terça-feira, 28 de abril de 2009

RTP- MÁRIO SOARES NO PRÓS E CONTRAS – A CORAGEM DE DIZER VERDADES INCÓMODAS – CORRE O RISCO DOS PATRÕES DOS MIDIA O INDEXAREM NA LISTA DOS MALDITOS!

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Mário Soares continua igual a si próprio – É das tais pessoas em que a idade não é sinónimo de velhice ou decrepitude física e intelectual. Pelo contrário, vê-lo ontem à noite, NO PENSAR PORTUGAL, nos Prós e Contras, de Fátima Campos Ferreira (o melhor programa da RTP), é estar perante um homem extremamente lúcido, que transmite uma longa experiência de vida e de intervenção nas causas mais nobres em prol da comunidade; é a demonstração da confiança, do saber e a certeza de que, nos conturbados tempos de crise, de descrédito e desesperança, ainda há vozes que merece a pena serem ouvidas! – Mas é sobretudo também uma lufada ainda fresca e renovada do espírito de Abril – É acreditar que os políticos profissionais, aqueles que fazem dos seus ideias um verdadeiro sacerdócio, não nos desiludem e têm a coragem e a frontalidade de dizer o que pensam. E, como tal, devem continuar a merecer o respeito, a confiança e admiração geral dos cidadãos.

Porém, Senhor Doutor Mário Soares, acautele-se!

Senão qualquer dia corre o risco de não o convidarem para as televisões ou de não lhe publicarem os seus artigos Ainda o não fizeram porque (mesmo havendo quem não goste de lhe ouvir certas verdades), as suas palavras não ecoam no vazio! São respeitadas e sobem as audiências. Os donos das Tvs e dos jornais, mesmo que não gostem das suas denúncias, têm mais a lucrar que a perder - É que o seu nome e prestigio, mantêm-se num patamar muito alto! - Inalterável! - contrariamente a outros políticos - cuja imagem se desgastou . Além disso, as suas palavras constituem também as tais “florezinhas” , a que se que referiu, com as quais atenuam a falta de rigor e a qualidade de muita da sua informação.

Pois já deve saber que, nos tempos que correm, a informação rigorosa e imparcial, a que temos direito, que a Constituição nos consagra, aquela que a opinião pública devia conhecer, não é propriamente a da verdade objectiva, a dos factos reais e verdadeiros, mas a de uma certa verdade fabricada, instrumentalizada! - A da manipulação, manifesta e deliberada; a da acusação gratuita e dirigida. A que vai ao encontro de agendas partidárias - A sensacionalista: aquela em que prevalece mais a emoção do que a razão! - Esta é que é verdadeiramente comercial!

Dizer numa TV ( mesmo pública) que existe um conluio, entre a Justiça e a comunicação social, que "a justiça é lenta e não funciona tão bem como poderia funcionar", que "as fugas de informação de inquéritos que estão a decorrer vão parar directamente aos jornais", e que,"toda a concentração da comunicação social, está nas mãos de meia dúzia de grupos económicos", como compreenderá, distinto e corajoso português, isso é uma heresia! É uma verdade politicamente muito incorrecta, senão mesmo uma ofensa, uma afronta aos patrões das televisões e dos jornais, que, jamais, assumirão certas cumplicidades e promiscuidades com alguns sectores (corruptos ou irresponsáveis) do poder judicial, com os agentes judiciários que prevaricam, que estão em conluio com certos interesses políticos e económicos - Que estão mais apostados em queimar nomes e reputações, em dar azo a julgamentos populares na praça pública, de que investigar, apurar a verdade dos factos e a que se faça justiça.

Veja lá, pois, no que diz! Pois ainda pode ser tomado como mais um dos "pressionários" sobre os jornais e sobre os paladinos que alimentam a gula dessa mesma comunicação social! Tanto esses como os que violam o segredo de justiça e os seus receptadores, jamais aceitarão que alguém ouse fazer tais denúncias! - Toda a gente sabe que isso é uma realidade indesmentível mas nenhum desses intervenientes ficará satisfeito que lhe lancem à cara tais verdades! Tal como o facto de afirmar - "salvo honrosas excepções" - , que "os jornalistas fazem o que os directores lhes mandam, porque têm medo de perder o emprego" e que as alternativas são exíguas.

Sr. Dr. Mário Soares: desculpe a força de expressão; sei que jamais deixará de exprimir , com sinceridade, as suas opiniões. Porém, permita-me que lhe diga: não volte a dizer esses “disparates” ou “verdades absurdas! Nem tão pouco a dar a subentender que, estar excomungado por um dos patrões dos jornais, ser despedido por não agradar aos seus desígnios, por não ir ao encontro da suas orientações ou que a liberdade de expressão é algo ali muito condicionado - pese as tais “florezinhas de um ou outro artigo” para disfarçar as noticias negativas, para mostrarem que são pluralistas, é ficar excomungado por directores e donos de todos os jornais e televisões. É correr o dilema de não voltar a exercer a actividade. Num universo tão restrito - é um perigosos desafio! Em que todos esses arautos (desde as direcções às administrações) embora se gladiem em cada um chamar a a si a melhor fatia do bolo publicitário, conquanto se envolvam na mesma corrida desenfreada pelas audiências, há, no entanto, pontos comuns, em termos de convivências e conivências partidárias, em que, todos partilham e se entendem, perfeitamente bem: quer nas suas orientações editoriais, quer no que toca a repetirem as mesmíssimas noticias e manchetes!

Ousar dizer o contrário: é não estar em sintonia ou concordância (é trair) os quadrantes ideológicos com os quais essa gente se identifica.

Apreciei muito as suas palavras! Tudo o que afirmou, são verdades irrefutáveis! que só as não reconhece quem o não quer - tão evidentes e inegáveis, elas são! - Claro que há quem não goste de as ouvir, mas esse problema, é deles e não seu!

Confesso que também gostei das perguntas inteligentes - e das observações - da moderadora. É realmente uma brilhante jornalista - que honra a classe e prestigia o canal público. E que até na escolha das personalidades convidadas, desta vez foi muito feliz. Cada uma à sua maneira, deu um ótimo contributo democrático- Nomes como, Mário Soares, Leonor Beleza, Anacoreta Correia, e o académico Sampaio da Nóvoa, todos eles são realmente bons comunicadores. Notáveis figuras! Com um estatuto e um passado de prestígio e de mérito, cuja palavra é ditada pela experiência e pelo conhecimento. Acho que não foi um tempo de antena perdido - Sem dúvida, uma boa forma de Repensar Portugal - nalguns dos temas mais candentes da actualidade - 35 anos após o 25 de Abril. « ««

segunda-feira, 27 de abril de 2009

PRISA EM PORTUGAL ATACA SÓCRATES E EM ESPANHA APOIA ZAPATERO - REI JUAN CARLOS RECLAMA IMPARCIALIDADE










"Las empresas, al contratarles, condicionan la línea editorial y los contenidos. Probablemente sea lo acertado a nivel empresarial, dado el cainismo reinante en la sociedad española, pero es una tragedia para aquellos periodistas de raza, independientes, que apuestan por el rigor a la hora de informar... una pequeñísima minoría entre los periodistas todavía en activo, me temo."

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Olha que ricos! - Os lautos banquetes atenuam as diferenças de poder e colocam-nas ao mesmo nível - Moniz e Polanco, numa boa jantarada, na Ilha do Sr. Jardim, onde foram buscar umas "guitas" a pretexto de uma tal Flor do Mar.Tudo em família!
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DIFERENÇAS DE PONTOS DE VISTA SOBRE PLURALISMO E ISENÇÃO - MAS EM ESPANHA AINDA HÁ PELO MENOS QUEM LEVANTE A VOZ E FAÇA AS DENÚNCIAS OU ASSUMA O ARBÍTRIO

El Rey reclama a los periodistas "veracidad e imparcialidad" - “Polanco explica por qué el Grupo PRISA no puede ser neutral" - Os pormenores estão na Net - e também outras questões, afins preocupantes

Queridos colegas:

Las últimas noticias que conocemos sobre numerosos despidos en varios medios de comunicación –algunos tan relevantes como los pertenecientes a los grupos Zeta y Prisa- vienen a confirmar lo que nos temíamos: los periodistas seremos las primeras víctimas de la crisis que ya azota el sector. Según nuestros datos, en un mes, se han perdido alrededor de un millar de puestos de trabajo y lo más grave es que todo indica que esto es sólo la punta de un iceberg que irá emergiendo en los próximos meses.

Como estoy segura de que pensáis, como yo, que no podemos permanecer impasibles y cruzados de brazos, os propongo que empecemos a tomar medidas para estar atentos y afrontar de forma coordinada esta preocupante situación.”
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El País es por hoy sólo un fragmento del mayor grupo medial de habla española. La redes de Prisa, cada vez más fuertes y nutridas, lo tienen es una áspera disputa con el gobierno de Zapatero, por la entrega de las señales televisivas. "Una política comunicacional marcada por el oportunismo y la falta de estrategia", dijo el Consejero Delegado de Prisa, Juan Luis Cebrián, el hombre fuerte del Grupo. Pero más importante que esta pelea política, es el cambio estratégico que prepara este medio, con una clara mirada a Latinoamérica. Además del rediseño, los españoles potenciarán las ediciones fuera de la península Ibérica, hará una reformulación de contenidos para conquistar nuevas audiencias y además se concentrará en internet!"
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O CONCEITO DEMOCRÁTICO NOS ESPANHÓIS ESTÁ MAIS EXTREMADO E TAMBÉM MAIS CLARIFICADO - PARECE QUE LÁ, NINGUÉM TEM MEDO DE CHAMAR OS BOIS PELOS NOMES - E ATÉ DE PÔR UMA BOMBAZITA PELOS MAIS RADICAIS

Não é nenhuma mentira que os “nustros irmanos“ donos de um dos mais aguerridos grupos multinacionais, compraram a TVI/Media Capital, apostados em encostarem-se ao poder dos cifrões e tirar daí o maior proveito possível através de fortunas da publicidade. Há quem diga que a “química com os socialistas espanhóis” já foi melhor nos tempos do “casamentero” Filipe Gonzalez, mas nada que se compare ao que se passa com as hostilidades movidas contra os socialistas portugueses e o Secretário-Geral, José Sócrates, actual Primeiro-Ministro
- É que, lá, quem lê o El País, não lê o El Mundo - Ainda há, pelo menos por enquanto, essa possibilidade de escolha. E as traições pagam-se caras - Só que o capitalismo ( que controla os mídia)em ambos os casos) não consegue ser objectivo, isento e não tem vergonha.

Manuel Polanco, sucedeu a seu pai, Jesús Polanco e é hoje o homem forte do Grupo Prisa. E, segundo dizem os entendidos, o filho Manuel, ainda é mais esperto e determinado para os negócios do que o pai. E até mais implacável quando o contrariam nas suas estratégias. E parece que é justamente o que está a passar-se com a vingança a José Sócrates, que Polanco acusa de lhe ter estragado um grande negócio (o das transmissões da liga de futebol) em favor da RTP - Mas, seu pai, pelos vistos, também não terá deixado as melhores recordações - Dizia-se que, aos jornalistas e demais trabalhadores, em regime de avençados, exigia a maior vassalagem e submissão . - Estavam muito condicionados! Se não cumprissem com as orientações das chefias, eram liminarmente despedidos. Mas agora parece que ainda é muito pior!

Ontem, no Rossio, em Lisboa, encontrei-me com um jornalista que trabalhou para o El Pais. Veio para uma curta estadia de férias.. Tem 24 anos. Não se sentiu bem, naquele jornal do Grupo Prisa, despediu-se e mudou de empresa. Diz que está agora muito melhor. Só lá esteve seis meses mas frisou que é um tempo para esquecer! Pagavam-lhe apenas 300 euros mensais pelos seus artigos, que nem sequer dava para o quarto que alugara em Madrid. Se não fosse ajuda dos pais, seria impossível ali viver. E, segundo me descreveu, o ambiente nas redacções é de cortar à faca. A liberdade de expressão é muito condicionada. Tem que se cingir a orientações políticas. Malhar nuns e elogiar outros!

O fundador da Prisa, Jesus Polanco, pese o seu passado franquista, encostou-se aos socialistas espanhóis, nos bons tempos de Filipe Gonzalez, porque era quem estava no poder e também porque o então secretário-geral de PSOE - espreitando a oportunidade de ter ali um poderoso apoio para o seu governo - lhe facilitou grandemente a expansão da empresa. Não se importando, Jesús, de dizer “qué el Grupo Prisa no puede ser neutural” - Há um vídeo no Yutube que traz justamente o registo destas palavras. E muitos mais casos de espantar!

Pelo que se depreende, a ideologia dos milionários da Prisa, são os seus interesses no grande mercado do capital e não tanto a boa informação. Em Espanha, agora, ainda estão ao lado do partido que está no poder, mas já se admite que, Manuel Polanco, depois da queda de Zapatero, seja muito capaz de se passar imediatamente para o PP, com o qual, aliás, já tem melhores relações que as que existiam antes da morte de seu pai. - Por cá, depois daqueles primeiros receios e alaridos iniciais de que, a milionária família dos Polancos, se colassem aos socialistas, hoje, qual o partido da direita que pensa nisso? - Até o barão das ilhas - que, naquela altura da transição da TVI/Media Capital, de Paes do Amaral, para a Prisa, tanto vociferara !- já se rendeu totalmente aos telejornais e às orientações do Moniz e da Manela! - Mas também há outras explicações (superiores)que ficarão para o próximo post.

EDUARDO MONIZ E SUA MULHER MOURA GUEDES - UNIDOS NAS MESMAS AMEAÇAS AGRESSIVAS A JOSÉ SÓCRATES! - QUEM ASSIM REAGE É PORQUE PENSA QUE TEM O REI NA BARRIGA - E ATÉ O PODER DE JULGAR DOS TRIBUNAIS!

Imagine-se, até onde vai arrogância, o despudor e a pouca vergonha! - Sim! Pois onde é que já se viu um órgão de informação a ripostar a um governo - democraticamente eleito - utilizando o seu espaço informativo para clamar à opinião pública: nós é que temos razão! Nós é que somos os bons! Os nossos jornalistas não erram! São impecáveis! Aqui todos somos imparciais! Sócrates é que que é um malandro! Vai responder nos Tribunais!” - Ao menos tenham a coragem de assumir as vossas opções políticas - ou da cor do vil metal. E não tentem lançar poeira aos olhos de quem ainda tem olhos na cara para ver!

Como se não bastasse, ei-los na mais descarada e agressiva cruzada, a fazer idênticas ameaças em entrevistas sucessivas, aos jornais da direita! “Vamos avançar com um processo-crime por difamação. É um ataque a uma equipa de pessoas que trabalha apenas pela verdade e que faz investigação. Parece que sempre que isso acontece incomoda o poder. Se um jornal vive da sua credibilidade e seriedade, tudo o que ele [PM] disse foi para tentar descredibilizar. Nunca vi semelhante coisa numa pessoa que tem o cargo que tem. No ‘Jornal Nacional de 6.ª’ trabalhamos para levar às pessoas a versão dos acontecimentos com verdade e rigor. E vem uma pessoa, com o cargo que ele [PM] tem, dizer aquilo numa entrevista à RTP.” Palavra sábias e comedidas de Manuela Moura Guedes, ditas ao Correio da Manhã.

domingo, 26 de abril de 2009

DN E EXPRESSO JÁ DENUNCIARAM A FLASIDADE DO VÍDEO MAS A TVI DOS POLANCO & COMPª INSISTE NA MANIIPULAÇÃO E NA MENTIRA

Imagem de taringa.net
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Finalmente começa a notar-se algum bom senso da imprensa mais responsável e de referência – Primeiro, o Diário de Notícias; agora o semanário Expresso, com a seguinte notícia: Charles Smith mentiu sobre Sócrates".


Charles Smith "confessou ter inventado que José Sócrates tinha recebido um suborno através de um primo", escreve o semanário, salientando ainda que "ao desmentir ter subornado o primeiro-ministro, Smith assume a calúnia, mas livra-se de uma possível acusação de corrupção activa

Nas quatro vezes que foi inquirido, entre Janeiro e Julho de 2007, o antigo consultor do Freeport, negou ter subornado José Sócrates. O jornal Expresso adianta ainda que, no extenso relatório produzido pela equipa de advogados que veio a Portugal ouvir Smith, é referido também que não houve levantamentos em dinheiro da Smith&Pedro, como diz o famoso DVD que terá registado uma alegada conversa entre o consultor escocês e o administrador inglês Alan Perkins. Excerto extraído de: http://noticias.pt.msn.com/article.aspx?cp-documentid=16368837

MAS A TVI INSISTE NA CALÚNIA - E DEVIA SER RESPONSABILIZADA

O patrão Moniz apareceu há dias nos ecrãs dos canais da TVI a ripostar de forma azeda, excessiva e agressiva a José Sócrates. Quanto muito poderia limitar-se a um mero comunicado formal mas optou pelo confronto. Aliás, também já uma ocasião teve idêntico comportamento com Cavaco Silva. As pessoas mal formadas e arrogantes são sempre assim. Optam pela agressividade e pela ameaça. Este tipo de gente é perigosa – só respeita o patrão. Disse que o Telejornal Nacional só transmite factos. Assumiu-se como o responsável das notícias transmitidas. Mas de que factos?! Mentiras e calúnias! – Ou o Sr. Moniz quer obrigar o Sr. Semith a insistir na mesma falsidade, quando ele já a denunciou?!– E, sobre isto, nem uma palavra à mudança de atitude do inglês. Pelo contrário, Opta-se por continuar a lançar poeira e insinuações, baseadas nas suas “fontes credíveis” – Mas que fontes?! - Da Polícia Inglesa, que elogiam e que diz a TVI que pode fazer “melhor serviço de que a portuguesa”?! - Seria então menos rígida?! – para vos oferecerem informações! – Essa cabe na vossa cabeça mas não em quem já se habitou às vossas atuardas.

Acham os senhores da TVI que, pelo facto de mandarem uma vossa jornalista, para se mostrar à porta do edifício da Polícia ou de outro organismo judicial, isso, só por si, é o bastante para convencerem todos os vossos telespectadores que alguém ali vos tenha passado cartucho?! – Ainda por cima para a televisão de um Grupo cujas práticas começam a ser já bem conhecidas e contestadas em toda a parte! - Reincidem nos mesmos erros e nas mesmas calúnias?! – Aliás, foi em Inglaterra (diz-se) que mais resistência a Prisa terá encontrado contra a compra ali de um jornal.

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Mesmo que venha a confirmar-se de que, Semith, tenha cometido actos corruptos ou de desvios de dinheiros na sua empresa – e essa possibilidade não pode ser descartada para quem quis construir um álibi – tal, porém, só por si não atesta ou justifica que os dinheiros desviados ou eventuais falcatruas fossem parar aos bolsos de José Sócrates. Há tantos abusos de confiança: a começar pela própria TVI sobre a boa fé dos seus telespectadores.
A menos que essas provas surjam documentadas - E até agora ninguém as mostrou. Se as tem a TVI - Então que no-las mostre! - Não basta acusar - Mas é preciso provar!

sábado, 25 de abril de 2009

DO PORTUGAL PROFUNDO AOS SÍTIOS ONDE ALGUNS CLÃS DA DIREITA LAVAM A SUA ROUPA SUJA - AGORA QUEREM ASSINATURAS!

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«blogdopolcia.br

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imagem do blogue: malaviada
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AGORA ALGUNS DOS MAIS AGUERRIDOS ACTIVISTAS DESSES SÍTIOS TÊM UM DILEMA E UMA LUTA: PRECISAM DA SUA ASSINATURA PARA UMA PETIÇÃO CONTRA JOSÉ SÓCRATES OU UMA CANDIDATURA QUE LHE TIRE VOTOS!

MEMBROS DE UM DESSES FAMOSOS "CLUBES INTERNAUTAS" SUBSCREVEM O DENOMINADO "MOVIMENTO PARA A DEMOCRACIA DIRECTA" - QUE RAPIDAMENTE JÁ SE DISSEMINOU POR MUITOS MAIS - MAS PARECE QUE TODOS ELES ANDAM DESESPERADOS PORQUE SÓ LHES APARECE UMA CANDIDATA...

A direita (não só, mas sobretudo esta)num desses mediáticos espaços, tem ali um herói – um tal professor Caldeira – Confesso que não sei como lhe sobra tempo para a sua actividade docente. Mas isso é lá com ele. O que me parece é que o frenético bloguista passa horas infinitas ao computador para liderar as mais odiosas campanhas contra José Sócrates. E, obviamente, quando algum sítio surge na blogosfera, de autoria de uma certa direita bufa, demagógica (e tem sido muito activista)imediatamente é referenciado nos jornais dos media capitalistas e até secundado – Publicidade gratuita não lhes falta! - Por onde querem que apareçam, grandes punhados de “moscas” esfomeadas, caem nesses sítios, como que atraídas por a mesma peçonha: é o espírito mesquinho, bufo e perverso que imediatamente ressurge (como que por empatia da chusma ou do grupo) nalguns estratos, ainda mergulhados num certo Portugal Profundo, pseudo-intelectual, travestido e salazarento. Claro que, não posso entrar no domínio das generalizações: até porque, nesses espaços mediáticos, há muito quem aproveite a deixa para fazer valer os seus comentários e pontos de vista - perfeitamente respeitáveis! - Eu próprio também já inseri alguns - Se bem que, porque não vão ao encontro do "espírito da clã", mais deles sejam logo apagados.

A grave crise económica actual é consequência das políticas selvagens e belicistas dos partidos e sistemas neoliberais à escala global – Mas esta é uma realidade que, umas quantas esclarecidas mentes, herdeiras de um certo espírito tacanho, míope e conservador, não assumem. Preferindo apostar na provocação e no insulto gratuitos.

São as apregoadas pressões que José Sócrates “exerceu nos directores do público e na Renascença”; as badaladas “pressões que José Sócrates fez aos magistrados”; a orientação sexual do primeiro-ministro; as suas habilitações académicas; a especulação à volta do Freeport - Estes alguns dos muitos exemplos, em que o referido bloqueiro, em sucessivas campanhas e ataques, ali se tem especializado.

Agora lidera uma petição on-line para que não votem em Sócrates, como represália do Primeiro-ministro de lhe ter movido uma queixa-crime por abuso de liberdade de expressão. É claro que a queixa parece ter ficado em águas de bacalhau - Dize-se que o Ministério Público a arquivou . Era de esperar... Se fosse ao contrário, talvez tivesse andamento. E, se assim não fosse, talvez muita direita moderasse a boca.

Tem assessora-lo, um tal palavroso advogado da nossa praça, que, onde lhe cheire a mediatismo, lá está o inquieto douto para soltar palavra e dar nas vistas: desde a defensor oficioso dos crimes de pedofilia ao distante julgamento a Sadam, a cujo mediatismo quis colar-se, com o falacioso argumento de ter sido convidado para defender, o então, já mais do que condenado ditador. Filho de um polícia, parece tornar-se naquele exemplo típico de que, quem sai aos seus, não degenera – Já que, quer no estilo quer nas estratégias, evidencia um certo pendor para as tácticas de perseguição policial. Só que, pelos vistos, não é das mais bem sucedidas – porque não me consta que daí tenha obtido grandes êxitos profissionais – E é o desfecho que terá, inevitavelmente, a “petição, em que é seu principal co-autor e subscritor, contra o Primeiro-ministro, Ministro, José Sócrates – Uma vez que, como é sabido, campanhas que fomentem a calúnia e o ódio, junto do povo – e este não é parvo, para distinguir o trigo do joio - estão condenadas à partida; está mais que provado de que não produzem grandes resultados nem se revelam as estratégias melhores conselheiras
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GRUPO PRISA - DEPOIS DAS GUERRAS POR DIREITOS DE TRANSMISSÃO DO FUTEBOL, PERSEGUIÇÕES POLÍTICAS, CONFLITUALIDADE LABORAL - GRANDE NAUFRÁGIO À VISTA?

Até a lendária figura de Che Guevara não escapou às diatribes dos burgueses do Grupo Prisa

Não pretendo fazer deste blogue qualquer tipo de campanha contra ou favor do Grupo Prisa - Mas considero que a sua presença em Portugal (que raramente merece qualquer reparo ou crítica dos grandes mídia, que lhe são subservientes), pela expressão que ocupa no espectro no panorama da comunicação social, deve merecer atenção especial -Tanto assim que, à medida que pesquiso, através da Internet, o seu passado e a sua actividade presente, maiores são as surpresas e inquietações que se me deparam! - Estes senhores, culpabilizam, atacam, perseguem, quem lhes dá na real gana, arvoaram-se em moralistas e justiceiros, acho que também temos o direito de saber como se comportam em termos empresariais e o que lhes vai dentro de casa.

No post de ontem, referia-me à situação dos trabalhadores - parte dos quais, pelos vistos, não só temem pelo seu futuro, como se dizem sujeitos a um certo terror de intimidação e de silêncio por parte dos seus patrões. - Isto - pese o facto de, aparentemente ( pelo menos que se saiba), tais ameaças ainda não terem batido à porta das empresas que O Grupo detém no nosso país - No entanto, poderá constituir-se já como um factor de perturbação no ambiente das suas redacções. E ser talvez um dos aspectos da explicação para a controvérsia e clima de alarmismo que muitas da suas noticias, desde, há algum tempo, têm vindo a provocar..

De facto, por cá, e até agora, o alvo da sua fúria continua a ser o Primeiro-ministro José Sócrates - Não há semana alguma em que o disco se não repita - até à náusea., à exaustão! Ou melhor- até ao descrédito! E, ao que se depreende, a origem desta perseguição poderá ser a mesma que já se verificou noutros países - Ou seja: podendo também estar relacionada com os direitos de transmissão de futebol onde Prisa não logrou os seus intentos. . A transcrição do artigo que, mais adiante, tomo a liberdade de transcrever, parece dar-nos algumas pistas importantes nesse sentido.

Como já tive ocasião de dizer, noutro post, a animosidade contra José Sócrates, poderá ter sido desencadeada a partir das reacções de Manuel Palanco, por ter perdido o concurso dos direitos de transmissão das duas temporadas em sinal aberto um jogo por jornada da Liga Sagres . Tendo então a TVI perdido “uma das principais bandeiras da sua audiência para a estação pública.”

Polanco e Moniz reagiram com dura agressividade, culpabilizando a tutela pela perda dos referidos direitos. E, ao que parece, tais reacções, não constituem novidade no historial dos comportanentos deste Grupo. Tal como se poderá inferir, mais adiante, entre outras informações oportunas.

Entretanto, convirá reflectir que até a própria imagem de uma das figuras, mais emblemáticas da revolução progressista na América Latina, já foi vilipendiada, conforme diz o artigo de Carlos Morais, cujo excerto transcrevo

A INFÂMIA DO GRUPO PRISA CONTRA CHE GUEVARA
http://www.primeiralinha.org/destaques9/pris.htm

O jornal espanhol de referência do poderoso Grupo Prisa, El País, publicou um editorial difamatório e ofensivo contra o Che Guevara, que adensa boa parte da carga ideológica dos chamados "democratas" espanhóis, empenhados em atacar e atalhar qualquer esperança de mudança real na América Latina.

Coincidindo com o quadragésimo aniversário do assassinato do Che Guevara na Bolívia, a passada quarta-feira 10 de Outubro o buque insígnia do grupo PRISA, o jornal “El País” publicava um editorial imundo sob o título “Caudillo Guevara”.
O grau de ignomínia, de manipulação de perversão, à hora de valorizar a vida, trajectória e legado do Che atingiu tal magnitude que poucos dias depois o próprio diário se viu obrigado a reconhecer na secção do “Defensor do leitor” que as considerações incluídas geraram “o maior protesto dos leitores”

GRUPO PRISA E A GRANDE CAMBALHOTA?

"Grupo PRISA cambaleia
A crise bate à porta do El País

http://odiario.info/articulo.php?p=1099&more=1&c=1

Este o titulo de um artigo publicado pelo Diário.info, publicado no passado dia 27 de Março, de autoria de Pascual Serrano.

“Os donos do grupo espanhol PRISA, proprietário da portuguesa TVI, para além de pretenderem criar o grande empório que criaram, “quiseram – e necessitavam-no para continuar os seus negócios – de governar em muitos lugares sem se apresentarem a eleições.” Para isso, particularmente no que se refere à América Latina, a PRISA adoptou uma “linha editorial (…) de agressividade permanente contra os governos progressistas que superou os media tradicionalmente da direita”.
Hoje, com dívidas à banca superiores a 5.000 milhões de euros, a PRISA encontra-se à procura de comprador para parte dos seus activos, afim de pagar os “1.950 milhões de euros que se vencem dia 31 de Março” próximo.”

É sobejamente conhecida a grave situação que o sector dos meios de comunicação está a atravessar. Uma crise que não se limita às pequenas e médias empresas, mas que está a abanar até o gigante espanhol da comunicação, o grupo PRISA. Os números são eloquentes: ao longo de 2008, o valor das suas acções desvalorizou 80%. O seu lucro líquido (83 milhões de euros) diminuiu 56,98%. A empresa suspendeu o pagamento de dividendos aos seus accionistas, o que sucede pela primeira vez desde que foi admitida a cotização na bolsa em 2000. Além disso, PRISA tem uma dívida de 5.000 milhões de euros, dos quais deve devolver antes do final do mês de Março quase dois mil milhões.

Criada em 1985, PRISA (Promotora de informações, sociedade anónima) é o primeiro grupo de Espanha de comunicação, educação, cultura e entretenimento. Está presente em 22 países e chega a dezenas de milhões de utilizadores através das suas marcas globais: El País (diário), 40 Principais (rádio), Santillana ou Alfaguara (editoras), etc. Em Espanha, a sua implantação assenta na televisão (através de Sogecable, sociedade absorvida em Dezembro de 2008 pela PRISA), no canal Cuatro (aberto), e a Plataforma Digital + (paga) [1]; Na rádio, com a Cadena Ser é líder da audiência [2].

A sua presença em numerosos países da América Latina, Portugal e no crescente mercado hispano dos Estados Unidos proporcionaram-lhe uma dimensão ibero-americana, e abriu-lhe um mercado global de mais de 500 milhões de pessoas, o que a converteu num agente político influente, não apenas em Espanha mas também no continente americano.

As suas acções estão cotadas nas quatro bolsas espanholas (Madrid, Barcelona, Bilbau e Valência) através do mercado contínuo, desde Junho de 2000. O accionista de controlo da PRISA é o grupo Timón, fundado em 1972 por Jesus Polanco (falecido em Julho de 2007) e Francisco Pérez González, e propriedade das famílias de ambos. O grupo Timón, de forma directa ou através da sua posição na Promotora de Publicações (Propu), controla mais de 60 por cento do capital da PRISA. Propu é o primeiro accionista do grupo com 44,53% das suas acções e Timón possui 18,47%. Os participantes da Propu são, fundamentalmente, os fundadores do diário El país e o seu envolvimento familiar [3].

Durante os nove primeiros meses de 2008, a divisão audiovisual foi responsável por 52% dos proventos da PRISA, em comparação com uns 12% da imprensa, 1% da Internet e 10% da rádio. Os livros e a educação, base da fortuna da família Polanco, atingem os 16% dos proventos. Mas todos os media impressos de PRISA reduziram a sua contribuição para as receitas do ano passado, encabeçados pela sua empresa bandeira, El País, com uma queda de 8,7%. Apenas se salvaram as revistas com as contribuições das portuguesas da Media Capital [4]. Os resultados enviados pela empresa à Comissão Nacional de Mercado de Valores correspondentes ao período Janeiro/Setembro de 2008, já reflectiam que o diário viu cair em 18,2% as suas receitas publicitárias para os 127 milhões de euros [5]. E ainda que aquele diário, que fechou o ano passado com 431.034 exemplares [6], 107.665 exemplares à frente do seu imediato concorrente directo, sofreu uma queda de mais de 4.000 exemplares em relação à média obtida no exercício anterior, ao passar de 435.083 a 431.034 exemplares.

A todo-poderosa Ser também reduziu a sua quota, afectada pela queda do investimento publicitário que também sofreu o líder da rádio [7].

A PRISA e o seu projecto de televisão paga começaram o seu declive no confronto com o governo de José Maria Aznar e a «guerra do futebol». Onze anos depois da emissão dos partidos ter sido declarada de interesse geral, a PRISA viveu outra guerra do futebol com a Meiapro e sob um governo socialista. O desenvolvimento da Internet, as novas licenças de Televisão Digital Terrestre (TDT) pagas e o fim do privilégio dos direitos da emissão do futebol, por imperativo da Comissão Nacional da Concorrência, deixou a Digital+ sem a sua principal razão de existência.

Já em Julho de 2008, o banco estadounidense Citigroup difundia um relatório demolidor sobre a PRISA em que recomendava não comprar as suas acções e reduzia em 34% a sua previsão de lucros em 2008 e em 51% em 2009, devido ao abrandamento do mercado publicitário em Espanha [8].

Outra agravante foi a Internet não ter sido um campo que a PRISA tenha sabido desenvolver. O grupo recebe dos negócios digitais somente 1% das suas receitas, face a 12% do The New York Times ou 7% do grupo rival Vocento (diário ABC, «Punto Rádio» e Telecinco). O resultado operacional da PRISA.com foi de 350.000 euros em 2007, com uma margem de rentabilidade de 1%. Nos três primeiros meses de 2008 perdia 2,27 milhões de euros apesar de um aumento de 27,7% dos proventos [9]. Entre os analistas dos meios de comunicação, espanhóis e estrangeiros, destaca-se que a PRISA tem um modelo de negócio muito baseado no pagamento de conteúdos (Digital +, diários) e onde a publicidade só representa cerca de 30% das receitas. Alguns peritos acreditam que uma das suas principais debilidades é a falta de um modelo de negócio sustentável para os seus meios na Internet, um desafio para toda a imprensa. Ao contrário dos fracassos da PRISA ou do do The New York Times, com negócios digitais baseados só em publicidade, outros meios como o Financial Times conseguiram manter ou aumentar a sua facturação, graças a modelos de pagamento freemium [10] ou de serviços na Internet. Por outro lado, El País teve o fracasso do encerramento da sua web paga em 2002 e do seu regresso à gratuidade em 2005, o que foi aproveitado pelos seus concorrentes na Internet. O resultado é que a mesma vantagem que possui o El País sobre o El Mundo em papel é a que tem sobre o primeiro na versão digital.

Mas o verdadeiro problema da PRISA é a sua dívida, que atinge, segundo os analistas, cerca de 5.000 milhões de euros… Apesar de a PRISA ter apresentado, em 19 de Fevereiro passado, nas páginas do seu diário El País [11] uma versão muito suavizada dos seus resultados em 2008, a realidade (ocultada aos seus leitores) é muito mais sombria: a queda do lucro líquido foi de quase 57% em 2008; confirmou-se o endividamento recorde um pouco superior a 5.000 milhões de euros; uma forte desaceleração das suas vendas no quarto trimestre; um mercado publicitário a cair 11,2% (-20,4% na imprensa e -5,3% na rádio); a desaceleração do negócio de televisão paga (-30.000 clientes) e um esfriar da circulação dos diários. É preciso acrescentar que os custos financeiros do quarto trimestre subiram 120% até aos 397,1 milhões de euros. E se o lucro líquido foi positivo (83 milhões de euros) isso deve-se unicamente à venda de imóveis pelos quais a PRISA obteve mais de 226 milhões de euros. Com o anúncio destes resultados, qualificados de «maus, piores do que o esperado» por muitos observadores, as acções da PRISA caíram 8,88% para os 1,5 euros (enquanto o IBEX-35 só perdia 2,6% nesse 19 de Fevereiro de 2009). Quer dizer que o endividamento suportado pela PRISA é sete vezes o EBIT [Earnings before interest and taxes, lucro bruto antes dos impostos] da empresa, um ratio que coloca a empresa num nível de sustentabilidade semelhante ao que têm as entidades de capital de risco, pelo que a PRISA foi obrigada a uma estratégia de desinvestimentos.

Em Maio de 2007, a PRISA teve que deixar a sua casa própria e ir viver numa alugada. Anunciava a venda da sua sede na Gran Via madrilena, bem como o edifício do El País em Madrid (Rua Miguel Yuste) e o da Rádio Barcelona (Rua Caspe) por 350 milhões de euros à sociedade imobiliária Longshore. Com a venda destes edifícios, a PRISA obteve mais-valias de 242 milhões de euros, destinados a reduzir a dívida do grupo. Ao mesmo tempo que assinou o acordo de venda destes edifícios, a PRISA subscreveu um contrato de arrendamento de determinados espaços destes imóveis que, no caso do El País e da Cadena Ser, terão uma duração de 15 anos prorrogáveis.

Seis meses depois, em Novembro de 2007, fechava a Localia, uma rede e 80 emissoras locais de televisão que funcionava desde o ano 2000 e deixava sem trabalho 300 profissionais. Apesar de sustentar a sua decisão nas «dificuldades e incoerência que apresenta o actual quadro regulador», na «saturação de licenças» de Televisão Digital Terrestre e no «desordenado desenvolvimento do sector, que impossibilitam a viabilidade do projecto», reconhece-se que o encerramento foi precipitado pela crise económica e a derrocada do investimento publicitário, «sem perspectivas de recuperação a curto e médio prazo» [12].

Em Janeiro de 2009, a PRISA anunciava a venda à Akaishi Investments, por 4,1 milhões de euros, da sua participação de 25% no capital da companhia boliviana de Inversiones en Radiodifusión, proprietária na Bolívia da rede de emissoras de televisão ATB [13]. Mais, a Akaishi Investments ficou com opção de compra sobre as acções que o Grupo PRISA tem em Inversiones Grupo Multimédia de Comunicaciones, proprietária dos jornais bolivianos La Razón e Extra [14].

No entanto, toda essa entrada de dinheiro não é suficiente para o que a PRISA necessita. Segunda afirma o Expansión, a PRISA necessita de uma injecção de liquidez para cumprir com o pagamento de uma dívida bancária que se vence este mês de Março e ascende a 1.950 milhões de euros, procedente dos fundos que destinou à OPA sobre a Sogecable, e cujo pagamento já teve que prorrogar anteriormente, em 21 de Julho de 2008 [15].

Entre as saídas possíveis, colocou à venda a plataforma de pagamento Digital+. Apesar de se manterem conversações com vários grupos, desde a France Telecom à Telefónica, nada se concretizou. O mais que se avançou foi negociações com a aliança Vivendi-Telefónica para lhes vender a Digital+ por um preço que baixou de 5.000 para 2.500 milhões de euros, mas sem chegar aos 1.800 milhões de euros que oferece a aliança hispano-francesa.

As informações mais recentes apontam para que o grupo está a desconsiderar a venda da Digital+ por não encontrar um comprador que ofereça o dinheiro esperado, ao mesmo tempo que estuda a venda da editorial Santillana. Foi o que informou o banco Citigroup que dizia que a venda de Digital+ já não é uma opção, e que o passo seguinte poderia ser a colocação de Santillana, segundo publicou o diário económico Negocio. Os candidatos a esta aquisição seriam Lagardère [16] e Pearson [17].

De acordo com os peritos do grupo financeiro Fortis, «se realmente as conversações se romperam e não há acordo à vista para a venda da Digital+, o grupo enfrenta grandes dificuldades para reduzir a sua dívida», ao não haver outro activo da PRISA com o valor deste canal pago. A possibilidade de vender outros negócios, como a Santillana, é complicada porque, tal como está o mercado, será difícil encontrar preços razoáveis. O grupo Fortis assegura que ainda que a PRISA vendesse a editorial, necessitaria de mais dinheiro para encerrar o assunto da dívida [18]. O problema é que a venda da Santillana rondaria os 1.000 milhões de euros, uma quantidade insuficiente para enfrentar a dívida de 1.950 milhões de euros que se vence dia 31 de Março de 2009. Em qualquer caso, as últimas notícias são boas para a Santillana, ao ser conhecido que conseguiu ampliar os seus negócios de livros no Brasil, donde procede já 14% das receitas internacionais da PRISA. O Brasil já foi o país em que no ano passado mais cresceu o negócio da Santillana, só abaixo do Peru. Uma vez mais as soluções económicas da PRISA vêm da América Latina, o que explica as evidentes intencionalidades em que costumam incorrer os conteúdos dos seus media quando abordam a actualidade dessa região.

Ao não conseguir, uma vez mais, o dinheiro no prazo estabelecido, os bancos descartaram entrar para accionistas da PRISA mas terminarão por aceitar uma renegociação da dívida, o que garantirá à empresa de comunicação outros três anos de prorrogação para poder ficar à tona de água. O consórcio liderado pelos bancos HSBC e PNB Paribas, onde também estão La Caja, Caja Madrid e Banesto, aceitaram o plano dos responsáveis do grupo para uma profunda reestruturação do El País em três empresas (conteúdos, impressão e serviços), além da externalização do departamento comercial.

A situação do grupo já criou um grave conflito laboral no seio do diário El País depois de uma decisão do administrador-delegado, Juan Luís Cebrián, de reestruturar o jornal e a empresa. Segundo o seu projecto, o jornal dividir-se-á em três empresas para enfrentar «um processo de convergência redactorial e desenvolvimento de multiprodutos e multimédia». A medida não foi bem recebida pelos trabalhadores que consideram que os debilita como colectivo laboral e terminarão por perder direitos e garantias laborais, inclusivamente abrindo a possibilidade de exportar algumas actividades para fora do grupo. Já se trespassou o departamento de publicidade à empresa Box News Publicidad, o que provocou uma greve nos passados dias 26 e 27 de Dezembro de 2008. A conflitualidade não parou: em finais de Janeiro de 2009, os trabalhadores desconvocaram uma greve que tinham anunciado a partir de 31 de Janeiro, e que foi aprovada por 71% do pessoal. Por fim, o início de uma renegociação com a empresa permitiu a sua suspensão temporal.

As conclusões que se podem tirar da grave situação com que se defronta o maior grupo de comunicação espanhol são muitas e diversificadas, tal como as consequências que daí advirão. Se é verdade que a crise é generalizada no panorama dos media, e que os meios de comunicação estão agora a pagar os excessos do passado – grande parte da dívida contraída foi originada por operações de expansão levadas a cabo durante os anos dourados – um dos erros da PRISA poderá ter sido ter procurado, a todo o custo, um forte crescimento que lhe garantisse ser um agente de poder político em Espanha e na América Latina, o que sem dúvida conseguiu, mas à custa da perda da solidez empresarial. Agora, sem muitos dos favoritismos que obteve em Espanha nos anos 1980, sob o governo de Filipe Gonzalez – especialmente os direitos exclusivos de emissão dos jogos de futebol e o quase monopólio da televisão paga – e com uma linha editorial na América Latina de agressividade permanente contra os governos progressistas que superou os media tradicionalmente da direita, o seu futuro encontra-se mais em perigo que nunca.

Os responsáveis da PRISA, mais do que criar um grande grupo empresarial de comunicação, quiseram – e necessitavam-no para continuar os seus negócios – de governar em muitos lugares sem se apresentarem a eleições. Foi aí que fracassaram. As suas contas de resultados terminaram por depender demasiado de uns poderes políticos a que não se puderam impor. O empório necessitava, para continuar a avançar, concessões de rádio e televisão, exclusividades milionárias para a difusão do futebol, contratos editoriais privilegiados… No final, não foram tão poderosos para garantir tudo isso.”

sexta-feira, 24 de abril de 2009

PRISA IMPOE A LEI DO SILÊNCIO E DA ROLHA AO SEUS TRABALHADORES, QUE ACUSAM O GRUPO DE MENTIR E TEMEM O PIOR


Prisa impone la 'ley del silencio' sobre recortes en As y sus trabajadores ya se temen lo peor 21.04.09 | 18:30.
Imagem e excertos retirados de PeriodistaDigital

Os protestos e a contestação ao Grupo Prisa, têm-se observado em todos os países onde se implantou. Mas, afinal, não passam apenas pela natureza do seus conteúdos informativos e perseguições políticas, mas também pela forma como lidam com os jornalistas e demais trabalhadores. E, a este respeito, os ecos que vêm agora do país vizinho são realmente preocupantes.

O grupo espanhol Prisa, detentor da TVI através da Media Capital, planeia despedir até 2000 trabalhadores em todo o mundo até ao final do ano e vai concentrar todos os meios espanhóis no mesmo edifício, afirmou à Lusa uma fonte da empresa”

Todavia, a gravidade da noticia não é propriamente apenas esta – porque, tal situação, infelizmente, é mais um reflexo da crise internacional . A gravidade passa pelo facto da Prisa impor um regime de silêncio e de terror aos seus trabalhadores, a que não prestam explicações - Estão preocupados com o seu futuro e acusam os seus responsáveis de lhes mentir.

Senão leiam-se as últimas notícias: http://blogs.periodistadigital.com/24por7.php/2009/04/21/prisa-recortes-trabajadores-as-el-pais-9999

Los trabajadores de Prisa están desconcertados. El grupo se desangra lentamente y apenas reciben explicaciones por parte de la empresa mientras se quitan los móviles a los empleados y recorta las colaboraciones y los corresponsales. En la plantilla son conscientes de que los despidos son inminentes.

Hay mucha confusión en torno a la situación económica del grupo. No se han anunciado recortes pero los trabajadores saben que antes o después tendrán que llegar. Tan sólo se ha prescindido de algún trabajador de las ETT y en las próximas semanas se espera que otros compañeros contratados mediante empresas de trabajo temporal le sigan.

Excerto da Notícia, publicada em PeriodistaDigital

Aqui está mais um exemplo de que a concessão ao Grupo Prisa - não de um canal de televisão - mas de dois e de uma cadeia de rádios - acabará , mais tarde ou mais cedo, por revelar-se como um dos maiores erros históricos a nível dos midia em Portugal - Tome o curso que tomar, julgo que a credibilidade poderá ficar inevitavelmente abalada - Pelo menos enquanto tiver à frente da informação e da sua programação ( e ainda na área do audiovisual, que o mesmo dizer comercial) uma personalidade, tão arrogante e sectária, controversa e detestada, como é Eduardo Moniz - e também sua mulher, Manuela Moura Guedes. Vejam-se os géneros de "mimos" que se lhes são disparados em muitíssimos blogues e comentários da blogosfera!

Ou será que estas pessoas ainda não tiveram a humildade de se darem conta de que as perseguições movidas a Sócrates poderão atingir também os milhões de cidadãos que lhe confiaram o seu voto e continuam a confiar nele?!
- Aliás, hoje atacam Sócrates, mas amanhã a vitima poderá ser até de outra área política. Porque, esta gente, é demasiado ambiciosa e sem escrúpulos! A sua ideologia , pelo que se denota, visa apenas servir os interesses dos patrões - a cor do capital! - E o grande capital internacional (com seus senhores e lacaios) já deu sobejas mostras de sobrepor aos governos e às leis dos seus próprios países - Claro que não me estou a referir a jornalistas em particular - porque, como em todas as profissões, há bons e maus jornalistas. Mas às chefias da confiança editorial e empresarial, àqueles que respondem directamente pelos patrões. Mais voltados para os interesses comerciais do que sensibilizados para a verdade informativa.Embora, como diz Ignácio Ramonet, o futuro dos jornalistas, esteja " em vias de indistinção. O sistema já não os quer. Podia funcionar sem eles. Ou,digamos antes, que aceita funcionar com eles, mas atribuindo-lhes um papel menos decisivo: o de operários numa produção em cadeia"