sábado, 4 de abril de 2009

TVI-PRISA - NUESTROS IRMANOS DEL GRUPO PRISA ESTRAGARAM A TVI DE MIGUEL PAES DO AMARAL - SE ESTAVA MAL AINDA FICOU PIOR COM "ASCENCION DEL MONIZ."



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Penso que desacreditaram o canal de Miguel Paes do Amaral - Se a herança que lhe coube do patriarcado e dos colombianos, andava pelas ruas da amargura; se havia quem visse no Big Brother ou na Quinta das Celebridades, a mostra de alguns dos instintos mais básicos do homúnculo da actualidade, pois, bem, os espanhóis do Grupo Prisa (pelos vistos, mais interessados na exploração da publicidade) não fizeram melhor. Pelo contrário, permitiram que um casal de pequenos ditadores, sem regras e sem ética, se apoderasse do comando de um poderoso meio de diversão e de informação, para dar largas à sua prepotência, vaidade e arrogância.

Certamente que, Paes do Amaral, que não teve sucesso na actividade livreira, com a compra e junção de várias editoras, já terá reflectido no erro que cometeu - Por um lado, porque, o seu novo negócio, foi um fracasso; por outro, porque, perdeu uma fonte altamente lucrativa, visibilidade e fama - E quem agora a detém (embora mal amada e vista com desconfiança e descrédito crescentes), são justamente aqueles que, na altura, eram seus empregados ou subalternos e, hoje, são quase mais do que patrões.

Creio que valerá a pena reflectir nalguns excerto do artigo que tomo a liberdade de transcrever, editado no blogue Arraiamiúda, em 9 de Novembro de 2005:

Uma notícia preocupante para a democracia e para a independência deste velho país, ocorre nestes dias em que se confirma que Miguel Pais do Amaral, vendeu a sua participação no grupo de comunicação social MEDIA-CAPITAL, ao conglomerado espanhol PRISA, do obscuro empresário Jesus Polanco. Capaz de transformar a água em vinho, e dono daquela que já foi considerada a maior máquina de mentiras da Europa, desde que a agência de propaganda de Goebbels deixou de emitir em 1945, Polanco é um perigo para a democracia e para as instituições democráticas em Portugal“ .- Era nestes termos, muito causticos, que o autor do referido blogue, se referia à então controversa compra, afirmando:

Controlada a MEDIA-CAPITAL e a TVI por um grupo de comunicação social que faz da mentira, do escândalo fácil, da invenção de noticias e da perseguição política o seu modo de vida, a PRISA, constitui-se assim na maior ameaça à independência nacional desde que as tropas de Filipe II cruzaram a fronteira em 1580“.

Outra das características universalmente reconhecidas a Polanco, é a sua absoluta inflexibilidade.” (…) “Polanco Filho, segue na mesma senda de falta de respeito pelas regras e pelas leis dos países onde a PRISA é autorizada a instalar-se"

E prossegue na sua denúncia, o blogue Arraiamiúda:

Polanco começou o seu império, com o apoio do ditador Francisco Franco, que autorizou alguma abertura nas rígidas leis espanholas no inicio dos anos 60 sobre a propriedade de órgãos de comunicação social (no caso editoras livreiras). Polanco e a sua familia lançam a editora PUBLICACIONES SANTILLANA, e rapidamente se expande, ainda em 1963 à Argentina e em 1968 para o Chile.
Em 1976 Polanco cria o diário El Pais, de tendência liberal centrista e posteriormente é criado o grupo PRISA para acomodar o seu crescente interesse em editoras e distribuidoras de livros. Nas américas é criada em 1972 a SANTILLANA – México e a SANTILLANA USA, em 1977 é criada a SANTILLANA Venezuela, em 1981, o grupo SANTILLANA chega ao Perú e em 1988 à Colômbia.”
Em 1989, compra Constância Editores em Portugal, em 1991 o grupo chega a Porto Rico, em 1992 ao Uruguai, em 1993 à Costa Rica e ao Equador, em 1994 República Dominicana e Bolívia. Em 1994 a PRISA toma uma participação no jornal de extrema esquerda britânico “The Independent”.

Em 1995 a SANTILLANA chega à Guatemala. Em Espanha a SOGECABLE (controlada a 19% pela PRISA) deixa de ser comparticipada pela Telefónica. Em 1997 chega ao Paraguai. Em 1999 a PRISA compra 19% da rede colombiana Caracol e em 2000 dá-se a reestruturação em que a PRISA absorve o grupo SANTILLANA. Em 2001 compra 49.5% da TELEVISA.
O império de Polanco, inclui assim, entre outros meios os seguintes:
Diario español “El País” “

“Edição española da revista “Rolling Stone“
Diário económico “Cinco Dias “
Revista “Cinemanía”
Diario desportivo “AS”

TV por cabo em Espanha

“19% da Sogecable – o único canal digital de televisão pago (varios canais, entre os quais os directos de imagens de clubes como o Real Madrid).

“Controlo da empresa “Cablevision” “

Estações emisoras de rádio
”Sociedad Española de Radiodifusión SER” - 420 estações regionais em Espanha.”

49,5% da Televisa’s Sistema Radiopolis (17 estações emisoras no México que controlam 9% do mercado.”
Grupo Latino de Radiodifusión en Hispanoamérica”, que soma cerca de 300 estações de rádio no Panamá, Chile, Colombia e Costa Rica.
Estação de rádio AM em Miami na Flórida.
Estação de rádio em França (Grupo Latino de Radio)”

Gráficas

20% da Prisaprint (empresa española de impresión),
Mateu Press
Mateu Cromo”

“Producção de video e cinema
Acordo com a Televisa y Univisión para televisão e cinema em lkingua castelhana
Música:

Gran Vía Musical, incluindo:
Produção de discos, organização de concertos e gestão de direitos
O grupo PRISA estendeu os seus tentáculos por vários países da América Latina, e quase sempre que há uma compra, há normalmente suspeita de compadrio” (…) ” Este tipo de comportamento é necessário, porque normalmente o grupo PRISA necessita alterar as leis dos países onde se instala, e onde normalmente (como é de regra) há leis que impedem a
detenção de órgão de comunicação social por estrangeiros”. (..)”e essa é a principal razão do insucesso nos Estados Unidos, onde os métodos” (…) “de Polanco, enfrentam poderes demasiado fortes, ou no Reino Unido, onde as suas tentativas de entrar no mercado enfrentaram dificuldades insuperáveis.”

“Polanco e a PRISA, entram nos mercados onde é possível entrar” (…) com ” as mãos de políticos e de pessoas influentes. Em toda a América Latina, há coros de protestos dos jornalistas despedidos, ou forçados a despedir-se, como ocorreu com a Bolívia.”

Os jornalistas que fazem greve são despedidos liminarmente, sem qualquer outra razão. Na Bolívia isso é crime, mas a PRISA não respeita as leis quando tem contactos com os meios políticos, para ter o direito de pôr e dispor as coisas a seu bel-prazer.

“Quem não respeita as leis e as instituições noutros países, vai respeita-las em Portugal?”

publicado porPadeira @ Quarta-feira, Novembro 09, 2005 “

Na altura em que fez a denúncia, era natural que ficasse com algumas reservas quanto às suas afirmações, pois entendê-las-ia como se fosse por alguma eventual conotação aos socialistas. O que não era o caso, como se veio a comprovar. Hoje, porém, parecem-me actuais. A ideologia desta gente, é a cor do dinheiro. Jesús Polanco, já morreu. Mas, pelo que constato, os seus herdeiros, não dão mostras de melhorar a qualidade da informação. E ainda agora a procissão vai no adro…Nomeadamente, com “ascencion del poderoso comandante Moniz y su caprichosa esposa Moura” - Em Espanha o Líder do PP chegou ao ponto de aconselhar os seus simpatziantes e militantes (empresários) a boicoitarem-lhe a publicidade.

Aproveito para aqui reproduzir este excerto do EL Confidencial

“Polanco es un poder fáctico pluridimensional, equivalente a lo que en épocas pretéritas representaron, juntos o por separado, la Iglesia, la Banca o el Ejército (...). Cualquier españolito puede educarse con los libros de texto de Santillana, bailar en su juventud al ritmo de los 40 Principales, estar informado en su madurez leyendo El País, invertir su dinero con la ayuda de Cinco Días, seguir los avatares de su equipo de fútbol favorito con el diario As, aficionarse a la literatura con los libros de Alfaguara, salir de viaje con las guías El País-Aguilar, tomarse unas vacaciones en los hoteles de la Cadena Tropical, regalar discos a sus amigos comprados en las tiendas Crisol, animarse con el “porno” del viernes noche en Canal Plus o ver una película producida por Sogetec en uno de los multicines de Lusomundo. Incluso puede, si se aburre, pasear por el Retiro madrileño con la sintonía de la Ser pegada a la oreja”. Jesús Cacho escribía estas palabras en 1999 en El negocio de la libertad, un texto indispensable para quien desee hacerse una idea del perfil del personaje que nos ocupa. Por todo ello, acostumbrado a sacar tajada de los sucesivos Gobiernos sufridos desde la dictadura, Polanco sabe que si el Partido Popular gana las próximas elecciones generales su cuenta de resultados, “lo único que le importa”, se va a resentir. Y ha atacado primero. Su calculado discurso del 22 de marzo ha conseguido que la dirección actual de Génova entre al trapo y llame al boicot contra el grupo. Iniciativa que Reporteros Sin Fronteras tilda en su portada de “chantaje indigno de demócratas”.

“Pero si el PSOE no es, hoy por hoy, más que González, Prisa es mucho más que Jesús Polanco. Prisa es Polanco y lo más granado del capitalismo español, fundamentalmente la gran banca. Prisa son los March, los Ybarra, los Botín, las Koplowitz, los Amusátegui, El Corte Inglés… Y los satélites que giran en torno a esos planetas, todo el conjunto de intereses que se mueve en su derredor. De modo que Prisa, más que un grupo empresarial, es, por encima de todo, el Sistema, el Sistema nacido de la transición y nucleado en torno a un eje compuesto por Polanco abajo, Felipe González en el centro y el rey Juan Carlos arriba. Un Sistema mucho más fuerte, más permanente, más duradero que una persona”, explicaba Jesús Cacho en su libro.

¿Se resquebraja el Sistema? "


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