quarta-feira, 29 de abril de 2009

A TVI RECEBEU MEIO MILHÃO DE EUROS DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA DE APOIO A UMA TELENOVELA – AGORA AÍ TEMOS A FLOR DO MAR E O ALBERTO JOÃO NO ECRÃ

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O Governo Regional da Madeira entregou meio milhão de euros à TVI (fora os milhares que se gastaram em banquetes e festanças com foguetórios) para a rodagem da telenovela Flor do Mar. Na altura em que concedeu o avultado subsídio, Alberto João Jardim, argumentou que “a intenção é promover a ilha do ponto de vista social, cultural e turístico, para que as pessoas se sintam motivadas a vir conhecer em bloco a ilha".Por seu turno, o administrador da Prisa, Manuel Polanco anunciou que é seu propósito “distribuir (a novela) por outros países”, até porque a “realidade portuguesa é inteligível lá fora”. Segundo li no Noticiais da Madeira, a garantia foi dada na cerimónia do seu lançamento, durante uma noite festiva, no Funchal "pautada pelo requinte, com fogo de artifício e tudo” – diz aquele jornal. Que referiu que a lauta jantarada, contou ainda com a presença do director-geral da TVI, José Eduardo Moniz, o elenco, autores, técnicos da TVI, além de entidades regionais.Porém, há uns tempos atrás, também Carlos César, Presidente do Governo Regional dos Açores, embora de menos mãos largas, concedera ao Grupo PRISA a verba de 350 mil euros pela realização da “Ilha dos Amores.

Não pretendo pôr em causa o mérito destes investimentos – Porém, não posso deixar de levantar a seguinte questão: - Sendo as referidas produções, de interesse geral para o público – logo para a própria estação televisiva – será que uma televisão – que ganha milhões em publicidade – não podia suportar os custos? – Tal como, de resto, os suporta com outras telenovelas e produções de lana caprina?! – É que de boas intenções anda o inferno cheio!

É claro que, como estas coisas, não costumam ter a transparência que deveriam merecer – Pois atribui-se uma verba – e pronto! Aí tendes umas massarocas para as empregardes como quiserdes! - O que é preciso é que as ilhas sejam mostradas no ecrã! - E também o Jardim Alberto! Para dizer o que quiser e, sobretudo, que não o chateiem!- Não sei até que ponto a dita "promoção" vai resultar. Até porque a maior parte da trama dos episódios, certamente que serão cenas de interiores. É que, sobre a telenovela "Equador", praticamente a produção tem-se limitado, até agora, a umas curtas tomadas de paisagens exteriores - Já que a maior parte da rodagem passa-se no Brasil e noutros locais. Mas mesmo que resulte - e desejo que sim - é óbvio que também uma televisão tem a obrigação de ser prestável à comunidade. Nas mais diferentes vertentes - Nomeadamente informativa, cultural e recreativa. E não têm que andar a estender a mão à caridade dos subsídios.

Não sei se Carlos César, também foi cumulado com a mesma benesse que o seu homólogo – Vejo muito pouco os canais da TVI – mas o certo é que o mediático João Jardim – que tem uma especial tentação em promover a sua imagem e as políticas do seu governo regional (à custa das verbas do erário público que distribui generosamente por jornais da Madeira e do continente) - sim, aí está ele na maior! - Aproveitar-se do faustoso"compromisso". Aí o temos , tal como ele gosta de estar, todas as semanas na TV do Moniz e da Manela! - Mais a desculpabilizar-se com os seus já habituais ataques aos continentais do que apresentar soluções concretas para erradicar níveis de extrema pobreza em que vive grande parte da população madeirense.

Conforme disse, desconheço se Carlos César, goza ou não da mesma premissa – e também os fundamentos ou contrapartidas que terão estado na base de tais chorudos subsídios, mas seja como for, tudo isto me soa a uma certa cumplicidade económico-política. E, em face disso, não posso deixar de exprimir uma certa reserva e reprovação.


Observação inteligente, de um anónimo, que apareceu no site do PDR – “ Não sei o que uma novela poderá influenciar a ideia do que é a Madeira visto que em todas as novelas é tudo representado, e tb não sei onde se encaixa no Projecto Democracia Real.”

Mas o comentário do David Garcia, vai mais longe: “Uma novela é apenas uma novela. Não tem nada de mais! Eu nem vejo novelas, nem irei certamente ver. Tenho mais que fazer. Uma novela não se encaixa em nenhum programa político ou projecto político. É apenas uma novela. E aqui ninguém nunca disse mal da Madeira, muito pelo contrário. Agora é verdade que há limites. O Presidente do Governo Regional tem tanto de coisas boas como coisas que não cabem na cabeça de ninguém. Muitas vezes, enche-se de ridículo à frente das câmaras da comunicação social. Mas, enfim”

O que certamente não terá visto o David é que existe mesmo um projecto político – que é o das bocas – as do Alberto – poderem ainda ser ainda mais ouvidas , badaladas e repetidas - E, depois, os colonialistas do continente, que se lixem! Que paguem à factura! - É assim que o Barão das Ilhas vê a política à sua maneira!

GRUPO PRISA - O GIGANTE QUE VIVE HORAS DIFÍCEIS

É claro que as massarocas ofertadas – além da promoção ao “inimputável” - também darão muito jeito à PRISA, como se poderá ver adiante, que vive a maior crise e angústia dea sua existência. Daí talvez o matar ao mesmo tempo dois coelhos com a mesma cajadada!

El gigante de la comunicación en España, el grupo PRISA, vive horas difíciles. Su deuda con los bancos es estratosférica: más de 5.000 millones de euros. Y ello después de haber vendido su patrimonio inmobiliario (las sedes de Madrid y Barcelona tanto de la cadena SER, el emblemático edificio de la Gran Vía ,como de El País). Esto para cualquier empresa supondría una situación definitiva y sin remedio.”



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